Professor Vladmir Silveira

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PJ e PE prestigiam evento na Academia de Jurisprudentes de Língua Portuguesa

Magistrados também prestigiam AJLP. Para marcar a presença da Academia de Jurisprudentes de Língua Portuguesa (AJLP), em sua primeira sede no Brasil – na Casa de Portugal, em São Paulo – o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Marco Antonio Marques da Silva, que também é professor catedrático e diretor da AJLP, participou, ontem (17), do lançamento de quatro obras literárias, com temas atuais e oportunos para a realidade brasileira, como corrupção, ética, cidadania, segurança pública e criminalidade, entre outros. A cerimônia contou com as presenças do presidente do TJSP, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, representando o Judiciário; do secretário estadual da Justiça e Cidadania, Paulo Dimas Debellis Mascaretti, representando o Executivo; do subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República, Silvio Cecci; de magistrados, integrantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, Advocacia, magistério e polícias federal, civil e militar. Primeiro a falar, o cônsul-geral de Portugal em São Paulo, embaixador Paulo Jorge Nascimento, destacou a alegria de a Casa de Portugal sediar o evento e salientou os prejuízos que a corrupção traz à sociedade brasileira. O presidente da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa, elogiou a iniciativa de se reunir, em único ato, quatro obras de “tamanho relevo”. Para o desembargador Marques da Silva, as obras têm, em comum, “a comunhão de ideias e esforços”. “A corrupção atrapalha a cidadania que interfere na falta de ética”, disse o coordenador de “Corrupção, Ética e Cidadania”, obra promovida pela Casa de Portugal, Academia de Jurisprudência de Língua Portuguesa e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em poucas palavras, cada organizador/autor apresentou o conteúdo de sua obra. O advogado Walfrido Warde, por exemplo, contou que seu livro fala sobre como combater a corrupção sem destruir o país. Também fizeram uso da palavra, o secretário Paulo Dimas e o presidente Pereira Calças.  Para o primeiro, “é um dia de celebração das nossas instituições republicanas”; para o segundo, “temos nessas obras um verdadeiro curso de ética e democracia, temas da hora e da vez e a impunidade é algo que não se aceita mais no Brasil”. – Corrupção, Ética e Cidadania: Coordenação: Marco Antonio Marques da Silva – autores: Agostina Latino, André Moz Caldas, Bruno Ricardo Cogan, Carla Valente Archanjo da Silva, Claudio José Langroiva Pereira, Denilson Geraldo, Édson Luís Baldan, Eduardo Vera-Cruz Pinto, Evani Zambon Marques da Silva, Fernando Martinho de Barros Penteado, Gabriel Benedito Issaac Chalita, Gilson Miguel Gomes da Silva, Guilherme de Souza Nucci, José Renato Nalini, Marcelo Augusto Custódio Erbella, Márcia Cristina de Souza Alvim, Marcio Pugliesi, Marco Antonio Marques da Silva, Maria Cristina de Cicco, Maria Eugênia F. da S. Rudge Leite, Maria Luiza Dias, Pedro Estevam Alves Pinto Serrano, Raecler Baldresca, Régis Munari Furtado, Roberto F. Archanjo da Silva, Susana Aires de Sousa, Vitor Morais de Andrade e Wilson Levy (Editora Quartier Latin). – Segurança Pública, Instituições Democráticas e seus Elementos Históricos, Políticos e Econômicos: Coordenação: Claudio José Langroiva Pereira – autores: Adriano Mendes Barbosa, Alvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga, Anaclara Pedroso Fernandes Valentim da Silva, Andre Pires de Andrade Kehdi, Antonio Carlos Alves dos Santos, Bruno Ricardo Cogan, Carlos Kauffmann, Celeste Leite dos Santos, Claudio José Langroiva Pereira, Cristiane Pereira, Dhyelson Almeida, Eloisa de Sousa Arruda, Emerson Ghirardelli Coelho, Evani Zambon Marques da Silva, Fernando Gardinali Caetano Dias, Glauco de Melo Macedo, Greice Patrícia Fuller, Gustavo Octaviano Diniz Junqueira, Jayme Walmer de Freitas, José Carlos Gobbes Pagliuca, José Eugênio do Amaral Souza Neto, José Vicente da Silva Filho, Leandro Pachani, Marcelo Augusto Custódio Erbella, Marcelo Cortez Ramos de Paula, Marcelo Figueiredo, Márcia Cristina de Souza Alvim, Márcio Pugliesi, Marco Antonio Marques da Silva, Maria Celeste Cordeiro Leite dos Santos, Maria Eugênia Ferreira da Silva Rudge Leite, Marilene Araújo, Mauro César Bullara Arjona, Natalia de Barros Lima, Pedro Estevam Serrano, Priscila Villela, Raecler Baldresca, Reginaldo Nasser, Rodrigo de Campos Costa, Rodrigo Mudrovitshi, Rodrigo Sánchez Rios, Rodrigo Telline de Aguirre Camargo, Ronaldo João Roth, Rosmar Antonni Rodrigues Cavancanti de Alencar, Sean Abib, Thayna Jesuina França Yaredy e Thiago Gomes Marcilio (Editora Quartier Latin). – Colaboração Premiada e Infiltração de Agentes – Rodrigo de Campos Costa (Editora Quartier Latin). – O Espetáculo da Corrupção – Como um sistema corrupto e um modo de combatê-lo estão destruindo o país – Walfrido Warde (Editora LeYa) Comunicação Social TJSP – RS (texto) / AC (fotos) imprensatj@tjsp.jus.br Fonte: TJSP

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Especialistas propõem novos critérios para avaliar revistas científicas

Elton Alisson | Agência FAPESP – A necessidade de repensar o fator de impacto como critério predominante na avaliação de publicações científicas foi tema de um comentário publicado na revista Nature, no dia 28 de maio, por especialistas de diversas áreas. Os autores e cossignatários do texto – entre eles Renato Hyuda Luna Pedrosa, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Programa de Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPESP – ressaltaram a importância de buscar um conjunto de métricas mais amplo e transparente para avaliação dos periódicos científicos. “Essa avaliação é resultado de um encontro realizado na Universidade de Leiden, na Holanda, em 2017. No evento, especialistas internacionais em bibliometria, editores de revistas científicas e representantes de agências de fomento à pesquisa discutiram a necessidade de construir novos critérios de avaliação de publicações científicas”, disse Pedrosa à Agência FAPESP. Na opinião dos pesquisadores, o fator de impacto – concebido na década de 1970 como um método para avaliar a importância dos periódicos em suas respectivas áreas – passou a ser usado para fins diferentes do propósito original. O indicador, que reflete a média de citações de artigos científicos publicados em um determinado periódico, tem sido usado, em diversos países, como critério para concessão de financiamento a projetos de pesquisa ou de avaliação de programas de pós-graduação. “A finalidade original do fator de impacto, que era de apoiar a avaliação de periódicos e os pesquisadores na escolha de revistas para publicarem seus trabalhos, foi distorcida”, disse Pedrosa. “O indicador passou a ser usado para tomada de decisão e isso começou a causar efeitos, como manipulações para inflar o índice de revistas científicas por meio de autocitação ou de citação cruzada [uma ação coordenada entre dois periódicos, pela qual um cita os artigos do outro]”, disse. A fim de coibir essas práticas, os autores sugerem a criação de novos indicadores que possam contemplar as novas funções dos periódicos científicos, assim como as tradicionais. Entre as funções praticamente inalteradas desde que as revistas científicas surgiram, há mais de 350 anos, estão as de permitir a garantia da autoria dos trabalhos, a revisão por pares, a curadoria das pesquisas, a disseminação dos resultados e o registro permanente dos dados. O fator de impacto, assim como a maioria dos indicadores de uso comum, baseados em citações, captura apenas aspectos limitados dessas funções dos periódicos científicos. A criação de novos indicadores é particularmente importante, uma vez que as revistas científicas estão evoluindo rapidamente e se tornando plataformas para divulgar dados, métodos e objetos digitais, apontaram os pesquisadores. “O surgimento de plataformas de publicação de artigos científicos do tipo open source [acesso aberto], por exemplo, tem representado um grande desafio para o método tradicional de trabalho das revistas científicas”, afirmou Pedrosa. “Algumas das funções tradicionais dos periódicos científicos, como o arquivamento dos dados, ficam um pouco perdidas nesses novos sistemas de publicação científica. Por isso, também serão necessários novos indicadores para assegurar a qualidade desses sistemas”, avaliou. Critérios claros Como ressaltaram os autores do texto, simplesmente aumentar a quantidade de indicadores para avaliar as publicações científicas não equivale a melhorar a avaliação. Por isso, é preciso garantir que as novas métricas sejam construídas e usadas de forma responsável e que atendam a um conjunto de critérios claros. Entre esses critérios estão os de serem válidos – refletindo o conceito medido –, compreensíveis, transparentes, justos, adaptativos e reprodutíveis. Outra sugestão feita por eles é a criação de um órgão, composto por representantes de todo o sistema de publicação científica, com foco em indicadores de avaliação de periódicos científicos. O órgão poderia propor novos indicadores para abordar as diversas funções das revistas científicas, fazer recomendações de seu uso responsável e desenvolver novos padrões. Dessa forma, poderia ajudar a proteger contra “revistas predatórias” – publicações de baixa qualidade criadas para fins essencialmente financeiros – e dar orientações sobre publicações de acesso aberto e compartilhamento de dados, por exemplo. “A ideia é que esse trabalho de discussão de novos indicadores de avaliação de periódicos científicos continue nos próximos anos para que se avance na construção de métricas novas e melhoradas”, disse Pedrosa. O artigo Rethinking impact factors: find new ways to judge a journal (DOI: 10.1038/d41586-019-01643-3), de Paul Wouters, Cassidy R. Sugimoto, Vincent Larivière, Marie E. McVeigh, Bernd Pulverer, Sarah de Rijcke e Ludo Waltman, pode ser lido na revista Natureem www.nature.com/articles/d41586-019-01643-3. Fonte: Agência FAPESP

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Edital promove pesquisa sobre monitoração eletrônica de réus no Brasil

O projeto Justiça Presente, criado para enfrentar a crise do sistema penal brasileiro, abriu edital para a realização de diagnósticos e avaliações sobre as experiências de monitoração eletrônica no país. Objetivo é compreender o papel dessa ferramenta na redução da superlotação e da superpopulação prisionais. Seleção recebe inscrições até 19 de maio. O projeto Justiça Presente, criado para enfrentar a crise do sistema penal brasileiro, abriu edital para a realização de diagnósticos e avaliações sobre as experiências de monitoração eletrônica no país. Objetivo é compreender o papel dessa ferramenta na redução da superlotação e da superpopulação prisionais. Seleção recebe inscrições até 19 de maio. Acesse o edital clicando aqui. O Justiça Presente é fruto de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com o edital, o projeto quer entender e combater os principais problemas na execução dos serviços de monitoração eletrônica. A proposta é compreender os desafios associados às dimensões tecnológicas e aos fluxos metodológicos dos serviços de monitoramento. A avaliação deverá analisar o papel de diversos atores nessa forma de acompanhamento, incluindo a própria pessoa monitorada. De acordo com o PNUD, a pesquisa exigirá o uso de técnica quantitativa e qualitativa e uma abordagem interdisciplinar para traçar um panorama sobre os serviços de monitoração eletrônica em todo o país. O diagnóstico deve incluir levantamentos em processos, identificação de padrões discursivos, análise de atores envolvidos e investigação de rotinas de atendimento e acompanhamento dos monitorados. A coordenadora da Unidade de Paz e Governança Democrática do PNUD, Moema Freire, ressalta que a análise será realizada no contexto de ações voltadas à redução da superlotação e da superpopulação carcerárias. “Seus resultados serão uma importante contribuição para o avanço das estratégias relacionadas à aplicação da monitoração eletrônica no país”, diz a especialista. “Essa pesquisa inédita nos permitirá conhecer a fundo a realidade da monitoração eletrônica no país e, a partir desses dados, qualificar a política judiciária no tema”, acrescenta o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), Luís Lanfredi. Para o diretor-executivo do DMF, Victor Pimenta, o edital é uma oportunidade para o CNJ e a sociedade em geral conhecerem mais sobre os serviços de monitoração eletrônica e sobre a aplicação dessas políticas pelo Judiciário. “A monitoração tem repercutido em um menor uso da prisão ou estamos colocando tornozeleiras em pessoas que já estariam em liberdade? Esperamos que a pesquisa possa nos ajudar a responder perguntas como essa.” FONTE: Nações Unidas Brasil 

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Avaliação da pós-graduação será multidimensional, afirma presidente da Capes

Na primeira visita a uma universidade desde que tomou posse, Anderson Correia falou para gestores e pesquisadores da UFMG A pós-graduação brasileira passará a ser avaliada segundo novo modelo, multidimensional, com base em critérios que considerem características diferentes. A afirmação foi feita na tarde desta sexta, 15, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia. Ele falou para cerca de 180 pessoas, entre coordenadores de programas de pós e pesquisadores, no campus Pampulha da UFMG. “O modelo atual está esgotado, é preciso respeitar a diversidade dos programas, em aspectos como inserção, objetivos e vocações, e valorizar impacto e relevância econômica e social”, disse Correia, enfatizando que as métricas utilizadas atualmente, como artigos publicados, não são suficientemente abrangentes. Uma das iniciativas previstas é a reformulação do sistema Qualis, que classifica os periódicos científicos. “Estamos trabalhando para tornar o Qualis mais claro e transparente.” Anderson Correia foi recebido pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida, que destacou o papel da Capes no desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação brasileiras. “Trata-se de um patrimônio do Brasil”, disse a reitora, que agradeceu a menção de Correia à UFMG. Ele disse que a instituição é referência porque sua excelência está distribuída por todas as áreas. A apresentação do presidente da Capes incluiu gráficos que localizam a Universidade entre as melhores do país, considerando indicadores como número de programas de pós-graduação, percentual de programas com notas 6 e 7 e volume de publicações. Sandra destacou o alto impacto da pesquisa realizada na UFMG em áreas como educação básica e políticas públicas.   Planejamento institucional O presidente da Capes anunciou medidas como ajustes na concessão de cotas de bolsas de mestrado e doutorado, aprimoramento do modelo de financiamento geral da pós-graduação, valorização do planejamento institucional e apoio ao MEC em programas dirigidos à educação básica. Ele citou ainda o PrInt, programa de internacionalização da Capes, que visa fomentar a transformação das instituições em um ambiente internacional e estimular a formação de redes de pesquisa supranacionais. A UFMG está entre as contempladas pela iniciativa e receberá cerca de R$ 55 milhões em quatro anos. Segundo Correia, entre 2006 e 2017 dobraram os números de programas, matrículas e titulados em todo o país, mas ainda é preciso avançar muito no que se refere ao impacto das publicações e à colaboração internacional e com o setor industrial. Ele disse que convênios da Capes com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Produção Industrial (Embrapii) têm proporcionado apoio a pós-graduandos em projetos industriais e a conquista de patentes. A Capes mantém aproximadamente 100 mil bolsas em 3.600 programas de pós-graduação e outras 100 mil destinadas à formação para a educação básica. Ao responder a questionamentos de coordenadores de programas da UFMG, Correia concordou com a necessidade de elevação do orçamento da Capes, que está “estagnado”, com a crítica às mudanças nos critérios de avaliação em meio ao período de referência e com a urgência de aprimorar, do ponto de vista tecnológico, a Plataforma Sucupira, utilizada pelos gestores no processo de avaliação. Sobre os programas de caráter interdisciplinar, o presidente da Capes disse que são “o futuro da pós-graduação”. Ele ainda garantiu que não há qualquer previsão de cortes nas bolsas em andamento. Em reação a nova referência à questão dos critérios de avaliação, o presidente afirmou que a Capes precisa entender cada vez melhor as universidades. “É preciso inverter o processo: as universidades é que devem dizer à Capes como ela pode medi-las.” FONTE: UFMG  

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Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior 2019

A PROPP lançou o Edital 013R/2019, que seleciona estudantes candidatos a bolsas de estudo vinculadas ao Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), edição 2018/2019, lançado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Edital CAPES 41/2018. O PDSE é um programa da CAPES com o objetivo de oferecer cotas institucionais para bolsas de estágio em pesquisa de doutorado no exterior, alinhadas com o Plano de Internacionalização da Instituição de Ensino Superior (IES), de forma a complementar os esforços despendidos pelos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu (PPGs) no Brasil, na formação de recursos humanos de alto nível para inserção nos meios acadêmico, de ensino e de pesquisa no país. Na modalidade de doutorado sanduíche no exterior, estudantes regularmente matriculados em cursos de doutorado no Brasil realizam parte do curso em instituição de ensino superior no exterior, retornando obrigatoriamente ao Brasil, após a finalização da bolsa, para a integralização de créditos e a defesa de tese. No caso de estudantes da UFMS, as propostas devem estar devidamente alinhadas a, pelo menos, um dos sete temas abaixo, constantes no Plano Institucional de Internacionalização da UFMS, demonstrando interação técnico-científica entre o orientador no Brasil e o supervisor no exterior, como parte integrante das atividades de cooperação na supervisão do doutorando: Ecologia, biomas e sistemas sustentáveis; Agronegócio; Saúde humana e saúde animal; Bioeconomia e biotecnologia; Novos materiais; Educação, Linguagens, Etnias, Direitos Humanos e Tecnologias Sociais; Cidades Inteligentes. A instituição receptora no exterior deverá isentar o doutorando da cobrança de taxas administrativas e acadêmicas (tuition and fees) e de taxas de bancada (bench fees). A CAPES e a UFMS não se responsabilizam por quaisquer despesas relacionadas a essas taxas na modalidade desse Programa. Os benefícios são outorgados exclusivamente ao(à) bolsista e independem de sua condição familiar e salarial. Não é permitido o acúmulo de benefícios para a mesma finalidade e o mesmo nível, devendo o(a) candidato(a) declarar a recepção de outras bolsas concedidas por agências internacionais e/ou órgãos ou entidades da Administração Pública federal, estadual ou municipal e requerer sua suspensão ou cancelamento. As bolsas são destinadas aos estudantes: regularmente matriculados em curso de doutorado na UFMS com nota igual ou superior a 4 na avaliação quadrienal do ano de 2017 da CAPES; que comprovem qualificação para usufruir, no exterior, da oportunidade de aprofundamento teórico, coleta e tratamento de dados, ou desenvolvimento parcial da parte experimental da tese a ser defendida no Brasil; e que possuam o nível de proficiência na língua estrangeira conforme as regras do Edital CAPES 041/2018, transcritas parcialmente no Item 4.8g do Edital PROPP 013/2019. Os valores das bolsas de PDSE estão contidos na Portaria CAPES 125/2018 (http://lnk.ufms.br/pZG5Q). A tabela abaixo mostra quais os exames que comprovam o nível de proficiência nas diversas línguas estrangeiras:   Inglês  Francês Alemão Espanhol Italiano TOEFL IBT TOEFL ITP IELTS Cambridge Exam DALF, DELF, TCF ou TCF CAPES Cert. do Instituto Goethe TestDaF OnSET Deutsch Cert. DELE Cert. SIELE Teste do IIC 71 527 6 CAE ou FCE B2 B2 B1 B1 B1 B2 C1 B2   Para a língua inglesa: (i) TOEFL (IBT – Internet-Based Testing; ITP – Institutional Testing Program) com validade de 2 (dois) anos; (ii) International English Language Test – IELTS com validade de 2 (dois) anos, sendo que cada banda (listening, reading, writing e speaking) deve ter nota mínima de 5 (cinco); e (iii) Certificado CAE ou FCE de Cambridge, ambos sem prazo de validade Para a língua francesa: (i) Test de Connaissance du Français – TCF TP (no mínimo, as provas obrigatórias) ou TCF Capes, com validade de 2 (dois) anos; e(ii) DALF ou DELF, sem prazo de validade Para a língua alemã: (i) certificado do Instituto Goethe; (ii) TestDaF ou OnSET, todos sem prazo de validade Para a língua espanhola: DELE: emitido pelo Instituto Cervantes, sem prazo de validade; SIELE: o candidato deverá realizar o exame completo para realização da prova, com validade de 05(cinco) anos. Sendo assim, exames parciais não serão aceitos. Para a língua italiana: teste Lato Sensu do Instituto Italiano de Cultura, com validade de 1 (um) ano. Para países de língua portuguesa, o(a) candidato(a) deverá apresentar, obrigatoriamente, a comprovação de nível mínimo de proficiência em inglês, conforme item “a”. Candidatos(as) com destino a países de língua não especificada anteriormente devem apresentar certificado de proficiência no idioma do país, emitido por instituição oficialmente reconhecida, ou uma das alternativas relacionadas acima, desde que aceita pela instituição de destino, onde se realizará o doutoramento, e expresso na carta do coorientador no exterior. O teste de proficiência em língua inglesa poderá ser aceito para qualquer país de destino, desde que aceito pela IES de destino e expresso na carta do coorientador no exterior. Os requisitos de proficiência listados acima são exigência da Capes e não dispensam o atendimento das exigências da IES de destino no exterior.   Serão aceitas propostas apresentadas por estudantes de doutorado regularmente matriculados nos PPGs da UFMS com curso de doutorado com nota igual ou superior a 4 (quatro) na avaliação quadrienal de 2017 da CAPES, e que não aderiram ao Programa Institucional de Internacionalização da Pós-Graduação da UFMS (Capes-PrInt-UFMS). Os estudantes dos PPGs abaixo listados são os que podem solicitar bolsas no âmbito do Edital PROPP 013/2019: Administração (ESAN) Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular (INBIO) Biotecnologia e Biodiversidade (em rede – FACFAN) Ciência da Computação – UFMS/UFG (FACOM) Educação (FAED) Ciência Animal (FAMEZ) Ciências Veterinárias (FAMEZ) Ensino de Ciências (INFI) Educação Matemática (INMA) Letras (CPTL) Cada PPG indicado terá direito a uma cota, equivalente a 12 mensalidades, que pode ser utilizada por 1 bolsista durante 12 meses, ou 2 bolsistas durante 6 meses cada. As inscrições das propostas serão realizadas on-line no SIGProj, https://sigproj.ufms.br, respeitados os prazos abaixo: Etapas Datas Publicação do Edital no portal da Propp e no BSE-UFMS 01/02/2019 Período das inscrições no SIGProj De 04/02/2019 a 18/02/2019 Análise documental e de mérito das propostas Até 22/02/2019 Divulgação do resultado parcial da análise das propostas Até 25/02/2019 Interposição de recursos Até 27/02/2019 Divulgação do resultado final Até

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Instituto Rio Branco lança prêmio para monografias em direito do comércio internacional

O Instituto Rio Branco (IRBr), com apoio institucional da Cátedra OMC no Brasil, lançou o Prêmio Bruno Guerra Carneiro Leão de Monografias em Direito do Comércio Internacional, com o objetivo de estimular o interesse de estudantes e profissionais brasileiros pelo tema. Para concorrer, estudantes ou profissionais deverão submeter uma monografia inédita, de no máximo 50 páginas, relacionada ao tema “O Brasil e as Questões Contemporâneas do Direito do Comércio Internacional”. As inscrições começam em 5 de novembro. O Instituto Rio Branco (IRBr), com apoio institucional da Cátedra OMC no Brasil, lançou na segunda-feira (24) o Prêmio Bruno Guerra Carneiro Leão de Monografias em Direito do Comércio Internacional, com o objetivo de estimular o interesse de estudantes e profissionais brasileiros pelo direito do comércio internacional, mediante a seleção e a premiação de monografias. A Cátedra OMC (Organização Mundial do Comércio) no Brasil é sediada no Centro de Estudos do Comércio Global e Investimento da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (CCGI-EESP/FGV). A iniciativa homenageia o diplomata brasileiro Bruno Guerra Carneiro Leão, morto em 2017 e que se notabilizou em sua carreira no Itamaraty como conhecedor dos temas do comércio internacional, tendo atuado nas áreas afins na Secretaria de Estado e servido, entre outros postos, na delegação junto à OMC em Genebra, de 2008 a 2011. Para concorrer, estudantes matriculados em instituição de ensino superior ou profissionais com diploma de graduação ou pós-graduação deverão submeter a uma banca examinadora — formada por profissionais com conhecimento especializado em direito do comércio internacional e áreas correlatas — uma monografia inédita de, no máximo, 50 páginas, relacionada ao tema “O Brasil e as Questões Contemporâneas do Direito do Comércio Internacional”. Os três primeiros colocados receberão certificados e terão suas monografias publicadas em meio eletrônico pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG). O primeiro colocado poderá ser convidado, a critério do Ministério das Relações Exteriores, a participar de visita acadêmica à Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras Organizações Econômicas em Genebra, em programa de estágio junto à Divisão de Contenciosos Comerciais do Ministério das Relações Exteriores, ou, ainda, em programa de estágio junto à Cátedra da OMC no Brasil, sediada em São Paulo. As monografias e documentos requeridos devem ser encaminhados entre 5 de novembro e 15 de fevereiro de 2019 (até às 23h59, horário de Brasília) para o endereço eletrônico: premiobgcl@itamaraty.gov.br, com o título do e-mail: “Prêmio BGCL”. FONTE: ONU BR Clique aqui para acessar o site da ONU

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A Pós-Graduação Stricto Sensu Profissional em Direito no Brasil

Em 23 de março de 2017, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (“CAPES”) editou a Portaria n. 389 (“Portaria n. 389/17”), dispondo sobre o mestrado e o doutorado profissionais no âmbito da pós-graduação stricto sensu no Brasil. Vale dizer, no entanto, que a modalidade profissional de pós-graduação já era prevista no Parecer n. 977, de 03 de dezembro de 1965 (“Parecer n. 977/65”), de relatoria de Newton Sucupira, ao lado dos cursos acadêmicos (tanto mestrado quanto doutorado), mas que nunca havia sido formalmente criado. O que difere, grosso modo, uma da outra, isto é, da pós-graduação acadêmica da profissional é que, ao passo que a primeira é voltada para a academia (formação de pesquisadores), a segunda destina-se a formar profissionais que sejam capazes de atuar em suas áreas de conhecimento (mercado de trabalho), a fim de que sejam aplicados, na prática, os resultados de seus estudos. Assim, busca-se aproximar ou equilibrar às necessidades contemporâneas com os propósitos da academia, muito embora já existam mestrados acadêmicos com objetivos similares aos atuais profissionais. Em outras palavras, o foco da modalidade profissional, na perspectiva da coordenação, é romper com o modelo de uma universidade preocupada apenas com pesquisas, “no sentido de resguardar o aperfeiçoamento do profissional que deseja aprofundar ainda na universidade seu conhecimento obtido na graduação, uma vez que o mercado de trabalho cada vez mais exige profissionais que consigam solucionar problemas do cotidiano que impliquem na união de esforços práticos e teóricos”[1]. Desde modo, imagina-se que a modalidade profissional viria suprir essa lacuna e adicionaria valor social não somente ao mercado de trabalho, mas à comunidade em geral, “focando a profissionalização e gestão das mais diversas formas de atividades sociais, empresariais, tecnológicas e até culturais”, desde que dentro do rigor estabelecidos para a modalidade acadêmica, de modo a garantir programas de relevância no País. O artigo 4° da Portaria n. 389/17 determina que “a CAPES terá o prazo de 180 dias para regulamentar e disciplinar, por meio de portaria, a oferta, a avaliação e o acompanhamento dos programas de mestrado e doutorado profissional”. No entanto, até a presente data, referido artigo ainda não foi regulamentado. Leia aqui a íntegra do Parecer n. 977/65: (aqui, link da página da CAPES dá acesso ao Parecer n. 977/1965 para inserir no site: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/avaliacao-n/Parecer-977-1965.pdf) Leia aqui a íntegra da Portaria n. 389/17: (aqui, link da página da CAPES dá acesso à Portaria n. 389/17 para inserir no site: http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/24032017-PORTARIA-No-389-DE-23-DE-MARCO-DE-2017.pdf) [1] SILVEIRA, Vladmir Oliveira da; PINTO, Felipe Chiarello de Souza. Reflexões Necessárias sobre o Mestrado Profissional. Revista Brasileira de Pós-Graduação. V. 2, N. 4, p. 38-47, jul./2005.

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Texto de Vladmir Oliveira da Silveira é citado em matéria do Paraná Portal acerca de Direitos Humanos e Eleições

Eleições 2018: os direitos humanos frente as manifestações dos eleitores e as exposições dos candidatos Por Janaina Chiaradia Matéria publicada no Paraná Portal  Nos últimos dias, as redes sociais, os meios de comunicação, e nosso cotidiano, estão sendo invadidos por uma série de fatos diferentes, alguns que nos causam indignação e outros até podem parecer engraçados, se não fossem trágicos, como nos diz o ditado popular. A grande questão está compreendida nos limites de tantas circunstâncias diferenciadas, e aí recordei de alguns debates promovidos em salas de aulas universitárias, tais como, e onde ficam os direitos humanos? Percebe-se que alguns cidadãos expressam suas preferências eleitorais de maneira bem impositiva, não aceitando qualquer forma de manifestação em contrário, chegando a sair do espaço político de argumentação, passando ao pessoal de quem não compartilhe dos mesmos ideais. Por outro lado, certos candidatos a cargos políticos, ao invés de apresentarem suas reais propostas de trabalho, seus efetivos projetos de atuação, se limitam a criticar seus concorrentes de forma incoerente, saindo da esfera política, e invadindo o íntimo de pessoa alheia. E novamente me vem a indagação: e onde ficam os direitos humanos? Há ainda, episódios mais tenebrosos para se analisar, visto que, nessas manifestações eleitorais, pessoas estão sendo feridas, lesadas fisicamente, tendo seu corpo agredido, violados na própria esfera da carne. E os direitos humanos…será que estarão distantes ou esquecidos? Pois bem… vale destacar alguns pensamentos interessantes para que possamos refletir para os próximos dias, pois, a tendência é que, ao se aproximar o grande dia de eleição dos próximos representantes do povo, os debates venham a aumentar. Em discussões doutrinárias sobre o tema, tive a oportunidade de conhecer e dialogar com o Pós-Doutor em Direito, Advogado, Professor Universitário, Palestrante, Consultor ad hoc para CAPES/MEC, CNPq, FAPEMIG, FUNDECT/MS, Dr. Vladmir Oliveira da Silveira, o qual em uma de suas obras, em coautoria com a Dra. Maria Mendez Rocasolano (Direitos humanos: conceitos, significados e funções. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 214/), assim destaca: “Torna-se cada vez mais imprescindível conhecer o significado essencial do termo tautológico “direitos humanos”, haja vista a progressiva efetivação desses direitos a partir das ordens jurídico-positivas dos Estados. A importância da definição também se liga à existência de direitos constitucionalizados sob a forma de direitos humanos fundamentais no âmbito interno de cada Estado. (…) O conteúdo que configura o conceito de direitos humanos condiciona não só o objeto/referente, mas os meios e as atuações de proteção e melhoria dos direitos das pessoas da coletividade. (…) Uma definição já tradicional é a de Peces-Barba, para quem os direitos humanos são faculdades que o direito atribui a pessoas e aos grupos sociais, expressão de suas necessidades relativas à vida, liberdade, igualdade, participação política ou social, ou qualquer outro aspecto fundamental que afete o desenvolvimento integral dos indivíduos em uma comunidade de homens livres, exigindo o respeito ou atuação dos demais homens, dos grupos sociais e do Estado, com garantia dos poderes públicos para restabelecer seu exercício em caso de violação ou para realizar prestação. (…) Na busca de tal conceito, previamente devemos observar seu principal fundamento – a dignidade da pessoa humana – , pois é a partir dele que se dá a construção de um significado de direitos humanos válido para todos.”. Partindo dessas considerações, tem-se na atual Constituição Federal, o artigo primeiro que estabelece o respeito a dignidade da pessoa humana, como fundamento do Estado Democrático de Direito. Já em seu artigo quinto, prestigiando a dignidade da pessoa humana, a mencionada Constituição Federal, identifica que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, tendo em um dos seus incisos, o direito a livre manifestação do pensamento (vedado o anonimato), e em outro, a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Ou seja, o cidadão pode se manifestar com relação ao seu posicionamento político, quanto aos seus ideais eleitorais, contudo, deve observar e cuidar com o teor de suas expressões, para que não viole a honra, imagem, intimidade, a vida privada, evitando-se um enfrentamento judicial. Observe todas as informações que estão sendo colocadas em nossas mãos, em especial cuidado com as fake news, pois, a partir do momento em que eu compartilho, assumo responsabilidades. E nessa mesmas expectativa, aos candidatos devem ser garantidos o direito à vida, à liberdade, à segurança, dentre outros, para que possam apresentar seus propósitos, se aproximar de seus eleitores,  e que assim venham a fazer, deixando de lado ataque desnecessários aos concorrentes, e se concentrando em apresentar suas propostas e planos de governo. Ainda quanto aos Direitos Humanos, há de se destacar a questão da atuação da ONU (Organização das Nações Unidas), inclusive no âmbito eleitoral. Uma das professoras que tive oportunidade de ouvir falar a respeito do tema, Dra. Flávia Piovesan, a qual é Doutora em Direito, Professora Universitária (visiting fellow do Human Rights Program da Harvard Law School (1995 e 2000); visiting fellow do Centre for Brazilian Studies da University of Oxford (2005); visiting fellow do Max-Planck-Institute for Comparative Public Law and International Law (Heidelberg, 2007 e 2008) e Humboldt Foundation Georg Forster Research Fellow no Max-Planck-Institute for Comparative Public Law and International Law (2009-2011)), Membro Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Membro da UN High Level Task Force on the implementation of the right to development; e Membro do OAS Working Group para o monitoramento do Protocolo de San Salvador em matéria de direitos econômicos, sociais e culturais, tendo sido eleita para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (2018-2021), com vasta experiência na área de Direitos Humanos, Direito Constitucional e Direito Internacional, em uma de suas obras (Direitos Humanos: e o Direito Constitucional Internacional, 13. ed., São Paulo: Saraiva, 2012, p. 436/437), assim se manifestou: “Se a busca democrática não se atém apenas ao

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Dr. Vladmir Silveira e Ana Fernandes: “O que está acontecendo em nossas escolas?”

Professor de Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e advogado e advogada, respectivamente São lamentáveis as recorrentes agressões de alunos a professores no espaço escolar, aumentando ainda mais a insegurança desses profissionais nos ambientes que deveriam ser de aprendizado e convivência harmônica. Em 2013, uma pesquisa realizada pela OCDE colocou o Brasil em primeiro lugar no ranking de violência escolar. Os gatilhos da violência são dos mais diversos: vão desde a proibição do uso de celular em sala de aula ou a discordância de notas em provas até envolvimento dos alunos em gangues ou como resultado do uso de drogas. Muito se discute acerca da importância da educação. Afinal, é um direito fundamental garantido tanto pela CF/88 quanto por instrumentos internacionais. Garantir o direito à educação vai muito além de se estabelecer currículos escolares e/ou diretrizes básicas. Compreende igualmente construir estruturas físicas, pedagógicas e psicológicas adequadas que proporcionem aos envolvidos um ambiente adequado e livre de violência. Infelizmente, a violência por si só é um fenômeno social, cujas causas decorrem de diversos motivos (miséria, desemprego, concentração de renda, desigualdade, exclusão social, etc.). Assim, como fazer para que a violência da sociedade não penetre e se instale no âmbito escolar? Como fazer para que tenhamos jovens menos propensos à violência e capazes de enfrentar as dificuldades e as adversidades da vida adulta? Serão apresentadas aqui breves reflexões a respeito dessas indagações. Entende-se que as escolas não estão preparadas para enfrentar e combater esse fenômeno, seja do ponto de vista pedagógico ou de recursos humanos, seja falta de percepção de sua função social. Imprescindível o resgate de sua função social e solidária, valorizando-as como mecanismo de construção de identidade, de desenvolvimento da personalidade e de formação da cidadania. A educação não deve ser vista tão somente como uma forma de mobilidade social e/ou como preparação para o mercado de trabalho; mas também como o espaço adequado para a prática de convivência em grupo e a lidar com as diferenças sem violência. É o lugar no qual se deve propiciar noções de responsabilidade, ética e convívio sociais, fundamentados nos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade de direitos. Portanto, é um locus importante de cidadania. É também o ambiente propício para exercitar os meios pacíficos de solução de conflitos. Situações de violência no espaço escolar exigem atenção e sensibilidade no seu manejo; pois não é suficiente a simples constatação de sua existência. Entender o binômio violência-escola em suas mais diversas formas de manifestação depende da análise de um conjunto de circunstâncias e elementos, a fim de estabelecer o papel que os atores sociais teriam de desempenhar na prática escolar. O que ocorre, no entanto, é que as escolas, em vez de ajudar na solução do problema, acabam por se transformar no que o antropólogo francês Marc Augé alcunhou de “não lugar”. Não raro as escolas se omitem, diminuindo sua própria importância e ocasionando relações frágeis. As escolas transformam seus problemas em “caso de polícia” ou envolvem o Conselho Tutelar argumentando que a questão tem origem familiar e neste contexto é que deve ser solucionado. A escola, portanto, isenta-se de sua própria responsabilidade na formação da consciência cidadã. Por sua vez, o poder público responde à violência com a compra de câmeras de vigilância ou a instalação de alarmes, acreditando que inibirão comportamentos violentos. Mas tais medidas não se sustentam, porquanto não vêm surtindo os efeitos práticos desejados, vez que a violência dos alunos contra professores permanece crescendo. Talvez, uma possibilidade viável e de baixo custo seria o incentivo pelo poder público de um maior envolvimento da comunidade com a escola, ou seja, abrindo suas portas para atividades esportivas e culturais, a fim de promover uma efetiva integração entre ambos. Ademais, o envolvimento dos alunos com a escola e o poder público na elaboração de políticas e na adoção de estratégias com o objetivo de diminuir consideravelmente ou até mesmo eliminar o problema da violência no contexto escolar, de um lado, traz um sentimento de participação democrática e, por outro lado, afasta o sentimento de autoritarismo. Justifica-se, assim, essa sugestão porquanto, ao serem ouvidos, haveria uma maior efetividade na tomada de decisões e compartilhamento de responsabilidade, resultando na construção de um “locus” cidadão.

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Confira as Novas Regras do FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação (MEC), instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC e ofertados por instituições de educação superior não gratuitas aderentes ao programa. O novo FIES é um modelo de financiamento estudantil moderno, que divide o programa em diferentes modalidades, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato. O novo FIES traz melhorias na gestão do fundo, dando sustentabilidade financeira ao programa a fim de garantir a sustentabilidade do programa e viabilizar um acesso mais amplo ao ensino superior. O que mudou O novo FIES mudou para melhor. Tem agora como pilares a ampliação do acesso ao ensino superior, a maior transparência para os estudantes e para a sociedade, e a melhoria na governança e na sustentabilidade do Fundo. O novo FIES está dividido em duas modalidades, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato. Na primeira modalidade, o novo FIES ofertará vagas com juros zero para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. Nessa modalidade, o aluno começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda, fazendo com que os encargos a serem pagos pelos estudantes diminuam consideravelmente. A outra modalidade de financiamento, denominada P-Fies, é destinada aos estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. A referida modalidade funciona com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento e ainda, com os recursos dos Bancos privados participantes. Fonte: Portal Mec FIES  Saiba mais

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