Professor Vladmir Silveira

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Mais da metade do PIB mundial depende da natureza

Você sabia que 80% das frutas crescem graças aos polinizadores? Sem ecossistemas naturais funcionais, as economias entrariam em colapso. No momento em que a COP16 Colômbia está em andamento, veja como o PNUMA acelera a ação global para promover a paz com a natureza: https://www.unep.org/pt-br/we-are-nature  Dependemos da natureza para nossa própria sobrevivência. Desde os alimentos que comemos até a água que bebemos e a energia que movimenta nossas vidas – a natureza é o nosso bem-estar.    Mas estamos em uma encruzilhada decisiva. A crise da natureza está ameaçando a própria estrutura de toda a vida na Terra – a perda de biodiversidade está acelerando a uma taxa sem precedentes, nossos ecossistemas estão degradados e os benefícios que a natureza proporciona estão diminuindo globalmente devido à produção e ao consumo insustentáveis. Essa perda ameaça nossa saúde, enfraquece as economias e exacerba as desigualdades sociais, colocando as comunidades vulneráveis em maior risco.  Prevenir, interromper e reverter o declínio da natureza não é apenas urgente – é essencial. Agora é a hora de agir e todos nós temos um papel a desempenhar.   Nós somos a #GeraçãoRestauração.  Compatilhe suas ações com a ONU: https://forms.office.com/pages/responsepage.aspx?id=2zWeD09UYE-9zF6kFubccKX1OXZsxW9NtgPryPgb67dUQTZaTFlOSFpESU1IRVdaMFBFRjlEWEtQUi4u&route=shorturl  Fonte: ONU Programa para o meio ambiente

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Crise enfrentada pela natureza é o centro das atenções na cúpula da ONU

Uma importante conferência das Nações Unidas sobre diversidade biológica será realizada em Cali, Colômbia, onde 196 nações discutirão como deter e reverter o declínio do mundo natural. A Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) apresenta uma agenda de 12 dias repleta de assuntos destinados a ajudar a humanidade a fazer “as pazes com a natureza”, nas palavras do país anfitrião, a Colômbia. Espera-se que os líderes argumentem que esse processo é crucial para promover a paz e apoiar o desenvolvimento sustentável. O encontro acontece em meio a um declínio vertiginoso dos ecossistemas em todo o mundo, que está criando um “amanhã perigoso e incerto”, adverte o secretário-geral da ONU, António Guterres. Em Cali, espera-se que os representantes dos países discutam a implementação do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, um acordo histórico de 2022 para deter e reverter a perda da natureza. Eles também explorarão como canalizar bilhões de dólares para que os países em desenvolvimento preservem e gerenciem a biodiversidade de forma sustentável. E debaterão regras inovadoras que poderão exigir que empresas privadas compensem as nações por avanços baseados em sequenciamento genético. “De muitas maneiras, este é um momento decisivo para a natureza e, por extensão, para muitas comunidades em todo o mundo”, diz Susan Gardner, diretora da Divisão de Ecossistemas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “A degradação ambiental está alimentando a pobreza, provocando deslocamentos e desencadeando conflitos. Nos últimos anos, vimos países assumirem compromissos ousados para enfrentar a crise da natureza. Durante as próximas duas semanas, precisamos ver essas promessas transformadas em ação.” Veja a seguir uma visão mais detalhada do que esperar da COP16. Por que se chama COP16?  Em 1992, 150 nações assinaram a Convenção sobre Diversidade Biológica, um acordo global para apoiar o desenvolvimento sustentável por meio da proteção da teia da vida na Terra. Isso marca a 16ª Conferência das Partes (COP) desse acordo, que desde então passou a incluir 196 nações.   Na COP16, espera-se que os líderes mundiais, a sociedade civil, os cientistas e outros se concentrem na mensagem de que a humanidade está ficando sem tempo para salvar o mundo natural – e, por extensão, a si mesma. Crédito: AFP/Joaquin Sarmiento  Qual será o tema subjacente da COP16?  Líderes mundiais, cientistas, grupos de jovens, profissionais de finanças e outros participarão do que tem sido chamado de “COP das pessoas”. Espera-se que eles se concentrem na mensagem de que a humanidade está ficando sem tempo para salvar o mundo natural – e, por extensão, a si mesma. Os recursos naturais e os serviços que a natureza oferece são a base da civilização humana. Mas os ecossistemas em todo o mundo estão sendo degradados e 1 milhão de espécies estão ameaçadas de extinção. Essa crise está consolidando a pobreza, comprometendo as economias e minando qualquer chance de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Apesar disso, há um sentimento de otimismo na COP16, com os defensores do meio ambiente esperançosos de que a comunidade internacional esteja pronta para aumentar os esforços para enfrentar essa crise da natureza. “Por muito tempo, a humanidade se viu separada da natureza”, diz Gardner. “Essa perspectiva está começando a mudar e a COP16 será uma oportunidade importante para reforçar a mensagem de que a humanidade e a natureza estão intrinsecamente ligadas.” Por que a COP16 é importante?  Será a primeira vez que os países se reunirão desde a adoção do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal em 2022. O marco contém 23 metas inovadoras projetadas para proteger o mundo natural e que devem ser cumpridas em 2030. Os países concordaram em atualizar seus planos nacionais para cumprir essas metas quando chegarem à COP16, que apresentará uma verificação do status de como as nações estão se saindo. “Para que essa conferência seja um sucesso, precisamos ver evidências de que os países estão se esforçando e traduzindo as ambições do Marco Global de Biodiversidade em ações em nível nacional”, disse Gardner.   Espera-se que as discussões na COP16 se concentrem em como as comunidades podem se beneficiar dos avanços baseados no sequenciamento genético. Crédito: AFP/Joaquin Sarmiento   Que papel a genética desempenhará na COP16?  Um papel potencialmente enorme. Os países se comprometeram a compartilhar de forma mais ampla os lucros provenientes dos avanços baseados nas informações genéticas de plantas, animais e outros seres vivos. Essas informações, que incluem o DNA, são armazenadas digitalmente e usadas por empresas para desenvolver tudo, desde produtos de beleza até medicamentos e plantações de alto rendimento. Os governos concordaram em criar um mecanismo de financiamento que canalizaria parte dos lucros do uso das chamadas informações de sequenciamento digital para a conservação da biodiversidade e para as comunidades que protegem a natureza. Mas ainda não foi especificado quais empresas contribuiriam para o fundo, quanto deveriam contribuir ou como o dinheiro seria distribuído. Os negociadores tentarão responder a essas questões espinhosas na COP16. Os observadores dizem que essas negociações serão acompanhadas de perto pelos participantes dos setores cosmético, farmacêutico e agrícola. Uma ideia em discussão prevê que as empresas contribuam com 1% de seus lucros para o mecanismo de financiamento, um número que poderia chegar a dezenas de bilhões de dólares. O financiamento terá destaque nas discussões?  Sim. As discussões se concentrarão em como aumentar o volume de dinheiro dedicado à natureza. O Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal exige que os países reduzam os subsídios prejudiciais ao meio ambiente em US$ 500 bilhões por ano e gastem US$ 200 bilhões anualmente na implementação de seus planos nacionais de biodiversidade. Como parte desse acordo, as nações desenvolvidas se comprometeram a fornecer às nações em desenvolvimento US$ 20 bilhões anuais para apoiar o trabalho relacionado à biodiversidade até 2025. Na COP16, serão realizadas discussões sobre os arranjos institucionais para o financiamento da biodiversidade e espera-se que os países adotem uma abordagem atualizada para a mobilização de recursos financeiros. O progresso nesses pontos seria um “sinal inicial importante” de que os países desenvolvidos estão comprometidos em cumprir as ambições do Marco Global de Biodiversidade, disse Gardner. “O financiamento é crucial para o sucesso do Marco Global de Biodiversidade”, acrescentou ela. “Sem ele,

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A ONU divulga o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre educação

Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos 4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes 4.2 Até 2030, garantir que todos as meninas e meninos tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que eles estejam prontos para o ensino primário 4.3 Até 2030, assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade 4.4 Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo 4.5 Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade 4.6 Até 2030, garantir que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e mulheres estejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática 4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável 4.a Construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero, e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes para todos 4.b Até 2020, substancialmente ampliar globalmente o número de bolsas de estudo para os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países africanos, para o ensino superior, incluindo programas de formação profissional, de tecnologia da informação e da comunicação, técnicos, de engenharia e programas científicos em países desenvolvidos e outros países em desenvolvimento 4.c Até 2030, substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação de professores, nos países em desenvolvimento, especialmente os países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares em desenvolvimento Fonte: ONU Brasil

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CAPES prestigia lançamento de editais do MCTI para impulsionar a ciência

O anúncio do pacote de editais com medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti) com diversos parceiros, reuniu representantes da comunidade científica nesta quarta-feira, 16 de outubro. A solenidade aconteceu na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no centro do Rio de Janeiro.  Foram lançados cinco novos editais que somam de R$ 3,1 bilhões voltados ao desenvolvimento científico regional e nacional. Os recursos serão distribuídos via Chamada Universal 2024, aumento do número de Bolsas de Produtividade, o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o Pró-infra Desenvolvimento Regional e o edital da Finep voltado para Parques Tecnológicos.  A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, evidenciou a resiliência da ciência brasileira e sua capacidade de atender às demandas da sociedade. Além disso, enfatizou que o momento é o “da cooperação, mais do que da competição” entre cientistas. O modelo coloca pesquisadores colaborando “em redes, em diferentes regiões do País, de diferentes instituições, para responder às perguntas da atualidade que podem aproximar ainda mais a academia da sociedade”, ressaltou.  A ministra Luciana Santos, do Mcti, discursou destacando a importância da unidade e do diálogo contínuo entre governo, ciência e sociedade para enfrentar desafios nacionais e globais. E com isso, promover políticas públicas eficazes que integrem inovação, inclusão social e desenvolvimento econômico, com exemplos de sucesso como a resistência às restrições orçamentárias e o fortalecimento da ciência e tecnologia no Brasil.  A mesa da solenidade foi composta, ainda, pelo secretário-executivo do Mcti, Luis Fernandes, pela a presidente da ABC, Helena Nader, pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, pelo presidente do CNPq, Ricardo Galvão, pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sílvio Bulhões, pelo presidente do Conselho das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Odir Dellagostin, e pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, Celso Pansera.  Para outras informações sobre os editais, acesse a página do Mcti. Para assistir à cerimônia de lançamento, acesse a página do Mcti no YouTube.  A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). (Brasília – Redação CGCOM/CAPES) A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES Fonte: CAPES

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Melhor Universidade Privada de São Paulo

A PUC-SP segue sendo a melhor universidade privada do estado de São Paulo, segundo o QS World University Rankings: Latin America & The Caribbean 2025, divulgado no início de outubro. Na América do Sul, a Universidade está na posição 55ª e, no Brasil, é a 16ª, considerando as instituições públicas e privadas. Entre as 96 universidades brasileiras públicas e privadas, a PUC-SP aparece na 14ª posição no critério reputação acadêmica e na 6ª posição no critério de reputação entre os empregadores. A PUC-SP é ainda a universidade privada brasileira com o melhor índice de professores com PhD (6ª posição nesse critério) e com melhor proporção corpo docente-aluno (8ª posição nesse critério) -uma medida do número de funcionários acadêmicos que uma instituição tem para ensinar seus alunos e, quanto mais recursos acadêmicos forem disponibilizados aos alunos para ensino, supervisão, desenvolvimento curricular e apoio pastoral, considera-se que melhor será a experiência de aprendizagem. Fonte: direitopucsp

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XXI Congresso Internacional de direitos Humanos

Na esteira da necessidade de conferir concretude aos direitos humanos, o Estado de Mato Grosso do Sul sedia há tempos o Congresso Internacional de Direitos Humanos (CIDH), em que busca ampliar o intercâmbio entre pesquisadores não só do Estado de Mato Grosso do Sul, mas de diversas Instituições de Educação Superior do país e de Instituições Internacionais. Para além da participação de pessoas da academia (alunos e professores), tem sido um relevante espaço de participação de lideranças de movimentos sociais, estreitando o diálogo entre o conhecimento acadêmico e outras formas de conhecimentos, fortalecendo a função social dos espaços acadêmicos, atendendo as demandas sociais com vistas à construção de uma sociedade mais justa e igualitária. XXI Congresso Internacional de Direitos Humanos (CIDH) traz como tema os DIREITOS HUMANOS E AS NOVAS RELAÇÕES SOCIAIS, dando continuidade aos trabalhos desenvolvidos nos anos anteriores, os quais trataram de temas relacionados aos fundamentos filosóficos, históricos e jurídicos, assim como da prática dos Direitos Humanos no Brasil e em outros países, debatendo variadas questões como fronteiras, diversidade sociocultural, migrações, diversidade de gênero, trabalho, políticas públicas, pandemia, conflitos, sustentabilidade e outros. É extremamente necessário compreender a interseção entre os princípios fundamentais dos direitos humanos e as dinâmicas emergentes nas interações, conexões e intercâmbios entre indivíduos, grupos e instituições dentro de uma sociedade contemporânea. Este tema reconhece que as mudanças na sociedade, condicionadas às ferramentas e avanços tecnológicos, mudanças culturais e desafios globais, têm impacto direto nos direitos individuais e coletivos, e visa explorar e promover o diálogo interdisciplinar e desenvolver estratégias inovadoras para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades apresentadas pelas novas relações sociais na promoção dos direitos humanos em todo o mundo. No contexto atual, questões como a privacidade online, a igualdade de gênero, a diversidade cultural, os direitos LGBTQIA+, a justiça social, as novas relações de trabalho e o acesso à informação são cruciais para entender as novas fronteiras dos direitos humanos. Além disso, as relações sociais estão cada vez mais conectadas globalmente, exigindo abordagens mais abrangentes e colaborativas para promover e proteger os direitos humanos em todas as esferas da vida. O XXI CIDH será realizado entre os dias 30 de setembro e 02 de outubro, na Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, na cidade de Campo Grande/MS, com a parceria do instituto de Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul – José do Nascimento (IDHMS-JN), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o apoio de várias instituições públicas e privadas afinadas com os direitos humanos. Acesse o link das incrições: https://www.even3.com.br/xxi-cidh-2024/ Fonte: IDHMS-JN

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Homenagem ao centenário de César Lattes

Hoje, 11 de julho de 2024, o físico Cesare Mansueto Lattes completaria 100 anos. César Lattes destacou-se como uma figura icônica na história da física brasileira. Seus experimentos pioneiros com raios cósmicos na década de 1940 revelaram o méson-π, partícula subatômica que garante a coesão do átomo. Sua descoberta marcou o início da chamada física de partículas elementares, ou física de altas energias. Cesare Mansueto Lattes contribuiu para a criação de instituições que até hoje integram o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, como a CAPES, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e o CNPq. Devido a sua inestimável contribuição para a ciência, o banco de currículos dos pesquisadores brasileiros leva o seu nome, currículo Lattes. A importância de seu legado para a comunidade científica brasileira e internacional é inestimável e perdura até hoje.

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Juízes concluem mestrado em Direitos Humanos pela UFMS

A primeira turma de magistrados do Poder Judiciário estadual que participaram do curso de mestrado em Direitos Humanos pelo convênio entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o TJMS, por meio da Escola Judicial de MS (Ejud-MS) está concluindo a formação acadêmica. Recentemente, quatro juízes defenderam suas dissertações e uma magistrada já foi diplomada. Firmado em 2022, o convênio teve como objetivo o desenvolvimento do Projeto de Desenvolvimento Institucional “Ações associadas de ensino, pesquisa e extensão na temática de Direitos Humanos, Desenvolvimento Sustentável e Acesso à Justiça”. No final dos meses de abril, maio e junho outro grupo de juízes defenderá suas respectivas dissertações. Conforme a juíza Katy Braun do Prado, para os magistrados foi muito enriquecedora a convivência acadêmica e a pesquisa científica, graças à dedicação e entusiasmo dos professores e excelente estrutura do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFMS. O coordenador da pós-graduação, Prof. Dr. Vladimir Oliveira da Silveira, discorreu sobre a experiência de ministrar o mestrado para juízes de carreira. Segundo o professor, a oportunidade foi enriquecedora não apenas para os magistrados, que puderam retornar à academia, à produção científica, além de conhecer novas linhas de pesquisa e autores no âmbito do Direito, mas também para os professores. Vladimir da Silveira relata ainda a dedicação dos juízes que se empenharam em conciliar as atividades jurídicas com a carga horária de aulas e leituras exigida dos acadêmicos da pós-graduação. “Foram feitas algumas adaptações, com a concentração das aulas a partir das quintas, sextas e finais de semana, mas os conteúdos, participação em seminários, congressos, produção de artigos científicos e demais rotinas dos mestrandos foi integralmente cumprida pelos magistrados”, parabeniza o professor. Aliás, como resultado do convênio, um livro será lançando reunindo artigos dos juízes. A juíza Helena Alice Machado Coelho defendeu sua dissertação em dezembro de 2023 e já foi diplomada. Este ano concluíram o mestrado os juízes Tatiana Dias de Oliveira Said, Katy Braun do Prado, Marcus Vinicius de Oliveira Elias e Paulo Henrique Pereira. Para o final de abril, está prevista a defesa das dissertações dos juízes Camila Neves Porciúncula, Eduardo Floriano Almeida, Janine Rodrigues de Oliveira Trindade e Vinícius Pedrosa Santos. Em maio, será a vez da defesa das dissertações dos juízes Mariel Cavalin dos Santos e Eduardo Eugênio Siravegna Junior. Ainda da primeira turma do convênio, no mês de junho ocorre a defesa da dissertação do juiz Alan Robson de Souza Gonçalves. Mestrado em Direitos Humanos – A área de concentração se propõe a ser um espaço acadêmico de reflexões críticas e construtivas sobre os direitos humanos, em seus fundamentos e dimensões, e na qual há um diálogo constante entre as múltiplas ordens jurídicas como paradigma para a concretização dos direitos humanos. Os estudos desenvolvidos nessa área envolvem investigações científicas sobre os fundamentos dos direitos humanos e as teorias jurídicas que embasam as suas dimensões, sob diversos recortes metodológicos e perspectivas históricas e sociais. Autor da notícia: Secretaria de Comunicação Fonte: Poder Judiciário

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Crise na pós-graduação: evasão de pesquisadores prejudica ciência nacional

Baixo incentivo financeiro, falta de direitos e má absorção no mercado de trabalho provocam abandono dos programas, o que impacta a produção científica e tecnológica do país Por Júlia Giusti* — As condições de estudo e trabalho de pesquisadores da pós-graduação stricto sensu no Brasil, o que inclui mestrado e doutorado, são precárias e estimulam a evasão. É o que apontam especialistas, que avaliam que os principais fatores que levam ao abandono dos programas são valores insuficientes das bolsas de pesquisa, falta de direitos sociais, como aposentadoria, e má absorção desses profissionais no mercado de trabalho após a conclusão dos cursos. Esse cenário de evasão da pós-graduação gera impactos na produção científica do país, que, segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), é realizada por mestrandos e doutorandos em 90% dos casos. O assunto foi debatido na Comissão de Educação do Senado, em março, a pedido da senadora Teresa Leitão (PT-PE), que destaca a necessidade de “investimento financeiro, políticas de aprimoramento da pós-graduação e melhores condições de estudos para execução da pesquisa”. Em 2023, as bolsas de mestrado e doutorado da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram reajustadas. Os valores, que estavam congelados desde 2013, sofreram aumento de 40%. Com isso, bolsas de mestrado passaram de R$ 1.500 para R$ 2.100, enquanto as de doutorado subiram de R$ 2.200 para R$ 3.100. O orçamento da Capes em 2023 foi 50% maior do que em 2022. No primeiro ano do atual governo, a agência investiu R$ 5,4 bilhões na pós-graduação e em programas de formação de professores. No ano anterior, os valores totalizaram R$ 3,6 bilhões. Para o presidente do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (Foprop), Charles Santos, os reajustes foram indispensáveis para a valorização das pesquisas, mas são insuficientes para garantir atratividade de novos talentos. “Uma década sem qualquer reajuste de bolsas era uma condição inaceitável e precisava ser urgentemente resolvida sob o risco de a pós-graduação perder boa parte da atração que ainda tinha junto aos graduandos e graduandas no Brasil. Ainda assim, os novos valores não cobrem todas as perdas inflacionárias entre 2013 e 2023, e uma política de reajuste periódico precisa ser considerada”, afirma. Luís Henrique Belém, de 25 anos, é mestrando em ciências sociais na Universidade de Brasília (UnB) desde 2022, pesquisando política social. Tendo as bolsas como única fonte de renda, ele fala que os reajustes não são suficientes para garantir a subsistência dos pesquisadores: “O aumento não cobre o custo de vida que temos nos estados brasileiros, o que impacta de forma drástica nas nossas condições de vida e de trabalho enquanto pesquisadores”. Alexandra Martins, 28 anos, acabou de defender sua tese de doutorado em ecologia na UnB. Ela ingressou na pós-graduação em 2017 para o mestrado e conta que a questão das bolsas pesou mais durante a pandemia: “A pesquisa não pode parar, mas na pandemia, como ia fazer se eu ou alguém da minha família ficasse doente?”. Nesse período, a Capes prorrogou bolsas em até seis meses, mas Alexandra não teve o pedido atendido a tempo e passou dois meses sem receber. “A minha sorte é que morava com a minha mãe, então isso aliviava um pouco, mas quando a gente fica sem a bolsa, é mais difícil para conseguir defender o projeto”. Segundo Denise de Carvalho, presidente da Capes, o interesse em cursar mestrado e doutorado diminuiu nos últimos anos, o que foi motivado pelo baixo valor das bolsas antes dos reajustes e também pelos cortes em ciência e tecnologia entre 2019 e 2022, que chegaram a uma redução de 87%. Com aumento das bolsas e o fim da pandemia de covid-19, porém, o ingresso na pós-graduação voltou a crescer. “Em vez de continuarem estudando, as pessoas entraram no mercado de trabalho menos qualificadas por falta de esperança de que teriam financiamento para continuar os seus estudos”, explica. “Agora, os pesquisadores ingressam com a perspectiva de que podem continuar se qualificando profissionalmente”. Direitos A ausência de direitos sociais de mestrandos e doutorandos é outro fator que desmotiva pesquisadores, que não possuem garantias trabalhistas, como vínculo com a previdência social. O diretor científico do CNPq, Olival Freire, pontua que existe uma “insegurança jurídica” na pós-graduação, pois a legislação brasileira não permite o recurso de contratação para contagem do tempo de contribuição, durante o desenvolvimento da pesquisa, para aposentadoria. “Na melhor das hipóteses, um pós-graduando passa dois anos no mestrado e quatro no doutorado. Daí, ele entrará no mercado de trabalho aos 30 anos, enquanto muitos trabalhadores já estão contribuindo com a Previdência. Então, nosso atual sistema de bolsas atrasa muito a contagem do tempo para a fins de aposentadoria de um pós-graduando”, diz. Para a Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), a seguridade social de estudantes deve ser garantida. Vinicius Soares, presidente da associação, defende uma “cesta de direitos básicos” para os pós-graduandos. Para ele, “nada mais justo do que o próprio Estado brasileiro reconhecer a produção científica como uma condição laboral”, mas as garantias também devem incluir direitos como assistência estudantil e acesso ao restaurante universitário. Caroline Araújo, de 27 anos, começou agora o doutorado em medicina tropical na UnB. Para ela, não possuir plano de carreira é “desesperador, é como jogar seu trabalho no lixo, em relação a uma futura aposentadoria”. Ela também se preocupa com oportunidades no mercado de trabalho: “Eu não sei se vou conseguir um trabalho, o mercado está superfaturado e muitas empresas preferem pagar por mão de obra barata e não qualificada”. Apesar das dificuldades, ela pretende seguir na carreira acadêmica, pois seu sonho é ser pesquisadora. “Cabe a nós lutar por nossos direitos. O governo deve valorizar o nosso trabalho, porque não recebemos o que merecemos e não temos direitos trabalhistas”, afirma. Evasão Um dos principais motivos para evasão na pós-graduação é para ingresso no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quase 60% dos alunos de graduação de universidades públicas e privadas desistem do curso. Embora não se tenha dados consolidados

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Câmara aprova prazo maior para pais e mães estudantes concluírem curso superior

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) projeto de lei que prorroga os prazos para estudantes concluírem cursos de graduação ou programas de pós-graduação em virtude de parto, de nascimento da criança, de obtenção de guarda judicial para fins de adoção ou de adoção. A matéria será enviada ao Senado. De autoria da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), o Projeto de Lei 1741/22 foi aprovado na forma do substitutivo da deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Segundo a proposta, as instituições de educação superior deverão assegurar a continuidade do atendimento educacional e fazer os ajustes administrativos para prorrogar os prazos por, no mínimo, 180 dias. A prorrogação abrange a conclusão de disciplinas e dos respectivos trabalhos finais, a entrega dos trabalhos finais de conclusão de curso ou mesmo as sessões de defesa e a entrega de versões finais dos trabalhos ou realização de publicações exigidas pelos regulamentos das instituições de ensino. Para obter o benefício, o estudante deverá comunicar o fato formalmente à instituição, apresentando os documentos comprobatórios. Outro caso previsto pela relatora é o de prorrogação desses prazos para estudantes pais ou responsáveis por criança ou adolescente em casos de internação hospitalar de filho por prazo superior a 30 dias. A prorrogação deverá ser igual, no mínimo, ao período de internação. Bolsas:  A prorrogação de bolsas de estudo concedidas por agências de fomento com duração mínima de um ano também é tratada pelo projeto. Atualmente, a prorrogação por 120 dias é possível para bolsas concedidas para a formação de recursos humanos. Com o projeto, além desse tipo de bolsa poder ser prorrogada por 180 dias, são incluídas as de pesquisa. As situações são semelhantes às de conclusão do curso: parto, adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção. O afastamento será válido também para situações anteriores ao parto, como gravidez de risco ou atuação em pesquisa que implique risco à gestante ou ao feto. Quando a internação pós-parto durar mais de duas semanas, a data inicial para contar a prorrogação será aquela da alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido, o que ocorrer por último. Pessoas com deficiência:  Se o nascimento, a adoção ou a obtenção de guarda judicial para fins de adoção se referir a criança ou adolescente com deficiência, a prorrogação da bolsa será pelo dobro do tempo (360 dias). Outra situação prevista no texto para prorrogação de bolsas é o de caso fortuito ou força maior. Nesse caso, será necessária comprovação da necessidade da prorrogação e a instituição de fomento terá de fazer uma análise técnica conforme seu regulamento. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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