Professor Vladmir Silveira

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ODS 15 Vida Terrestre: O que você precisa saber?

Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade 15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável de ecossistemas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em especial florestas, zonas úmidas, montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorrentes dos acordos internacionais 15.2 Até 2020, promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o florestamento e o reflorestamento globalmente 15.3 Até 2030, combater a desertificação, restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo 15.4 Até 2030, assegurar a conservação dos ecossistemas de montanha, incluindo a sua biodiversidade, para melhorar a sua capacidade de proporcionar benefícios que são essenciais para o desenvolvimento sustentável 15.5 Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitat naturais, deter a perda de biodiversidade e, até 2020, proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas 15.6 Garantir uma repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos e promover o acesso adequado aos recursos genéticos 15.7 Tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies da flora e fauna protegidas e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem 15.8 Até 2020, implementar medidas para evitar a introdução e reduzir significativamente o impacto de espécies exóticas invasoras em ecossistemas terrestres e aquáticos, e controlar ou erradicar as espécies prioritárias 15.9 Até 2020, integrar os valores dos ecossistemas e da biodiversidade ao planejamento nacional e local, nos processos de desenvolvimento, nas estratégias de redução da pobreza e nos sistemas de contas 15.a Mobilizar e aumentar significativamente, a partir de todas as fontes, os recursos financeiros para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas 15.b Mobilizar recursos significativos de todas as fontes e em todos os níveis para financiar o manejo florestal sustentável e proporcionar incentivos adequados aos países em desenvolvimento para promover o manejo florestal sustentável, inclusive para a conservação e o reflorestamento 15.c Reforçar o apoio global para os esforços de combate à caça ilegal e ao tráfico de espécies protegidas, inclusive por meio do aumento da capacidade das comunidades locais para buscar oportunidades de subsistência sustentável Fonte: Nações Unidas Brasil

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Pagamentos por Serviços Ambientais mudam a vida das pessoas que mantêm a floresta de pé

Projeto Floresta+ Amazônia investirá 96 milhões de dólares para quem conservar a Amazônia. Maria Graciano Dimas da Silva é agricultora na Colônia Paraíso, em Rio Branco, no Acre. Em sua propriedade, cultiva milho, feijão, laranja, manga, caju, goiaba e coco. “Aqui, planto de tudo um pouco”.  Essa lida no campo, da qual tem muito orgulho, a fez sair da rotina de forma trágica. Em 2024, a produtora rural teve a casa destruída em um incêndio e perdeu quase tudo: os móveis, a geladeira, o fogão, a televisão. Maria só não perdeu a esperança porque, quando ela mais precisou, ficou sabendo do mutirão da equipe do Projeto Floresta+ Amazônia e que ela poderia se inscrever para receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). “Eu não conhecia. Mas eles me informaram. Eu me inscrevi, porque atendia os critérios e sempre conservei a vegetação da minha propriedade. E, agora, vou construir a minha vida de novo, reformar minha residência. E, é claro, continuar protegendo a mata aqui, da minha área “. Maria Graciano se inspira na resiliência da floresta para reconstruir seu lar com o auxílio do PSA. Histórias como a dela têm se multiplicado pelos nove estados da Amazônia Legal por meio do Projeto Floresta+ Amazônia. Desde 2022, essa iniciativa aceita inscrições e fornece apoio financeiro para quem conservar a floresta. O PSA é um mecanismo em que proprietários ou possuidores de pequenos imóveis rurais recebem o PSA para manter a vegetação nativa preservada em suas áreas. “O PSA é um instrumento econômico que visa incentivar práticas que conservem ou restaurem os ecossistemas e seus serviços ambientais. No Brasil, o PSA está previsto em leis como o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) e a Lei nº 14.119/2021, que instituiu a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. É uma ferramenta essencial para alinhar a conservação ambiental aos interesses econômicos, promovendo um modelo de desenvolvimento mais sustentável. O Floresta+ é pioneiro na execução e no apoio com PSA no país com recursos de pagamentos por resultados de REDD+’’, explicou o assessor técnico do projeto, Carlos Casteloni. O Floresta+ Amazônia atua em cinco modalidades: Inovação, Comunidades, Recuperação, Instituições e Conservação. Esta última tem atuado por meio de chamadas públicas de PSA, voltadas para três principais públicos-alvo: Produtores/as rurais com áreas conservadas de vegetação nativa excedente (ou seja, com cobertura vegetal além do que a legislação exige). Assentados/as da Reforma Agrária. Agricultoras e agricultores familiares. Foi em uma dessas iniciativas que Maria Graciano se inscreveu. Umas das primeiras iniciativas da Modalidade Conservação teve como foco excedente de vegetação nativa visando recompensar produtores ou proprietários rurais que preservam áreas além do mínimo exigido por lei. Cerca de 230 beneficiárias e beneficiários conservaram quase 5 mil hectares de floresta e foram apoiados com aproximadamente R$ 2,5 milhões. Todo esse esforço e dedicação equivalem a aproximadamente 3 milhões de árvores em pé na Amazônia. O agricultor Rozinaldo Texeira de Jesus, da comunidade ribeirinha de Barreiras, em Almeirim (PA), foi um dos primeiros beneficiados no estado. Junto com a família, vem conservando sua propriedade e mantendo as atividades produtivas. “Em minha área, eu planto de tudo um pouco: mandioca, abóbora, tomate, mamão, limão, feijão, pupunha, maxixe, pimentão, coentro e alface. É da floresta que a gente tira nossa sobrevivência, desde a água até o alimento que sacia nossa sede e a fome. No mínimo, o que devemos fazer é conservá-la e respeitá-la. Estamos falando do pulmão do mundo, da Floresta Amazônica. O Floresta+ Amazônia está alinhado com isso: apoia e incentiva quem quer conservar, quem vive da floresta, da terra para viver. E, vem transformando para melhor muitas famílias aqui, na Amazônia”’, diz Rozinaldo, com orgulho. Outra frente de atuação é com os assentamentos na Amazônia em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Por meio também de chamada pública, até o momento, o Floresta+ Amazônia chegou a mais de 730 famílias de 14 territórios nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. Desse total, 400 já se tornaram beneficiários e receberam o primeiro pagamento. A iniciativa faz parte da estratégia de atuação e apoio do Programa União com Municípios do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Essas ações de PSA somam esforços com o Programa União com os Municípios (UcM), criado por meio do Decreto nº 11.687 de setembro de 2023. De acordo com o diretor de Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, Marcelo Trevisan, o Programa União com Municípios reúne um conjunto de ações relativas à prevenção, ao monitoramento, ao controle e à redução do desmatamento e da degradação florestal na Amazônia. “Com apoio do Floresta+, estamos implementando ações nos municípios prioritários para controle do desmatamento, que reúne uma lista de 81 municípios responsáveis por 78% de todo o desmatamento verificado no ano de 2022 na Amazônia Legal”, ressalta Trevisan.  A terceira chamada pública lançada pela Modalidade Conservação tem como foco os/as agricultores/as familiares e prevê o pagamento por todo o remanescente de vegetação nativa conservado no imóvel rural, incluindo áreas já protegidas por lei como Reserva Legal (RL) e Área de Preservação Permanente (APP). Até o momento, já foram inscritos mais de 1.200 interessados, de 17 municípios dos nove estados da Amazônia Legal. Desse total, mais de 80% são pessoas negras ou pardas. E cerca de 55% dos trabalhadores/as rurais possuem Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que é pré-requisito para o segundo ciclo de pagamentos e demonstra o interesse do agricultor familiar em conservar a floresta. O edital está aberto até março de 2025. “Os agricultores e as agricultoras familiares desempenham um papel fundamental na Amazônia ao adotarem práticas sustentáveis alinhadas à produção de alimentos com a conservação. Contribuem para a manutenção dos ecossistemas e toda a biodiversidade em volta. São grandes guardiões da floresta. O Floresta+, por meio do PSA, além de apoiar financeiramente, reconhece e valoriza o papel das famílias agricultoras na conservação da vegetação nativa’’, observa a coordenadora técnica do Projeto Floresta+ do MMA, Nazaré Soares. Outro exemplo de como o Projeto Floresta+ Amazônia tem

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Semana da arquitetura sustentável: Cidade Esponja

Essa é uma cidade esponja que captura água. Projetada pelo arquiteto e paisagista Kongjian Yu, ela utiliza soluções básicas na natureza para absorver e utilizar a água da chuva de forma eficaz. Essas cidades empregam pavimentos porosos, telhados verdes, jardins de chuva e áreas úmidas para gerenciar a água, apoiar a biodiversidade e melhorar a qualidade do ar. Ao desacelerar o fluxo da água, eles capturam e armazenam água para uso posterior, e as características naturais também purificam a água. As cidades esponja foram testadas em 30 cidades na China e agora estão incluídas nos planos diretores de mais de 538 cidades. Essas cidades podem nos aproximar de uma vida em harmonia com o meio ambiente e contribuir para um futuro sustentável. Fonte: ugreen_br

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Como avançar rumo a uma Economia circular nas cidades?

As cidades respondem por 75% do consumo mundial de recursos, até 72% das emissões globais de gases de efeito estufa, quase dois terços da demanda global de energia e 50% dos resíduos globais! Implementar ações para uma economia circular em nossas cidades e regiões é essencial para limitar esses impactos negativos. Isso significa menos poluição, menos uso de matérias-primas, água, terra e energia — e mais uso de energia renovável sempre que possível. Nas cidades, um modelo de economia circular implica uma mudança sistêmica. Serviços, como água, resíduos ou energia, são fornecidos fazendo uso eficiente de recursos naturais como materiais primários e otimizando sua reutilização. Atividades econômicas são planejadas e realizadas de forma a fechar, desacelerar e estreitar os ciclos nas cadeias de valor. A infraestrutura é projetada e construída para evitar o bloqueio linear, por exemplo, por aquecimento distrital e rede inteligente. A circularidade nas cidades pode ser alcançada adotando políticas em setores-chave que promovam soluções para as mudanças climáticas, como sistemas alimentares, edifícios e resfriamento e transporte. Saiba mais sobre como a economia circular pode transformar nossas cidades. Acesse nossa boletim informativo: https://bit.ly/4eBOm80  Fonte: ONU Brasil  

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SOS Pantanal e IBAMA apresentam painel sobre manejo integrado do fogo na Cúpula do Clima

O SOS Pantanal já está em Baku, no Azerbaijão, para participar do maior evento sobre clima e meio ambiente do mundo. No dia 15 de novembro, apresentaremos um painel na conferência junto ao @ibamagov para debater as boas práticas do Manejo Integrado do Fogo – uma abordagem essencial para proteger e conservar não só a biodiversidade pantaneira, mas dos outros biomas brasileiros. Também participarão do painel representantes do @governoms e do @ipam_amazonia , trazendo outros prismas do manejo integrado do fogo. A COP 29 é a Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, um encontro global onde nações discutem políticas para enfrentar as crises ambientais. Em meio ao ano mais seco de sua história, onde mais de 3 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, o manejo integrado do fogo se apresenta como um grande aliado na prevenção de incêndios, que tendem a ser cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo. Fonte: SOS Pantanal

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ONU e Brasil abrem chamada para instituições de ensino superior interessadas em integrar rede sobre Propriedade Intelectual

Instituições de ensino e pesquisa no Brasil podem se unir a uma rede global e oferecer aos seus alunos um curso certificado sobre Propriedade Intelectual, fortalecendo a inovação e a proteção de ativos intelectuais no país. Atualmente, 29 entidades das cinco regiões do Brasil integram a rede da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Ao aderir à iniciativa, as instituições de ensino contribuem para o fortalecimento da cultura de Propriedade Intelectual no Brasil, enquanto instrumento estratégico para a gestão da inovação e a construção de economias competitivas. Em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) convida instituições de ensino e pesquisa no Brasil interessadas em oferecer o curso geral de Propriedade Intelectual (PI), e, dessa maneira, integrar uma rede mundial que incentiva o aprendizado, a proteção e o uso da Propriedade Intelectual. A incorporação do curso de 75 horas pode ser feita à grade curricular de graduação ou pós-graduação na forma de disciplina (obrigatória, eletiva, optativa ou atividade complementar), com contagem de créditos. O curso foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual e a OMPI. Ao incorporar o curso geral de PI e aderir à rede da OMPI, as instituições de ensino e pesquisa enriquecem sua grade curricular com especialistas em Propriedade Intelectual e incentivam a disseminação e o fortalecimento da cultura de propriedade intelectual no Brasil, enquanto instrumento estratégico para a gestão da inovação e a construção de economias competitivas. Outras vantagens incluem: Integrar um consórcio global de instituições de ensino e pesquisa que têm a visão estratégica de contemplar temas atuais em seu conteúdo programático. Preparar o corpo discente para lidar com desafios do século 21, que passam pela inovação e a consequente proteção de ativos de propriedade intelectual. Capacitar o corpo docente a criar internamente a cultura de proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual produzidos pela própria instituição de ensino. Disponibilizar à comunidade acadêmica um curso qualificado sobre propriedade intelectual para compor créditos com a chancela do INPI e da OMPI. Como participar:  Instituições interessadas em oferecer o Curso de Propriedade Intelectual devem contatar o INPI através do e-mail cgdi@inpi.gov.br e submeter três documentos que deverão ser enviados para a OMPI: a) Termo de Aceite b) Carta de Solicitação em inglês c) Carta de Solicitação em português Para saber mais, acesse a chamada na página do INPI.  Fonte: ONU Meio Ambiente

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Pando, a árvore de 40 hectares considerada um dos seres vivos mais antigos e pesados do mundo

Para o visitante desavisado, Pando nada mais é do que um belo bosque de uma espécie de álamo chamada álamo-trêmulo. Mas há milhares de anos suas raízes guardam um segredo genético que o torna ainda mais interessante. Localizado em uma área de 43 hectares perto de Fish Lake, em Utah, nos Estados Unidos, Pando é considerado por alguns cientistas como “o maior e mais pesado organismo vivo do mundo”. É que as 47 mil árvores que fazem parte dele estão conectadas por um sistema de raízes — e são geneticamente idênticas. “Todas estas árvores são, na verdade, uma só árvore”, explicou o geógrafo Paul Rogers à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, em 2018. O fenômeno vem atraindo cientistas há décadas. E uma das grandes dúvidas sobre Pando tinha a ver com sua antiguidade. Embora há muito tempo seja considerado um dos seres vivos mais antigos do planeta, os especialistas não tinham certeza da sua idade. Agora, esta dúvida foi sanada depois que uma equipe de biólogos conseguiu datá-lo pela primeira vez. A conclusão deles? A maior árvore do mundo tem pelo menos 16 mil anos. Como eles conseguiram descobrir? O novo podcast investigativo da BBC News Brasil Episódios Fim do A Raposa Para estudar a história evolutiva de Pando, a bióloga Rozenn Pineau, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, e seus colegas coletaram e sequenciaram mais de 500 amostras da árvore, assim como vários tipos de tecido, incluindo folhas, raízes e cascas. O objetivo era extrair dados genéticos, procurando principalmente mutações somáticas, que são alterações no DNA que ocorrem nas células de um organismo após a concepção. “No início, quando Pando germinou de uma semente, todas as suas células continham DNA essencialmente idêntico”, explicou Pineau à revista científica New Scientist. “Mas toda vez que uma nova célula é criada, e a informação genética é replicada, podem ocorrer erros que introduzem mutações no DNA”, acrescentou. De acordo com o estudo, ao observar o marcador genético dessas mutações presentes em diferentes partes da árvore, os pesquisadores conseguiram reconstruir a história evolutiva de Pando e estimar sua idade. Vale lembrar que os bosques de álamo podem se reproduzir de duas maneiras: uma delas é quando as árvores maduras deixam cair sementes que depois germinam; e a outra é quando elas liberam brotos de suas raízes, dos quais nascem novas árvores, chamadas de clones. Pando não é o único bosque de clones, mas é o mais extenso. Como os especialistas o consideram um único organismo, ele tem o peso somado de todas as suas árvores, resultando em um ser vivo com peso estimado em 13 milhões de toneladas. Entre 16 mil e 81 mil anos Os pesquisadores fizeram três estimativas diferentes da idade da árvore, pois não tinham certeza se haviam deixado passar algumas mutações ou se algumas das mutações identificadas eram falsos positivos. Supondo que os cientistas tenham identificado corretamente cada mutação na parte do genoma que sequenciaram, a primeira estimativa é que Pando tenha cerca de 34 mil anos. Se os especialistas incluírem possíveis mutações somáticas não detectadas, a segunda estimativa — e a menos conservadora — sugere que a árvore teria aproximadamente 81 mil anos. E se considerarmos que apenas 6% das mutações observadas pelos biólogos são de fato positivas, então Pando teria 16 mil anos. Considerando todas essas incertezas, Rozenn Pineau e sua equipe calcularam que a idade da árvore provavelmente se encontra entre 16 mil e 81 mil anos. “Embora esses cenários nos forneçam números bastante diferentes, todos eles apontam para uma conclusão notável: Pando é antigo”, afirmou Pineau à revista New Scientist. “Mesmo em sua idade estimada mais jovem (16 mil anos), este clone de álamo está crescendo desde a última era glacial”, acrescentou. Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), Will Ratcliff, outro biólogo envolvido na pesquisa, escreveu que “para colocar a idade de Pando em perspectiva, mesmo pela nossa estimativa mais conservadora, ele estava vivo quando os seres humanos caçavam mamutes”. “Pela nossa estimativa mais antiga, ele germinou antes da nossa espécie deixar a África”, completou. O estudo afirma, por sua vez, que “independentemente do cenário, estas estimativas destacam a notável longevidade de Pando (…), tornando-o um dos organismos vivos mais antigos da Terra”. Fonte: BBC News

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COP16 debateu financiamento para projetos de restauração de ecossistemas

Para especialistas, mecanismos financeiros e políticas precisam ser desenvolvidos em conjunto pelos setores público e privado e devem levar em conta não apenas a necessidade de reverter a destruição dos biomas, mas também a inclusão das comunidades que neles vivem. Tema também estará em destaque nas COPs do Clima e da Desertificação Por Fábio de Castro, especial para o WWF-Brasil Os desafios do financiamento para a restauração de ecossistemas foram tema de debates durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), que foi encerrada na semana passada, em Cali, na Colômbia. Um dos momentos foi no painel “Iniciativa 20×20: Mecanismos financeiros e políticas inovadoras para a conservação e restauração da biodiversidade na América Latina”, realizado no dia 31/10. Por ser tão central, essa questão também estará em destaque na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), será realizada entre 11 e 22 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão. E na COP de Combate à Desertificação, em dezembro, na Arábia Saudita. Para os especialistas que participaram do debate em Cali, a crise ambiental em que o planeta está mergulhado é tão extensa que as iniciativas de conservação da natureza não bastam: é preciso restaurar ecossistemas que já sofreram degradação. Para isso, é preciso desenvolver modelos de financiamento de projetos de restauração que não apenas sejam capazes de reverter a destruição da natureza, mas que também sejam inclusivos, beneficiando as pessoas que vivem nos territórios. Nesse contexto, os projetos de restauração inclusiva no Cerrado brasileiro foram levados à discussão por Taruhim Quadros, analista de Conservação no WWF-Brasil. Ela destacou a dupla importância – no aspecto natural e social – da savana mais biodiversa do mundo, que abriga 5% das espécies do planeta, ocupa 23% do território brasileiro e é o lar de 25 milhões de pessoas, mas já perdeu 50% de sua cobertura vegetal original. “O Cerrado é uma área chave, com uma enorme diversidade de formações vegetais, como campos, bosques e savanas, que é também um símbolo da cultura brasileira, já que ali vivem povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais que dependem do território e o protegem. Eles são os grandes representantes do território e é por isso que estamos sempre nos articulando com eles. A cadeia de restauração é uma oportunidade econômica importante para eles”, afirmou Taruhim. As comunidades são parte da governança do território e têm um papel central nos projetos de restauração do WWF-Brasil e da Araticum, uma rede colaborativa da qual o WWF-Brasil faz parte da coordenação. A Araticum atua para promover e monitorar a restauração ecológica no Cerrado, envolvendo os coletores de sementes nativas e diversos outros atores da restauração, e funcionando também como uma ferramenta de inclusão social. “Nós acreditamos muito nessas experiências de base comunitárias e as incentivamos. No início, sempre precisamos de fundos para dar condições de capacitação aos coletores, mas uma vez que fazemos isso, eles se organizam com uma força muito grande e dominam as condições técnicas e a infraestrutura para coleta e comercialização das sementes. Os recursos obtidos com essa comercialização voltam inteiramente para eles”, explicou Taruhim. Os coletores de sementes decidem os preços do produto a partir de oficinas comunitárias. “Isso é um exemplo muito prático de como há possibilidades associadas à cadeia da restauração e de financiamento que podemos desenvolver em conjunto”, declarou Taruhim. Governança do território Ela explicou que a Araticum participa dessa governança do território e é uma plataforma multi-atores que tem a participação de 140 instituições para alavancar a restauração de 2 milhões de hectares no Cerrado. Uma ferramenta pública de transparência disponibilizada pela organização que mapeou 15 mil hectares de restauração do Cerrado em 9 estados, destacando-as como modelos demonstrativos, a fim de estimular a expansão de ações de restauração em larga escala. “A Araticum tem uma estratégia de apoio às instituições que estão no território por meio de sua profissionalização. Com isso, alavancarmos um movimento de restauração que seja auto-sustentável. Ajudamos a estruturar e apoiar os projetos dos associados, para os quais já alavancamos aproximadamente  R$ 10 milhões para projetos de restauração do Cerrado. Trabalhamos também com o monitoramento dos resultados – que é um fator essencial para a obtenção de fundos e financiamento”, salientou ela. A plataforma pública de monitoramento da Araticum já conta com mais de 15 mil hectares que estão em processo de restauração. A instituição também publicou um guia de financiamento para o Cerrado, para mostrar aos investidores que a restauração não se resume a recuperar certo número de hectares ou plantar árvores. “Precisamos ter componentes sociais, econômicos e de biodiversidade. Precisamos de fundos catalisadores no Cerrado e em todos os biomas da América Latina, e que haja espaço para fundos públicos, privados e de filantropia, para que todos possamos olhar juntos para estratégias de restauração a fim de cumprirmos nossas metas”, concluiu Taruhim. Valor da natureza Victoria Rachmaninoff, gerente de Biodiversidade e diretora de Monitoramento de Paisagens da Iniciativa 20×20 do WRI, destacou que é preciso compreender e divulgar o verdadeiro valor da natureza para que seja possível desenvolver soluções inovadoras de financiamento da restauração de ecossistemas – e também comentou a importância social dessas iniciativas. “O tema do financiamento para a biodiversidade tem sido um dos mais difíceis desta COP. Quando falamos dele, temos que destacar o verdadeiro valor da natureza. Além de seu valor intrínseco, a natureza também tem um valor econômico importante: 50% do PIB mundial depende dela. Agora que vivemos em um mundo em transformação, com o clima mudando em velocidade nunca vista, a natureza também é fundamental para nos ajudar na adaptação a essa nova realidade”, frisou Victoria. “Quando pensamos em restauração, podemos pensar em soluções que não apenas apoiem a natureza, mas também em intervenções que possam ajudar a reconectar espaços para polinizadores, melhorar a saúde dos solos e muito mais. Mas a restauração também é fundamental para nossas vidas, a fim de alimentar comunidades, assegurar seu acesso à água, prevenir inundações e criar resiliência. A restauração pode nos ajudar a concretizar a ideia de paz com

Filmes retratam problemas urgentes da Amazônia pelo olhar da população afetada
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#ResíduoZero: 7 formas de transformar o lixo em recurso valioso

Imagine uma comunidade vibrante onde cada produto é desenhado com o seu fim em mente, seguindo o princípio de que nada se perde, tudo se transforma. Aqui, os materiais circulam em um ciclo contínuo de uso, reuso, redesenho, recuperação e reciclagem, minimizando o desperdício e maximizando o valor. Mercados de segunda mão florescem, e programas de compartilhamento são populares, incentivando as pessoas a ver os produtos sob uma nova luz — não como bens a serem descartados, mas como recursos a serem valorizados. Esta é a essência da economia circular, uma resposta direta ao modelo linear de “extrair, fabricar, descartar” que por tanto tempo dominou nossa sociedade. Neste Dia Internacional do Resíduo Zero (30 de março), queremos fazer uma revisão radical de nossa percepção atual de “lixo”, entendendo que cada item descartado tem o potencial de contribuir novamente para nossa economia e meio ambiente. O que é Resíduo Zero? Você já deve ter ouvido falar no conceito de “Resíduo Zero”, mas sabe o que realmente significa? Essa abordagem visa manter os resíduos fora de aterros e do oceano. O foco é mantê-los na economia, diminuindo a quantidade de novos resíduos produzidos. O resíduo zero promove padrões responsáveis de produção e consumo. Desde 1970, o uso de recursos naturais cresceu de 30 para 106 bilhões de toneladas, acarretando impactos ambientais dramáticos, e a estimativa é de que a geração de resíduos aumente em 56% de 2023 até 2050, de acordo com dois relatórios recentes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “O consumo excessivo está nos matando. A humanidade precisa de uma intervenção”, disse António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas. Uma gestão de resíduos eficiente traz grandes oportunidades: reduz a extração de recursos naturais; fortalece os meios de subsistência locais, diversifica novos modelos de negócios e melhora a qualidade de vida nas cidades. A gestão sustentável de resíduos também pode reduzir a emissão de gases de efeito estufa, colaborando para o combate à mudança climática. Resíduos orgânicos da agroindústria e de cidades podem ser transformados em energia e combustível sustentáveis por meio do biogás. Dados do projeto GEF Biogás Brasil mostram que, se o potencial total de produção de biogás no Brasil fosse atingido, em torno de 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente poderiam ser evitadas todo ano, ajudando o país a atingir a meta nacional de redução de 53% das emissões de gases de efeito estufa até 2030. Promover iniciativas de resíduo zero pode ajudar a avançar todos os objetivos e metas da Agenda 2030, com destaque para o Objetivo Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, tornar cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; o ODS 12, garantir padrões de consumo e produção sustentáveis; o ODS 13, ação contra a mudança global do clima, e o ODS 9, construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Além de proteger o ambiente, a abordagem de Resíduo Zero pode gerar um ganho líquido anual de US$ 108,5 bilhões, reduzindo significativamente o custo global da gestão de resíduos. “Nosso planeta não pode continuar a fornecer recursos incessantemente e receber poluição em troca”, avalia Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. Qual a sua parte no caminho para o resíduo zero? Estima-se que todos os anos, a humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Por isso, governos nacionais e locais, sociedade civil, setor privado, academia, comunidades têm um papel a desempenhar para alcançar a redução da geração de resíduos. Veja abaixo 7 formas de ajudar a transformar os resíduos em recursos valiosos:  Por que precisamos reduzir os resíduos de plástico? Como podemos evitar o desperdício de alimentos? Na era digital, como reaproveitar o resíduo eletrônico? Por que é preciso superar o fast fashion e adotar um jeito de se vestir mais sustentável? O Brasil é o maior produtor de plástico da América Latina, com cerca de 500 bilhões de itens de plástico de uso único (pratos, copos, embalagens e talheres) produzidos anualmente. Grande parte disso está contido em produtos descartáveis que rapidamente se tornam resíduos, poluindo a terra, o mar e o ar.  Segundo um relatório do PNUMA, os plásticos são a maior, mais prejudicial e mais persistente fração do lixo marinho, representando pelo menos 85% do total de resíduos marinhos. Apenas 9% do resíduo plástico é reciclado, enquanto 17% é incinerado, 22% não são coletados e 46% são jogados em aterros sanitários. O mundo precisa eliminar os plásticos de uso único e desnecessários. Redesenhar os produtos. Redesenhar as embalagens para que não sejam necessárias ou usem menos plásticos. Reformular os sistemas de reutilização, recarga e, sim, reciclagem. A boa notícia é que, segundo o PNUMA, indica que podemos reduzir a poluição plástica em 80% até 2040 se os países e as empresas fizerem mudanças profundas nas políticas e no mercado usando as tecnologias existentes. Por esse motivo que a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA 5), há dois anos, marcou o início das negociações do Tratado Global contra a Poluição Plástica, que devem ser concluídas este ano. Recusar itens de uso único, reutilizar os produtos plásticos e dar preferência a outros materiais são ações fundamentais para reduzir os danos da poluição plástica aos ecossistemas. Considerar a importância de uma transição equitativa, garantindo que a mudança para uma economia circular seja justa e inclusiva também é importante.  Desde a coleta, passando pelo transporte, reciclagem, até a disposição final, a gestão de resíduos oferece muitas possibilidades de renda. Nesse sentido, o programa Waste Wise Cities, do ONU-Habitat, ajuda governos locais a encontrarem soluções concretas para otimizar a gestão e estimular a economia. Segundo o Relatório de Lacuna de Circularidade da América Latina, a adoção de estratégias de circularidade poderia gerar até 8,8 milhões de novos empregos. Um exemplo claro disso ficou evidente em um estudo do projeto GEF Biogás Brasil segundo o qual se atingíssemos o potencial total de produção de biogás por meio do reaproveitamento energético de resíduos orgânicos, poderíamos gerar cerca de 800 mil empregos no Brasil. Essa mudança transformadora não é apenas sobre reduzir resíduos ou emissões de carbono; é sobre redefinir o crescimento econômico. É crucial que esses desenvolvimentos considerem também os direitos e o

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O mundo precisa agir mais rápido para proteger 30% do planeta até 2030

Cali, 28 de outubro de 2024 – A comunidade internacional fez alguns avanços nas promessas de proteger 30% da Terra até 2030, mas o progresso precisa ser mais ágil, segundo o relatório oficial de progresso do Centro de Monitoramento da Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA-WCMC, inglês UNEP-WCMC) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O Relatório Planeta Protegido 2024 (Protected Planet Report 2024) revela que 17,6% da terra e das águas interiores e 8,4% do oceano e das áreas costeiras em todo o mundo estão dentro de áreas protegidas e conservadas. O aumento da cobertura desde 2020, equivalente a mais de duas vezes o tamanho da Colômbia, deve ser comemorado. Mas é um aumento de menos de 0,5 ponto percentual em ambos os domínios. Isso deixa uma área terrestre aproximadamente do tamanho do Brasil e da Austrália juntos e, no mar, uma área maior do que o Oceano Índico, a ser designada até 2030 para atingir a meta global. Nos próximos seis anos, a rede global precisará ser expandida com urgência em mais 12,4% na terra e 21,6% no oceano. Os governos se comprometeram a garantir que essas áreas sejam eficazes, bem localizadas, conectadas, governadas de forma equitativa e que respeitem os direitos humanos. Embora tenha havido progresso em todos os elementos que podem ser significativamente monitorados, os novos dados sugerem que o mundo está aquém da qualidade e da cobertura das áreas protegidas e conservadas. As áreas protegidas e conservadas são locais vitais tanto para a natureza quanto para as pessoas. Elas desempenham um papel fundamental na interrupção e reversão da perda de biodiversidade. Elas também proporcionam importantes benefícios culturais, espirituais e econômicos, oferecendo serviços de ecossistema que ajudam a proteger o planeta para o futuro da humanidade. Em dezembro de 2022, as Partes da Convenção sobre Biodiversidade (CBD) concordaram em conservar 30% da terra e dos mares da Terra até 2030. Esse compromisso é conhecido como Meta 3 (Target 3) e é um dos 4 objetivos e 23 metas para enfrentar a crise global da natureza no âmbito do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Com essa meta, as Partes da CBD se comprometeram a conservar a natureza por meio de áreas protegidas e conservadas, incluindo aquelas que permitem o uso sustentável dos recursos, reconhecendo os territórios indígenas e tradicionais. O Relatório Planeta Protegido é a primeira avaliação oficial do progresso global em todos os elementos da Meta 3 desde que o Marco foi adotada em 2022. O relatório conclui que: As áreas protegidas e conservadas devem quase dobrar de área em terra e mais do que triplicar no oceano para que a meta de 30% seja atingida até 2030. O maior progresso desde 2020 ocorreu no oceano, mas a maior parte desse progresso ocorreu em águas nacionais. Em áreas fora da jurisdição nacional, a cobertura continua muito baixa, representando menos de 11% da área total coberta por áreas marinhas e costeiras protegidas. Isso ocorre apesar do fato de que o alto mar cobre 61% do oceano. Os dados são insuficientes para medir e compreender totalmente a eficácia das áreas protegidas e conservadas. Menos de 5% das terras do mundo são cobertas por áreas protegidas em que a eficácia do gerenciamento foi avaliada. O número é de 1,3% para o domínio marinho. As áreas protegidas e conservadas nem sempre são estabelecidas nos locais que mais precisam ser conservados. Apenas um quinto das áreas identificadas como as mais importantes para a biodiversidade está totalmente protegido. Mais um terço dessas áreas importantes está totalmente fora das áreas protegidas e conservadas. A biodiversidade não está totalmente representada nas áreas protegidas e conservadas. Embora um quarto das regiões ecológicas já tenha 30% de cobertura, algumas ainda não têm nenhuma, o que significa que as espécies e os ecossistemas são conservados de forma desigual. Apenas 8,5% das terras do mundo estão bem conectadas e protegidas. Há poucas evidências de que as áreas protegidas e conservadas sejam governadas de forma equitativa. Avaliações de governança foram relatadas para apenas 0,2% da cobertura em terra e menos de 0,01% no mar. Menos de 4% da cobertura é governada por povos indígenas e comunidades locais. Além das áreas protegidas e conservadas, os territórios indígenas e tradicionais cobrem pelo menos mais 13,6% das áreas terrestres globais. “É essencial que as áreas protegidas e conservadas atinjam a meta de 30% até 2030, mas é igualmente importante que essas áreas sejam eficazes e que não causem impacto negativo sobre as pessoas que vivem nelas e em seu entorno, que geralmente são seus guardiões mais valiosos. O relatório histórico de hoje mostra que houve algum progresso nos últimos quatro anos, mas não estamos indo longe nem rápido o suficiente”, disse Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “Grandes esforços estão sendo feitos em nível nacional e estamos vendo algum progresso. 51 países e territórios já ultrapassaram 30% de cobertura em terra, e 31 países e territórios no mar. Essas conquistas demonstram que ainda temos tempo para corrigir as deficiências e fazer das áreas protegidas e conservadas o enorme recurso para as pessoas e a natureza que elas deveriam ser”, acrescentou. O Relatório Planeta Protegido 2024 foi preparado por especialistas do PNUMA-WCMC em colaboração com a UICN e sua Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA). Ele utiliza os dados oficiais mais recentes informados pelos governos e outras partes interessadas à Iniciativa Planeta Protegido. Também apresenta contribuições de especialistas de outras instituições e guardiões de indicadores. O relatório apresenta uma importante linha de base entre as metas decenais anteriores acordadas internacionalmente sobre áreas protegidas e 2030. “Este relatório é um lembrete claro de que, faltando apenas seis anos para 2030, a janela está se fechando para conservarmos 30% da Terra de forma equitativa e significativa. A meta “30 por 30” é ambiciosa, mas ainda está ao nosso alcance se a comunidade internacional trabalhar em conjunto, ultrapassando fronteiras, demografias e setores. É fundamental que os povos indígenas recebam apoio

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