Professor Vladmir Silveira

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O mundo precisa agir mais rápido para proteger 30% do planeta até 2030

Cali, 28 de outubro de 2024 – A comunidade internacional fez alguns avanços nas promessas de proteger 30% da Terra até 2030, mas o progresso precisa ser mais ágil, segundo o relatório oficial de progresso do Centro de Monitoramento da Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA-WCMC, inglês UNEP-WCMC) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O Relatório Planeta Protegido 2024 (Protected Planet Report 2024) revela que 17,6% da terra e das águas interiores e 8,4% do oceano e das áreas costeiras em todo o mundo estão dentro de áreas protegidas e conservadas. O aumento da cobertura desde 2020, equivalente a mais de duas vezes o tamanho da Colômbia, deve ser comemorado. Mas é um aumento de menos de 0,5 ponto percentual em ambos os domínios. Isso deixa uma área terrestre aproximadamente do tamanho do Brasil e da Austrália juntos e, no mar, uma área maior do que o Oceano Índico, a ser designada até 2030 para atingir a meta global. Nos próximos seis anos, a rede global precisará ser expandida com urgência em mais 12,4% na terra e 21,6% no oceano. Os governos se comprometeram a garantir que essas áreas sejam eficazes, bem localizadas, conectadas, governadas de forma equitativa e que respeitem os direitos humanos. Embora tenha havido progresso em todos os elementos que podem ser significativamente monitorados, os novos dados sugerem que o mundo está aquém da qualidade e da cobertura das áreas protegidas e conservadas. As áreas protegidas e conservadas são locais vitais tanto para a natureza quanto para as pessoas. Elas desempenham um papel fundamental na interrupção e reversão da perda de biodiversidade. Elas também proporcionam importantes benefícios culturais, espirituais e econômicos, oferecendo serviços de ecossistema que ajudam a proteger o planeta para o futuro da humanidade. Em dezembro de 2022, as Partes da Convenção sobre Biodiversidade (CBD) concordaram em conservar 30% da terra e dos mares da Terra até 2030. Esse compromisso é conhecido como Meta 3 (Target 3) e é um dos 4 objetivos e 23 metas para enfrentar a crise global da natureza no âmbito do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Com essa meta, as Partes da CBD se comprometeram a conservar a natureza por meio de áreas protegidas e conservadas, incluindo aquelas que permitem o uso sustentável dos recursos, reconhecendo os territórios indígenas e tradicionais. O Relatório Planeta Protegido é a primeira avaliação oficial do progresso global em todos os elementos da Meta 3 desde que o Marco foi adotada em 2022. O relatório conclui que: As áreas protegidas e conservadas devem quase dobrar de área em terra e mais do que triplicar no oceano para que a meta de 30% seja atingida até 2030. O maior progresso desde 2020 ocorreu no oceano, mas a maior parte desse progresso ocorreu em águas nacionais. Em áreas fora da jurisdição nacional, a cobertura continua muito baixa, representando menos de 11% da área total coberta por áreas marinhas e costeiras protegidas. Isso ocorre apesar do fato de que o alto mar cobre 61% do oceano. Os dados são insuficientes para medir e compreender totalmente a eficácia das áreas protegidas e conservadas. Menos de 5% das terras do mundo são cobertas por áreas protegidas em que a eficácia do gerenciamento foi avaliada. O número é de 1,3% para o domínio marinho. As áreas protegidas e conservadas nem sempre são estabelecidas nos locais que mais precisam ser conservados. Apenas um quinto das áreas identificadas como as mais importantes para a biodiversidade está totalmente protegido. Mais um terço dessas áreas importantes está totalmente fora das áreas protegidas e conservadas. A biodiversidade não está totalmente representada nas áreas protegidas e conservadas. Embora um quarto das regiões ecológicas já tenha 30% de cobertura, algumas ainda não têm nenhuma, o que significa que as espécies e os ecossistemas são conservados de forma desigual. Apenas 8,5% das terras do mundo estão bem conectadas e protegidas. Há poucas evidências de que as áreas protegidas e conservadas sejam governadas de forma equitativa. Avaliações de governança foram relatadas para apenas 0,2% da cobertura em terra e menos de 0,01% no mar. Menos de 4% da cobertura é governada por povos indígenas e comunidades locais. Além das áreas protegidas e conservadas, os territórios indígenas e tradicionais cobrem pelo menos mais 13,6% das áreas terrestres globais. “É essencial que as áreas protegidas e conservadas atinjam a meta de 30% até 2030, mas é igualmente importante que essas áreas sejam eficazes e que não causem impacto negativo sobre as pessoas que vivem nelas e em seu entorno, que geralmente são seus guardiões mais valiosos. O relatório histórico de hoje mostra que houve algum progresso nos últimos quatro anos, mas não estamos indo longe nem rápido o suficiente”, disse Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “Grandes esforços estão sendo feitos em nível nacional e estamos vendo algum progresso. 51 países e territórios já ultrapassaram 30% de cobertura em terra, e 31 países e territórios no mar. Essas conquistas demonstram que ainda temos tempo para corrigir as deficiências e fazer das áreas protegidas e conservadas o enorme recurso para as pessoas e a natureza que elas deveriam ser”, acrescentou. O Relatório Planeta Protegido 2024 foi preparado por especialistas do PNUMA-WCMC em colaboração com a UICN e sua Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA). Ele utiliza os dados oficiais mais recentes informados pelos governos e outras partes interessadas à Iniciativa Planeta Protegido. Também apresenta contribuições de especialistas de outras instituições e guardiões de indicadores. O relatório apresenta uma importante linha de base entre as metas decenais anteriores acordadas internacionalmente sobre áreas protegidas e 2030. “Este relatório é um lembrete claro de que, faltando apenas seis anos para 2030, a janela está se fechando para conservarmos 30% da Terra de forma equitativa e significativa. A meta “30 por 30” é ambiciosa, mas ainda está ao nosso alcance se a comunidade internacional trabalhar em conjunto, ultrapassando fronteiras, demografias e setores. É fundamental que os povos indígenas recebam apoio

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Como a mudança do clima pode afetar a vida microscópica em lagoas do Pantanal

Nas lagoas de água salgada do Pantanal, conhecidas popularmente como salinas, entre os poucos seres vivos que sobrevivem à alta alcalinidade da água estão os microrganismos, em especial as microscópicas cianobactérias que se multiplicam na superfície formando uma espessa camada verde – a chamada floração. Segundo estudo publicado em julho na revista Acta Limnologica Brasiliensia, o aumento de temperatura em testes de laboratório diminuiu a reprodução das duas principais espécies que vivem na região, Anabaenopsis elenkinii e Limnospira platensis. “Caso o mesmo efeito ocorra na natureza, o aumento de temperatura no contexto das mudanças climáticas poderá inibir a reprodução das cianobactérias e a sua floração”, deduz o biólogo Kleber Santos, do Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi), em Santa Catarina, primeiro autor do estudo. Santos coletou 27 amostras de água de oito salinas da Nhecolândia, região do Pantanal quase do tamanho do estado de Alagoas, com cerca de 26 mil quilômetros quadrados (km2), no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. Nos testes em laboratório, a velocidade de reprodução de A. elenkinii atingiu seu máximo a 25 graus Celsius (oC), caiu pela metade a 30 oC e praticamente parou a 35 oC, enquanto L. platensis quase não se reproduziu mais a partir de 30 oC. As duas espécies formaram estruturas chamadas acinetos ou hormogônios, que resistem a condições adversas – por exemplo, em períodos de seca intensa – e brotam apenas quando elas se tornam mais favoráveis. O resultado surpreendeu Santos. “Há poucos estudos desse tipo feitos com cianobactérias de regiões tropicais e, geralmente, o aumento de temperatura estimula a sua reprodução”, diz ele. O pesquisador sugere que diferenças genéticas da cepa do Pantanal podem influenciar esse comportamento, mas ressalta que mais estudos são necessários para entender suas causas. A microbiologista Simone Cotta, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, considera improvável que o aumento de temperatura diminua as florações. Ela observa que há um consenso entre pesquisadores de que as mudanças climáticas tendem a promover a multiplicação de cianobactérias e ressalta que experimentos de laboratório, feitos em condições controladas, não explicam o que acontece na natureza. “A ocorrência de florações é um fenômeno multifatorial que ainda não é plenamente compreendido”, ressalta Cotta. Entre os efeitos já documentados em uma diversidade de estudos está a presença de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, que quando em excesso estimulam a floração. Terra de lagoas Na Nhecolândia, cujo nome homenageia um fazendeiro conhecido como Nheco, que viveu na região no século XIX, existem cerca de 1.500 salinas – ou lagoas alcalinas – de um total de cerca de 10 mil lagoas, a maioria de água doce. É o local com a maior extensão desses corpos d’água do mundo, com cerca de um a cada 3 hectares (ha), área equivalente a três campos de futebol. Com uma média de 2 metros (m) de profundidade e 1 km de diâmetro, as salinas são abastecidas pelas águas das chuvas e têm contato limitado com o lençol freático, ficam um pouco mais elevadas que as lagoas de água doce e são rodeadas por montes de 3 a 5 m de altura cobertos por vegetação. Por isso, ficam isoladas do fluxo de água doce que alaga a planície. Além disso, seu fundo é formado por uma camada endurecida de solo, que não deixa a água doce se infiltrar. A evaporação da água parada favorece o acúmulo de sais como sódio, potássio, magnésio e cálcio, que aumentam a alcalinidade do ambiente – por não conter o sal de cozinha (cloreto de sódio) a água não tem sabor salgado. Como elas são as últimas lagoas a secar em períodos de estiagem prolongada, são importantes para a sobrevivência dos animais, servindo de fonte de água e sais minerais. Santos observou que A. elenkinii, de floração verde, é a mais comum e a primeira a colonizar esses lagos, onde começa a fixar nitrogênio do ar. Quando o nível de nitrogênio dissolvido na água fica muito alto, ela é substituída por Limnospira platensis, de floração verde-azulada, antes chamada Arthrospira platensis – a espécie foi renomeada por Santos em 2023, em estudo publicado na revista Frontiers in Environmental Science, ao verificar que o organismo tinha mais afinidade com outro gênero. “É fundamental identificar esses seres vivos corretamente para entender sua fisiologia, ecologia e biodiversidade no Pantanal”, ressalta Santos. As cianobactérias conseguem fazer seu próprio alimento por meio da fotossíntese, assim como as plantas, usando o gás carbônico (CO2) do ar, a água e a luz solar. Por serem ricas em proteínas, vitaminas e minerais, são o principal ingrediente de um suplemento alimentar chamado espirulina. O estudo de Santos indica as condições ideais de temperatura, alcalinidade e concentração de nitrogênio na água para a reprodução do microrganismo. “Isso pode contribuir para aumentar a produtividade do suplemento”, afirma. Metano subaquático Em seu estágio de pós-doutorado no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), na Esalq-USP, Cotta participou de um estudo sobre outro aspecto das salinas do Pantanal: a emissão de gases. Usando câmaras que flutuam na água e aprisionam o ar emitido pela lagoa, a equipe coletou amostras de três salinas, com diferentes graus de alcalinidade, e verificou que a lagoa com floração de cianobactérias, a mais alcalina, emitiu uma grande quantidade de metano (CH4), como descrito em artigo publicado na edição de outubro da revista Science of the Total Environment. “Quando morrem, as cianobactérias são decompostas por microrganismos que consomem o oxigênio disponível na água”, conta Cotta. “Os restos da decomposição se depositam nos sedimentos do fundo, onde há maior prevalência de microrganismos que produzem CH4 a partir desse material.” O CH4 é um gás importante para o efeito estufa, pois seu potencial de aquecimento global (GWP) é 28 vezes maior do que o do CO2. “Na estação seca, a quantidade de CH4 emitida nessas lagoas é bem maior do que em outros ambientes aquáticos, onde as florações de cianobactérias são menos frequentes”, compara o engenheiro ambiental Thierry Pellegrinetti, pesquisador em estágio de pós-doutorado no Cena e primeiro autor do artigo. Os resultados indicam que as emissões são cerca de 38 vezes maiores do que as do mar Báltico,

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Doe e ajude o WWF-Brasil a proteger a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal

ALERTA GERAL!  Amazônia, Cerrado e Pantanal, biomas que abrangem mais de 70% do território brasileiro, estão ameaçados pelas queimadas. Se não dominarmos o fogo agora, ele vai dominar tudo.  A destruição da natureza está agravando a crise climática. Com o desmatamento e as consequentes queimadas, eventos climáticos extremos, como secas severas e enchentes, passam a acontecer com maior intensidade e frequência, afetando pessoas, fauna e flora em todo país. Na Amazônia, grande parte das queimadas é criminosa e tem ligação direta com o roubo de terras públicas, a invasão de garimpeiros e a exploração ilegal de madeira, entre outros. Na época de clima seco, o fogo é usado para “limpar” terrenos desmatados que, muitas vezes, estão dentro de áreas protegidas e territórios indígenas. Já no Pantanal e no Cerrado, existe a prática do manejo controlado do fogo, que deve ficar dentro de áreas delimitadas de cultivo. Porém, muitas vezes a falta de fiscalização e de técnicas adequadas, somadas aos períodos de seca, resultam em perda do controle das chamas e desastres ambientais. Além de ser 38% acima da média dos 10 anos anteriores, os 28.697 focos de queimadas registrados na Amazônia entre 1 e 27 de agosto desse ano, representam crescimento de 83% em relação ao mesmo período do ano passado. No total, são 53.620 focos de queimadas em 2024, número 80% maior que o registrado entre 1 de janeiro e 27 de agosto de 2023. Com 127% mais registros que em 2023, o Cerrado teve 15.190 focos de queimadas entre 1 e 27 de agosto desse ano. No acumulado de 2024 são quase 36 mil pontos de fogo. O bioma só teve números maiores de queimadas em 2012, 2010 e 2007. No Pantanal, os 3.845 focos de queimadas registrados nos primeiros 27 dias de agosto de 2024 representam aumento de 3.707% em comparação ao mesmo período de 2023. Já o acumulado desse ano registra 8.601 pontos de queimadas, segundo maior número da série histórica iniciada em 1998, e alta de 2.100% quando comparado ao ano passado. O que é grave, pode ficar pior. Precisamos evitar que as queimadas causem ainda mais: • destruição dos meios de sobrevivência de populações locais, o que agrava problemas socioeconômicos; • crescimento de casos de doenças respiratórias causados pela fumaça; • perda de milhares de vidas da flora e da fauna, incluindo centenas de espécies ameaçadas de extinção; • aumento da emissão de carbono, que intensifica a emergência climática. Faça sua doação para o WWF-Brasil e apoie a formação de brigadas, o resgate de animais e a recuperação de comunidades e ecossistemas atingidos pelo fogo. Ajude defender a vida das pessoas e da natureza. Ajude a proteger a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Doe! Acesse o link para doação: https://doe.wwf.org.br/queimadas?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAab_r2cG1nZgKcROs4ONOPICcuQZVY9dHZk0U5KOjX0aDCaHzXQ-_lBmabM_aem_p__uY6hHRb6RCh0VBQVcVw  Fonte: WWF-BRASIL

Filmes retratam problemas urgentes da Amazônia pelo olhar da população afetada
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Dia Internacional das Reservas da Biosfera

A biodiversidade é o tecido vivo do nosso planeta. Ela sustenta o bem-estar humano no presente e no futuro, e seu rápido declínio ameaça a natureza e as pessoas. As reservas da biosfera oferecem soluções para proteger a natureza. Estas áreas especiais conectam comunidades locais com esforços de conservação, promovendo uma economia verde e um futuro mais sustentável. Em 759 locais em cinco continentes, as reservas da biosfera da @‌unesco preservam nossa biodiversidade e nos ensinam a viver em harmonia com a natureza. Embora já existam soluções sustentáveis ​​como estas, elas precisam ser ampliadas. Domingo foi o Dia Internacional das Reservas da Biosfera. Fonte: Nações Unidas

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“IBGE da vida marinha”: estudo inédito sobre a biodiversidade no mar revela potenciais impactos da mudança do clima

As comunidades de costões rochosos são impactadas pela variação na temperatura do oceano. É o que aponta um artigo publicado no periódico Marine Environmental Research em julho de 2024, resultado de um projeto de pesquisa que demonstra como os efeitos da temperatura do oceano, da força das ondas e do volume de água doce que chega ao mar exercem sobre a biodiversidade marinha. O estudo é uma espécie de “IBGE da vida marinha”, por avaliar a variação na abundância e no tamanho de organismos em costões rochosos ao longo da costa sudeste do país e permitir fazer a previsão dos impactos que as alterações climáticas podem trazer para esses organismos, segundo os autores do artigo – um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), o Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (CEBIMar/USP) e com pesquisadores ligados a instituições de pesquisa da China e do Reino Unido, contando com apoio do CNPq e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Inédito, o projeto foi o primeiro desenvolvido na costa brasileira a avaliar a biodiversidade do entremarés em costões rochosos, em uma escala espacial de mais de 800 km, de Itanhaém, em São Paulo, a Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro. Durante o estudo, os pesquisadores coletaram informações sobre os locais onde estão distribuídas as várias espécies, em quais quantidades se encontram e os respectivos tamanhos. Esta característica é relevante porque determina a influência da espécie na comunidade, seja pela competição por espaço ou por sua ação de predação – carnívora ou herbívora – na relação com outras espécies. A equipe cruzou todas as informações reunidas com dados ambientais de temperatura do mar, grau de exposição às ondas e influência de água doce proveniente de rios, trabalhando em  várias etapas. Na primeira delas, campanhas de campo intensivas coletaram os dados em 62 costões rochosos em um espaço de poucos meses, garantindo que todos as informações estivessem sob influência de um mesmo regime de estação climática. Campanhas de coleta de campo ajudaram a avaliar a predação entre as espécies principais. Em outra etapa, a equipe realizou experimentos em 18 costões rochosos no gradiente latitudinal pesquisado, para testar como fatores das mudanças climáticas podem influenciar a predação entre esses animais. Essa etapa envolveu uma força tarefa, encarregada de instalar e monitorar gaiolas nas rochas na zona costeira. Além do trabalho de campo e análises dos organismos em laboratório, os pesquisadores realizaram etapas de sensoriamento remoto e modelagem, para obter dados de monitoramento de satélite sobre a temperatura do oceano, a descarga de água doce por rios na zona costeira e a força de impacto das ondas. As informações ajudaram a equipe a entender como cada um desses fatores varia, em uma escala de menos de dez quilômetros ao longo da costa. A pesquisa em campo e laboratório durou quatro anos e envolveu uma equipe de vinte pesquisadores e estudantes, resultando em diferentes publicações científicas. Nos últimos dois anos, artigos científicos derivados do projeto começaram demonstrar como a  biodiversidade interage nesse sistema. Por que estudar a influência das mudanças climáticas nos organismos marinhos Os pesquisadores estudaram como as populações de organismos marinhos variam em ambiente natural dentro de um gradiente de temperatura do oceano que varia naturalmente em cerca de 3 graus Celsius entre os locais com águas mais quentes, como é o caso da região da Baixada Santista até Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e as águas mais frias da região dos Lagos, também no Rio de Janeiro. O entendimento de como esse gradiente de temperatura influencia no ambiente natural permite extrapolar os potenciais impactos do aumento da temperatura do oceano – que, no último ano, por exemplo, tem estado de 1 a 2 graus Celsius acima da média no Atlântico Sul. No gradiente de temperatura do oceano na costa sudeste brasileira, os pesquisadores buscaram costões rochosos com diferentes graus de impacto das ondas, desde áreas mais abrigadas, com pouca força das ondas, até as com alta energia de ondas. Tornou-se possível avaliar, assim, como o aumento das ressacas no mar, que geram ondas mais fortes, pode influenciar na biodiversidade. Além da temperatura do oceano, a equipe avaliou o efeito local da força das ondas. Por fim, ao longo de toda a região do estudo, os pesquisadores buscaram costões rochosos próximos e distantes da foz de rios, para avaliar como o aumento das chuvas e a descarga de água doce no oceano podem influenciar a biodiversidade. A pesquisa envolveu a biodiversidade do entremarés de costões rochosos como modelo ideal por diferentes razões. Em primeiro lugar, as espécies do entremarés – área localizada entre as marés baixa e alta – habitam um ambiente altamente estressante, ficando submersas e expostas ao ar várias vezes ao dia, conforme a maré sobe e desce. Dessa forma, são organismos adaptados a fatores de estresse e excelentes modelos de estudo sobre como os impactos da mudança do clima podem afetar suas populações. Em segundo lugar, essas espécies enfrentam grandes variações de temperatura de umidade e de salinidade e têm sido mundialmente afetadas pelas ondas de calor atmosférico, sendo bons indicadores de impactos na zona costeira. A superfície das rochas, por exemplo, pode atingir mais de 50 graus Celsius no verão, ficando tão quente quanto o asfalto das cidades. Para os pesquisadores, um dos desafios do projeto era entender os padrões ecológicos naturais dentro de um gradiente de variação que permite extrapolar previsões para os cenários futuros de mudanças de clima. “Compreender o sistema natural é nossa maior força para buscar as soluções para o futuro. Nós focamos em avaliar diferentes fatores ambientais em conjunto, desde a rugosidade das rochas até a temperatura do oceano”, afirma o bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e professor do Instituto do Mar da Unifesp, Ronaldo Christofoletti, coordenador do projeto e do grupo de pesquisa. Ele observa que a temperatura do oceano, o impacto das ondas e o aporte de água doce são

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CAPES adotará classificação de artigos na avaliação quadrienal

Nova sistemática passará a valer a partir de 2025 e substituirá o Qualis Periódicos, que avalia os veículos de publicação OConselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) da CAPES aprovou uma nova sistemática para uma das dimensões da avaliação quadrienal da pós-graduação stricto sensu: a classificação da produção intelectual. O processo avaliativo passará a focar na classificação dos artigos publicados e não mais no periódico onde o texto foi divulgado. A mudança será aplicada no ciclo 2025 a 2028. Desta forma, as revistas científicas não serão mais classificadas pelo Qualis Periódicos, como vem ocorrendo até o ciclo avaliativo que se encerra este ano. A mudança foi aprovada na reunião do CTC-ES de setembro e os documentos orientadores das novas regras serão publicados de forma detalhada em março de 2025. Foram definidos três procedimentos (veja detalhes abaixo) para a classificação dos artigos. Cada uma das 50 áreas de avaliação da CAPES poderá adotar um dos itens, ou a combinação entre eles. “A mudança redireciona o olhar e a classificação para o artigo, que passa a ser o elemento central”, explica o diretor de Avaliação da CAPES, Antonio Gomes de Souza Filho. Um dos procedimentos da nova metodologia vai permitir, por exemplo, que três artigos publicados em um mesmo periódico possam ter classificações diferentes, pois os indicadores bibliométricos dos artigos são diferentes. Com isso, um texto poderá receber classificação melhor do que o outro. “Ao avaliar o artigo é possível ter uma melhor dimensão do conteúdo produzido, da repercussão do mesmo, o que é mais difícil ao se observar apenas o periódico”, ressalta o diretor. Para ele, essa mudança é um avanço no sistema de avaliação dos cursos de mestrado e doutorado do País. “Aproveitamos o que tem sido bom nessa metodologia do Qualis e, ao mesmo tempo, abrimos espaço para acolher outras informações, métricas e metodologias que a avaliação contemporânea da produção científica demanda”, destaca Antonio Gomes. Três procedimentos para a classificação dos artigos: Primeiro – a classificação se dará pelos indicadores bibliométricos dos veículos de publicação, baseada no desempenho da revista, como é feito atualmente pelo Qualis Periódicos, mas a classificação vai recair sobre artigos. Segundo – os indicadores serão extraídos diretamente do artigo, através, por exemplo, do índice de citações alcançadas para a análise quantitativa e dos critérios de indexação e acesso aberto, dentre outros, para averiguar aspectos qualitativos. Terceiro – a análise qualitativa de artigos é baseada em fatores e metodologias definidos pela área de avaliação que podem abarcar, por exemplo, uma análise de pertinência do tema abordado, avanço conceitual proveniente do trabalho e a contribuição científica do estudo. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). (Brasília – Redação CGCOM/CAPES) A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES Fonte: CAPES – Gov

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Oito maneiras de superar a crise da poluição por resíduos

A humanidade gera entre 2,1 bilhões e 2,3 bilhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano. Quando administrado de forma inadequada, grande parte desse lixo – de alimentos e plásticos a eletrônicos e têxteis – emite gases de efeito estufa ou produtos químicos venenosos. Isso prejudica ecossistemas, inflige doenças e ameaça a prosperidade econômica, prejudicando desproporcionalmente mulheres e jovens. No dia 30 de março, o mundo vai assinalar o Dia Internacional do Resíduo Zero. A data, liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), destaca a importância da gestão adequada dos resíduos. Também se concentra em maneiras de controlar o consumo conspícuo que está alimentando a crise do lixo. “O consumo excessivo está nos matando. A humanidade precisa de uma intervenção”, diz o  secretário-geral da ONU, António Guterres. “Neste Dia do Resíduo Zero, vamos nos comprometer a acabar com o ciclo destrutivo do desperdício, de uma vez por todas.” https://youtu.be/Tb7BLupWO-U Aqui estão oito maneiras de adotar uma abordagem de resíduo zero: 1. Combater o desperdício de alimentos Cerca  de 19% dos alimentos disponíveis para os consumidores são desperdiçados anualmente, apesar de 783 milhões de pessoas passarem fome. Cerca de 8% a 10% das emissões de gases de efeito estufa do planeta vêm da produção de alimentos que acabam sendo desperdiçados. Há muitas maneiras de virar essa maré. Os municípios podem promover a agricultura urbana e usar resíduos alimentares na criação de animais, agricultura, manutenção de espaços verdes e muito mais. Eles também podem financiar esquemas de compostagem de resíduos alimentares, segregar o desperdício de alimentos na fonte e proibir alimentos de lixões. Enquanto isso, os consumidores podem comprar apenas o que precisam, incluindo frutas e vegetais menos atraentes, mas perfeitamente comestíveis, armazenar alimentos com mais sabedoria, usar sobras, compostar restos de comida em vez de jogá-los fora e doar alimentos antes que estraguem, algo facilitado por uma série de aplicativos. A recuperação já está no cardápio em alguns lugares. Em Vallès Occidental, Espanha, os municípios estão redistribuindo o excedente de alimentos saudáveis para os marginalizados. Enquanto isso, na Nigéria, a organização sem fins lucrativos No Hunger Food Bank trabalha com a comunidade indígena Adeta para reduzir as perdas pós-colheita reciclando cascas de mandioca em ração animal. Combater o desperdício de alimentos e promover dietas saudáveis são medidas fundamentais para acabar com a insegurança alimentar, dizem os especialistas. Foto: AFP/Patrick Hertzog 2. Tratar os resíduos têxteis Menos  de 1% do material usado para produzir roupas é reciclado em novos itens, resultando em mais de US$ 100 bilhões em perda anual de valor material. A indústria têxtil também usa o equivalente a 86 milhões de piscinas olímpicas de água todos os anos. Para combater isso, a indústria da moda precisa se tornar mais circular. Marcas e varejistas podem oferecer modelos de negócios e produtos mais circulares que duram mais e podem ser refeitos, os governos podem fornecer infraestrutura para coletar e classificar tecidos usados, comunicadores – incluindo influenciadores e gerentes de marca – podem mudar a narrativa de marketing da moda e os consumidores podem avaliar se suas compras de roupas são necessárias. “O desperdício zero faz sentido em todos os níveis”, diz Michal Mlynár, Diretor Executivo Interino da ONU-Habitat. “Ao reter materiais na economia e melhorar as práticas de gestão de resíduos, trazemos benefícios para nossas economias, nossas sociedades, nosso planeta e para nós mesmos.” 3. Evite o lixo eletrônico Eletrônicos, de computadores a telefones, estão entupindo lixões em todo o mundo, à medida que os fabricantes incentivam continuamente os consumidores a comprar dispositivos novos. Por meio de políticas robustas, os governos podem incentivar os consumidores a manter seus produtos por mais tempo, ao mesmo tempo em que pressionam os fabricantes a oferecer serviços de reparo, uma mudança que traria uma série de benefícios econômicos. Podem também implementar  uma responsabilidade alargada do produtor, uma política que pode garantir que os produtores de bens materiais são responsáveis pela gestão e tratamento dos resíduos. Isso pode manter matérias-primas e bens no ciclo econômico e inspirar a prevenção de resíduos do consumidor, o design ecológico e a otimização da coleta de resíduos. “À medida que o mundo se afoga em resíduos, a humanidade deve agir”, diz Sheila Aggarwal-Khan, diretora da Divisão de Indústria e Economia do PNUMA. “Temos as soluções para resolver a crise de poluição por resíduos. Só precisamos de comprometimento, colaboração e investimento de governos, empresas e indivíduos para implementa”. O monitoramento de dados pode ajudar a identificar tendências na gestão de resíduos e ajudar a criar um design mais inteligente. Foto: PNUMA/Duncan Moore 4. Reduzir o uso de recursos em produtos O uso de matérias-primas mais do que triplicou nos últimos 50 anos, impulsionando a destruição de espaços naturais e alimentando a tripla crise planetária das mudanças climáticas, da perda de natureza e biodiversidade, da poluição e do lixo. Os produtores podem seguir padrões de design ecológico determinados nacionalmente para reduzir o uso de energia e recursos, minimizando produtos químicos perigosos na produção. Essas normas também garantem que os produtos sejam duráveis, reparáveis e recicláveis durante o uso. Isso deve ser parte de um esforço maior para projetar produtos por meio do que é conhecido como a abordagem do ciclo de vida. Isso implica reduzir o uso de recursos e as emissões para o meio ambiente em todas as etapas da vida de um produto, desde a produção até a reciclagem. 5. Acabar com a poluição plástica Os plásticos são comumente usados em eletrônicos, têxteis e produtos de uso único. Cerca  de 85% das garrafas, recipientes e embalagens de plástico descartáveis acabam em aterros sanitários ou são mal geridas. Como o plástico não se biodegrada, ele contribui para grandes impactos na saúde, já que os microplásticos se infiltram em fontes de alimentos e água. Além de eliminar gradualmente os plásticos de uso único e melhorar a gestão de resíduos, o estabelecimento de um sistema global de monitoramento e relatórios pode ajudar a acabar com a poluição por plásticos. 6. Tratar os resíduos perigosos Os produtos químicos são predominantes na vida diária – os eletrônicos podem conter mercúrio, os cosméticos podem ter chumbo e os suprimentos de limpeza geralmente têm poluentes orgânicos

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Como dados de biodiversidade se relacionam com diferentes temas de interesse público?

Como o jornalismo e a ciência podem trabalhar juntos para  aprofundar a compreensão pública sobre o valor da biodiversidade? E, assim, ajudar na promoção de estratégias eficazes de conservação e restauração da natureza? O Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (El Clip) e o Instituto Serrapilheira se uniram para oferecer um workshop e bolsas de criação para jornalistas. O objetivo é a produção de reportagens investigativas baseadas em dados sobre a biodiversidade da Amazônia, bem como sua relação com serviços ambientais (como o controle do clima e o fornecimento de água) com a economia e políticas públicas. Para isso, os jornalistas terão acesso a dados de biodiversidade de uma plataforma recém-criada e trabalharão lado a lado com os cientistas responsáveis, vinculados ao Serrapilheira. Buscamos, assim, fomentar a colaboração jornalística e científica além das fronteiras nacionais e ampliar a cobertura sobre o tema. Os jornalistas selecionados participarão de um workshop presencial no Brasil e receberão apoio financeiro e científico do Serrapilheira para a realização de suas investigações, além de mentoria e apoio editorial e de dados do El Clip. O workshop incluirá treinamento com os cientistas responsáveis pela criação da plataforma de dados, além de metodologias de análise, coleta e limpeza de dados. Ao final do projeto, as histórias serão publicadas pelos veículos selecionados em parceria com El Clip. Perfil dos participantes Esta é uma chamada pública voltada para jornalistas com experiência em investigação, preferencialmente em temas ambientais, ou que já tenham reportado na Amazônia sobre assuntos diversos (sociais, ambientais, econômicos etc.). É desejável, mas não obrigatório, o conhecimento de técnicas de jornalismo de dados. Os candidatos devem ser oriundos da América Latina, preferencialmente dos países amazônicos (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). Os candidatos podem ser vinculados a um veículo de comunicação ou serem freelancers, desde que apresentem uma carta de compromisso de um veículo interessado em publicar as reportagens em parceria com El Clip. O workshop será ministrado em espanhol e português. Os candidatos devem estar confortáveis em participar de um treinamento que vai misturar os dois idiomas. Serão selecionados candidatos que apresentem pré-propostas de investigações jornalisticamente relevantes, nas quais a biodiversidade e sua relação com outros temas de interesse público tenham um papel central. Além disso, devem demonstrar como as investigações serão estruturadas a partir do trabalho com dados e seu potencial de colaboração com cientistas e colegas de outros países. Etapas e condições do programa Etapa 1 – Workshop presencial Serão selecionados até 12 jornalistas para participar de um workshop presencial no Rio de Janeiro, entre 10 e 14 de fevereiro de 2025. O Serrapilheira vai cobrir os custos de transporte para o Rio de Janeiro dentro da América Latina, bem como a hospedagem no local selecionado pela organização. Na programação, estão previstas aulas, debates, estudos de caso e atividades práticas abordando temas como jornalismo colaborativo, construção de bases de dados para investigações jornalísticas, biodiversidade na Amazônia e propostas de novos formatos de narrativas jornalísticas para abordar o tema. Após o workshop, os jornalistas terão até duas semanas para refinar sua proposta de reportagem. Etapa 2 –  Bolsa de criação Os participantes receberão um aporte financeiro mensal em valor equivalente a 600 (seiscentos) dólares, durante 3 meses, além de mentoria e acompanhamento editorial do El Clip no processamento, análise e visualização de dados das histórias. Os jornalistas receberão também o suporte científico dos pesquisadores vinculados ao Serrapilheira. O pagamento dos aportes mensais estará vinculado a entregas periódicas de rascunhos e desenvolvimento da reportagem, nos prazos a serem definidos pelos organizadores. Durante esta etapa, os bolsistas participarão ainda de reuniões online para trocar descobertas, desafios e histórias que possam estar conectadas, continuando o aprendizado colaborativo. Etapa 3 – Publicação  O programa culminará com a publicação simultânea das histórias em diferentes países e meios de comunicação, contando com a coordenação do El Clip na estratégia de distribuição geral nas redes sociais e websites. Processo seletivo No período entre 15 de outubro e 5 de novembro, os candidatos deverão preencher o formulário de inscrição (https//serrapilheira.fluxx.io) com as perguntas abaixo. As propostas serão avaliadas por um comitê de especialistas. Candidatos pré-selecionados serão convidados para uma entrevista. Perguntas do formulário de inscrição (*) preenchimento obrigatório Cadastro Nome* E-mail* Gênero* Raça/Cor* Proposta Conte-nos quem é você em uma minibiografia (até 600 caracteres) Linkedin:  País de origem*  Cidade* Estado* Nome do veículo que publicará o trabalho*  Conte-nos mais sobre o veículo que publicará a história e sua relação com ele (Até 600 caracteres) Escreva um parágrafo de motivação explicando seu interesse neste programa (até 800 caracteres) Escreva sua proposta de projeto de investigação jornalística a ser realizada no âmbito deste projeto (até 2000 caracteres). A proposta deve incluir: a) A pergunta que deseja responder com a investigação; b) Quais são as principais fontes já identificadas; c) Qual seria a história mínima e qual seria a história perfeita que resultaria do trabalho; d) Qual seria o formato pretendido. Inclua um link para seu trabalho mais recente/relevante relacionado ao tema do programa (em português, espanhol ou inglês): Link 1: Descreva brevemente este trabalho e explique por que ele é relevante (até 1000 caracteres): Já obteve financiamento e treinamento para realizar algum projeto similar? * Sim, financiamento e/ou treinamento do Serrapilheira Sim, financiamento e/ou treinamento de outra instituição Não Se marcou sim, conte qual foi o projeto e o financiador (Até 500 caracteres) Qual o seu nível de familiaridade com o uso de planilhas (Excel, Google Sheets, etc.)? Nenhuma experiência Básico: Consigo inserir dados e fazer cálculos simples Intermediário: Consigo usar fórmulas e organizar dados Avançado: Consigo criar gráficos, tabelas dinâmicas e usar funções complexas Você já trabalhou com conjuntos de dados grandes? Se sim, pode descrever uma experiência? (até 300 caracteres) Sim Não Liste aqui as principais bases de dados que pretende usar em sua investigação (até 300 caracteres) Cronograma Abertura do sistema de inscrições 15 de outubro de 2024 Encerramento das inscrições 5 de novembro de 2024 Divulgação dos selecionados 3 de dezembro de 2024 Bootcamp online preparatório para o workshop 3

Concursos

MCTI lança concurso com 7 vagas imediatas para o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou, na terça-feira (22), o edital de concurso público para o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em Cuiabá (MT). No total, são sete vagas imediatas e 28 cargos reservas  com remunerações iniciais que podem chegar a R$ 13 mil. “Esse talvez seja o nosso concurso mais importante, exatamente porque ele é nosso primeiro”, comemora o diretor do instituto, Paulo Teixeira de Sousa Jr. As inscrições serão abertas em 19 de novembro e terminam em 9 de dezembro, no site do Cebraspe, banca examinadora da prova. Para se candidatar aos cargos de pesquisador e tecnologista, é necessário nível superior . Do total de vagas imediatas, são cinco para pesquisadores nas especialidades Fitoquímica; Biologia Molecular; Ecologia de Áreas Úmidas – Vegetação; Hidrologia e Ecologia de Áreas Úmidas – Vertebrados; uma para tecnologista em gestão laboratorial e uma para tecnologista analista de banco de dados. As 28 vagas reservas são distribuídas em 20 para pesquisadores, quatro para gestão laboratorial e quatro para analista de banco de dados. O processo de seleção tem até quatro etapas. Uma prova discursiva de caráter eliminatório e classificatório para todos os cargos; defesa pública de memorial (apenas para o cargo de pesquisador adjunto); apresentação do projeto de pesquisa (apenas para o cargo de pesquisador adjunto); e análise de títulos e currículo para todos os cargos. A prova está prevista para ser aplicada em 2 de fevereiro e deve ter duração de três horas. Para se candidatar, a taxa de inscrição deve ser paga e o valor varia entre R$ 120 (tecnologistas) e R$ 150 (pesquisadores). A isenção da taxa pode ser solicitada por inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea. Para mais informações, acesse o edital. Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Notícias, Sustentabilidade

O que é o Marco Global da Biodiversidade?

Marco Global da Biodiversidade estabelece metas para deter e reverter a perda da natureza até 2050. Em meio a um perigoso declínio da biodiversidade que ameaça a sobrevivência de 1 milhão de espécies, o Marco Global é esperança de um futuro mais sustentável, para as pessoas e para o planeta. Reunidos em Cali, na Colômbia, mais de 190 países estão analisando, pela primeira vez, o progresso na implementação do Marco Global. Para frear a extinção de espécies de plantas e animais: Mais de 190 países estabeleceram em 2022 um pioneiro plano de ação o Marco Global da Biodiversidade. Ele estabeleceu 23 metas que precisam ser cumpridas até 2023 e 2050: Metas a serem alcançadas até 2030, incluem – Garantir conservação de 30% da terra, mar e águas interiores; Restaurar 30% dos ecossistemas degradados pela ação humana; E até 2050, é necessário: Garantir a partilha equitativa de benefícios da biodiversidade; Deter a extinção de espécies induzida pelo homem; Fonte: ONU Brasil

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