Professor Vladmir Silveira

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Oportunidades

Parceria Cisb-Saab: 10ª edição de chamada para pós-doutorado e doutorado-sanduíche na Suécia recebe inscrições até 14/03

O CNPq lançou a 10ª edição da chamada para bolsas de pós-doutorado no exterior e doutorado-sanduíche na Suécia, no âmbito da parceria com o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileira (CISB) e a empresa Aeroplano Sueco Limitada (SAAB AB). As inscrições podem ser realizadas até 14 de março de 2025 O acordo existe desde 2012 e prevê auxílio compartilhado ao intercâmbio internacional de estudantes e pesquisadores brasileiros para o desenvolvimento de projetos em instituições de ensino e pesquisa suecas nas áreas de: aeronáutica, defesa e segurança; energia e meio ambiente; e cidades atrativas e sustentáveis. O investimento previsto neste ano é da ordem de R$ 1,5 milhão em recursos do CNPq, para apoio a até 7 bolsistas de pós-doutorado no exterior (PDE) e até 5 bolsistas de doutorado-sanduíche no exterior (SWE) em instituições suecas. Os contemplados poderão realizar parte de suas pesquisas doutorais ou projetos de pós-doutorado na Suécia nas áreas de redes de comunicação; sistemas autônomos; engenharia aeronáutica; propulsão; materiais; e desempenho humano – e respectivas subáreas. O Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) é uma associação privada sem fins lucrativos que atua como um facilitador para promover o diálogo entre os países oferecendo um ambiente de estímulo à inovação. O Centro busca identificar, favorecer e dar suporte a iniciativas/projetos que envolvam tecnologias avançadas com o potencial de prover soluções para uma vasta gama de setores os quais causam impacto positivo na sociedade como um todo. A cooperação bilateral se intensificou nos últimos anos, especialmente nas áreas de aeronáutica e defesa. O CNPq é membro do Comitê Executivo do “Grupo de Trabalho Brasil-Suécia em Alta Tecnologia Industrial Inovadora” (GT-ATI). Acesse a página da chamada. Fonte: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Notícias, Sustentabilidade

Pando, a árvore de 40 hectares considerada um dos seres vivos mais antigos e pesados do mundo

Para o visitante desavisado, Pando nada mais é do que um belo bosque de uma espécie de álamo chamada álamo-trêmulo. Mas há milhares de anos suas raízes guardam um segredo genético que o torna ainda mais interessante. Localizado em uma área de 43 hectares perto de Fish Lake, em Utah, nos Estados Unidos, Pando é considerado por alguns cientistas como “o maior e mais pesado organismo vivo do mundo”. É que as 47 mil árvores que fazem parte dele estão conectadas por um sistema de raízes — e são geneticamente idênticas. “Todas estas árvores são, na verdade, uma só árvore”, explicou o geógrafo Paul Rogers à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, em 2018. O fenômeno vem atraindo cientistas há décadas. E uma das grandes dúvidas sobre Pando tinha a ver com sua antiguidade. Embora há muito tempo seja considerado um dos seres vivos mais antigos do planeta, os especialistas não tinham certeza da sua idade. Agora, esta dúvida foi sanada depois que uma equipe de biólogos conseguiu datá-lo pela primeira vez. A conclusão deles? A maior árvore do mundo tem pelo menos 16 mil anos. Como eles conseguiram descobrir? O novo podcast investigativo da BBC News Brasil Episódios Fim do A Raposa Para estudar a história evolutiva de Pando, a bióloga Rozenn Pineau, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, e seus colegas coletaram e sequenciaram mais de 500 amostras da árvore, assim como vários tipos de tecido, incluindo folhas, raízes e cascas. O objetivo era extrair dados genéticos, procurando principalmente mutações somáticas, que são alterações no DNA que ocorrem nas células de um organismo após a concepção. “No início, quando Pando germinou de uma semente, todas as suas células continham DNA essencialmente idêntico”, explicou Pineau à revista científica New Scientist. “Mas toda vez que uma nova célula é criada, e a informação genética é replicada, podem ocorrer erros que introduzem mutações no DNA”, acrescentou. De acordo com o estudo, ao observar o marcador genético dessas mutações presentes em diferentes partes da árvore, os pesquisadores conseguiram reconstruir a história evolutiva de Pando e estimar sua idade. Vale lembrar que os bosques de álamo podem se reproduzir de duas maneiras: uma delas é quando as árvores maduras deixam cair sementes que depois germinam; e a outra é quando elas liberam brotos de suas raízes, dos quais nascem novas árvores, chamadas de clones. Pando não é o único bosque de clones, mas é o mais extenso. Como os especialistas o consideram um único organismo, ele tem o peso somado de todas as suas árvores, resultando em um ser vivo com peso estimado em 13 milhões de toneladas. Entre 16 mil e 81 mil anos Os pesquisadores fizeram três estimativas diferentes da idade da árvore, pois não tinham certeza se haviam deixado passar algumas mutações ou se algumas das mutações identificadas eram falsos positivos. Supondo que os cientistas tenham identificado corretamente cada mutação na parte do genoma que sequenciaram, a primeira estimativa é que Pando tenha cerca de 34 mil anos. Se os especialistas incluírem possíveis mutações somáticas não detectadas, a segunda estimativa — e a menos conservadora — sugere que a árvore teria aproximadamente 81 mil anos. E se considerarmos que apenas 6% das mutações observadas pelos biólogos são de fato positivas, então Pando teria 16 mil anos. Considerando todas essas incertezas, Rozenn Pineau e sua equipe calcularam que a idade da árvore provavelmente se encontra entre 16 mil e 81 mil anos. “Embora esses cenários nos forneçam números bastante diferentes, todos eles apontam para uma conclusão notável: Pando é antigo”, afirmou Pineau à revista New Scientist. “Mesmo em sua idade estimada mais jovem (16 mil anos), este clone de álamo está crescendo desde a última era glacial”, acrescentou. Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), Will Ratcliff, outro biólogo envolvido na pesquisa, escreveu que “para colocar a idade de Pando em perspectiva, mesmo pela nossa estimativa mais conservadora, ele estava vivo quando os seres humanos caçavam mamutes”. “Pela nossa estimativa mais antiga, ele germinou antes da nossa espécie deixar a África”, completou. O estudo afirma, por sua vez, que “independentemente do cenário, estas estimativas destacam a notável longevidade de Pando (…), tornando-o um dos organismos vivos mais antigos da Terra”. Fonte: BBC News

Notícias

CAPES prestigia lançamento de editais do MCTI para impulsionar a ciência

O anúncio do pacote de editais com medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Mcti) com diversos parceiros, reuniu representantes da comunidade científica nesta quarta-feira, 16 de outubro. A solenidade aconteceu na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no centro do Rio de Janeiro.  Foram lançados cinco novos editais que somam de R$ 3,1 bilhões voltados ao desenvolvimento científico regional e nacional. Os recursos serão distribuídos via Chamada Universal 2024, aumento do número de Bolsas de Produtividade, o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o Pró-infra Desenvolvimento Regional e o edital da Finep voltado para Parques Tecnológicos.  A presidente da CAPES, Denise Pires de Carvalho, evidenciou a resiliência da ciência brasileira e sua capacidade de atender às demandas da sociedade. Além disso, enfatizou que o momento é o “da cooperação, mais do que da competição” entre cientistas. O modelo coloca pesquisadores colaborando “em redes, em diferentes regiões do País, de diferentes instituições, para responder às perguntas da atualidade que podem aproximar ainda mais a academia da sociedade”, ressaltou.  A ministra Luciana Santos, do Mcti, discursou destacando a importância da unidade e do diálogo contínuo entre governo, ciência e sociedade para enfrentar desafios nacionais e globais. E com isso, promover políticas públicas eficazes que integrem inovação, inclusão social e desenvolvimento econômico, com exemplos de sucesso como a resistência às restrições orçamentárias e o fortalecimento da ciência e tecnologia no Brasil.  A mesa da solenidade foi composta, ainda, pelo secretário-executivo do Mcti, Luis Fernandes, pela a presidente da ABC, Helena Nader, pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, pelo presidente do CNPq, Ricardo Galvão, pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sílvio Bulhões, pelo presidente do Conselho das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Odir Dellagostin, e pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, Celso Pansera.  Para outras informações sobre os editais, acesse a página do Mcti. Para assistir à cerimônia de lançamento, acesse a página do Mcti no YouTube.  A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). (Brasília – Redação CGCOM/CAPES) A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES Fonte: CAPES

Direito Educacional, Notícias

Crise na pós-graduação: evasão de pesquisadores prejudica ciência nacional

Baixo incentivo financeiro, falta de direitos e má absorção no mercado de trabalho provocam abandono dos programas, o que impacta a produção científica e tecnológica do país Por Júlia Giusti* — As condições de estudo e trabalho de pesquisadores da pós-graduação stricto sensu no Brasil, o que inclui mestrado e doutorado, são precárias e estimulam a evasão. É o que apontam especialistas, que avaliam que os principais fatores que levam ao abandono dos programas são valores insuficientes das bolsas de pesquisa, falta de direitos sociais, como aposentadoria, e má absorção desses profissionais no mercado de trabalho após a conclusão dos cursos. Esse cenário de evasão da pós-graduação gera impactos na produção científica do país, que, segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), é realizada por mestrandos e doutorandos em 90% dos casos. O assunto foi debatido na Comissão de Educação do Senado, em março, a pedido da senadora Teresa Leitão (PT-PE), que destaca a necessidade de “investimento financeiro, políticas de aprimoramento da pós-graduação e melhores condições de estudos para execução da pesquisa”. Em 2023, as bolsas de mestrado e doutorado da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram reajustadas. Os valores, que estavam congelados desde 2013, sofreram aumento de 40%. Com isso, bolsas de mestrado passaram de R$ 1.500 para R$ 2.100, enquanto as de doutorado subiram de R$ 2.200 para R$ 3.100. O orçamento da Capes em 2023 foi 50% maior do que em 2022. No primeiro ano do atual governo, a agência investiu R$ 5,4 bilhões na pós-graduação e em programas de formação de professores. No ano anterior, os valores totalizaram R$ 3,6 bilhões. Para o presidente do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (Foprop), Charles Santos, os reajustes foram indispensáveis para a valorização das pesquisas, mas são insuficientes para garantir atratividade de novos talentos. “Uma década sem qualquer reajuste de bolsas era uma condição inaceitável e precisava ser urgentemente resolvida sob o risco de a pós-graduação perder boa parte da atração que ainda tinha junto aos graduandos e graduandas no Brasil. Ainda assim, os novos valores não cobrem todas as perdas inflacionárias entre 2013 e 2023, e uma política de reajuste periódico precisa ser considerada”, afirma. Luís Henrique Belém, de 25 anos, é mestrando em ciências sociais na Universidade de Brasília (UnB) desde 2022, pesquisando política social. Tendo as bolsas como única fonte de renda, ele fala que os reajustes não são suficientes para garantir a subsistência dos pesquisadores: “O aumento não cobre o custo de vida que temos nos estados brasileiros, o que impacta de forma drástica nas nossas condições de vida e de trabalho enquanto pesquisadores”. Alexandra Martins, 28 anos, acabou de defender sua tese de doutorado em ecologia na UnB. Ela ingressou na pós-graduação em 2017 para o mestrado e conta que a questão das bolsas pesou mais durante a pandemia: “A pesquisa não pode parar, mas na pandemia, como ia fazer se eu ou alguém da minha família ficasse doente?”. Nesse período, a Capes prorrogou bolsas em até seis meses, mas Alexandra não teve o pedido atendido a tempo e passou dois meses sem receber. “A minha sorte é que morava com a minha mãe, então isso aliviava um pouco, mas quando a gente fica sem a bolsa, é mais difícil para conseguir defender o projeto”. Segundo Denise de Carvalho, presidente da Capes, o interesse em cursar mestrado e doutorado diminuiu nos últimos anos, o que foi motivado pelo baixo valor das bolsas antes dos reajustes e também pelos cortes em ciência e tecnologia entre 2019 e 2022, que chegaram a uma redução de 87%. Com aumento das bolsas e o fim da pandemia de covid-19, porém, o ingresso na pós-graduação voltou a crescer. “Em vez de continuarem estudando, as pessoas entraram no mercado de trabalho menos qualificadas por falta de esperança de que teriam financiamento para continuar os seus estudos”, explica. “Agora, os pesquisadores ingressam com a perspectiva de que podem continuar se qualificando profissionalmente”. Direitos A ausência de direitos sociais de mestrandos e doutorandos é outro fator que desmotiva pesquisadores, que não possuem garantias trabalhistas, como vínculo com a previdência social. O diretor científico do CNPq, Olival Freire, pontua que existe uma “insegurança jurídica” na pós-graduação, pois a legislação brasileira não permite o recurso de contratação para contagem do tempo de contribuição, durante o desenvolvimento da pesquisa, para aposentadoria. “Na melhor das hipóteses, um pós-graduando passa dois anos no mestrado e quatro no doutorado. Daí, ele entrará no mercado de trabalho aos 30 anos, enquanto muitos trabalhadores já estão contribuindo com a Previdência. Então, nosso atual sistema de bolsas atrasa muito a contagem do tempo para a fins de aposentadoria de um pós-graduando”, diz. Para a Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), a seguridade social de estudantes deve ser garantida. Vinicius Soares, presidente da associação, defende uma “cesta de direitos básicos” para os pós-graduandos. Para ele, “nada mais justo do que o próprio Estado brasileiro reconhecer a produção científica como uma condição laboral”, mas as garantias também devem incluir direitos como assistência estudantil e acesso ao restaurante universitário. Caroline Araújo, de 27 anos, começou agora o doutorado em medicina tropical na UnB. Para ela, não possuir plano de carreira é “desesperador, é como jogar seu trabalho no lixo, em relação a uma futura aposentadoria”. Ela também se preocupa com oportunidades no mercado de trabalho: “Eu não sei se vou conseguir um trabalho, o mercado está superfaturado e muitas empresas preferem pagar por mão de obra barata e não qualificada”. Apesar das dificuldades, ela pretende seguir na carreira acadêmica, pois seu sonho é ser pesquisadora. “Cabe a nós lutar por nossos direitos. O governo deve valorizar o nosso trabalho, porque não recebemos o que merecemos e não temos direitos trabalhistas”, afirma. Evasão Um dos principais motivos para evasão na pós-graduação é para ingresso no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quase 60% dos alunos de graduação de universidades públicas e privadas desistem do curso. Embora não se tenha dados consolidados

Dúvidas Frequentes, Informações pesquisa acadêmica

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: Fixação de pesquisadores no país – Nota do CNPq

Promover condições adequadas para a realização da pesquisa científica é tarefa do Estado brasileiro, a quem cabe estimular continuamente a permanência dos cientistas brasileiros no país. Agente fundamental para o sucesso dessa missão, o CNPq tem aumentado seu investimento nas diversas modalidades de fomento à atividade científica nacional, tendo executado, em 2023, um orçamento de aproximadamente R$ 1,7 bilhão em bolsas a pesquisadores em atividade no Brasil (sendo R$ 1,4 bi de seu orçamento próprio, 40% a mais em relação ao ano anterior), o que permitiu reajustar significativamente todas as suas modalidades de bolsas, congeladas há mais de 10 anos. A esse conjunto de esforços voltados à fixação de pesquisadores no país, o CNPq somará, em breve, o Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil, com valor total de R$ 1 bilhão em 5 anos (em média, R$ 200 milhões por ano) e que terá duas frentes: >> a repatriação de pesquisadores brasileiros que estejam atuando no exterior e desejem regressar ao Brasil, com investimento global de R$ 800 milhões para custeio de bolsas, auxílios e aquisição de equipamentos, vinculados a instituições de educação superior ou empresas nacionais; >> o estabelecimento de parcerias internacionais entre pesquisadores que atuam no Brasil, em instituições de educação superior ou empresas, com cientistas brasileiros atuando em instituições de fora do país, com investimento global de R$ 200 milhões para custeio de auxílios e aquisição de equipamentos. Os valores dessa chamada têm origem no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e sua alocação para essa finalidade – um dos dez temas estratégicos definidos em junho de 2023 – foi aprovada em conselho no qual detêm assento entidades da comunidade científica. Preservados de um possível contingenciamento após negociações protagonizadas pela comunidade científica brasileira, os recursos desse fundo não podem ser aplicados em finalidades outras, cujo custeio compete ao Orçamento da União. Também voltada à fixação de pesquisadores no país, a chamada para Bolsas Pós-Doutorado e Doutorado Sanduíche (32/2023) alcançará R$ 276 milhões, mais que o dobro dos R$ 124 milhões previstos, ampliando também as taxas de atendimento em relação a anos anteriores. Os resultados dessa chamada estão em fase final de processamento e serão divulgados em breve. Fonte: GOV.BR

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