Professor Vladmir Silveira

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Precisamos triplicar investimentos em florestas até 2030 para colher múltiplos benefícios, diz ONU

Nairóbi, 14 de outubro de 2025 – Dois relatórios publicados hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) constatam que as florestas tropicais com maior risco de perda também são as mais vitais para as pessoas. O investimento anual em florestas precisará triplicar até 2030, crescer seis vezes até 2050 e fazer a transição para a proteção de florestas de alto risco. “As florestas não são apenas depósitos de carbono ou habitats da vida selvagem – elas são a infraestrutura de nossos sistemas globais de alimentos, água e economia”, afirma Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. “Deixar de investir na proteção das florestas tropicais prejudica seu verdadeiro valor, especialmente em países que estão navegando em trade-offs extraordinariamente complexos entre desenvolvimento e conservação todos os dias.” “Florestas de alto risco, retornos de alto valor”  O relatório, “Florestas de alto risco, retornos de alto valor: uma avaliação de co-benefícios para tomadores de decisão”, quantifica os benefícios abrangentes da proteção de 391 milhões de hectares de florestas tropicais de alto risco. Conclui que estas florestas, que cobrem aproximadamente o tamanho da União Europeia, proporcionam retornos desproporcionais para a sociedade: Regulação da água: Previnem de 2,3 milhões de toneladas de poluentes nitrogenados e 527 milhões de toneladas de sedimentos dos rios todos os anos, proteção da água potável, proteção de reservatórios e energia hidrelétrica e manutenção dos sistemas de irrigação. Ao reciclar de 10 a 14% das chuvas regionais, essas florestas também ajudam a manter os padrões de chuva e os fluxos dos rios, garantindo um abastecimento confiável de água. Segurança alimentar: sustentam as necessidades nutricionais de 10 milhões de pessoas anualmente, com polinizadores – abelhas, pássaros e espalhadores de sementes. Energia e meios de subsistência: fornece produtos dos quais 25 milhões de pessoas de baixa renda dependem para cozinhar, se aquecer e ter renda suplementar. Resiliência a desastres: atuam como amortecedores naturais contra condições climáticas extremas, essas florestas evitam cerca de US$ 81 bilhões em perdas relacionadas a desastres anualmente. O relatório também enfatiza a necessidade de equilibrar os esforços de conservação com o desenvolvimento equitativo, reconhecendo os impactos socioeconômicos nas comunidades locais, ao mesmo tempo em que insta governos e investidores a direcionar o financiamento para as florestas mais ameaçadas. O estado do financiamento para florestas  Outro novo relatório do PNUMA, “Estado das finanças para florestas 2025: Desbloquear. Liberar. Para concretizar o potencial das florestas, é necessário triplicar o investimento nas florestas até 2030”, identifica pela primeira vez a escala da lacuna financeira que impede o manejo florestal sustentável, apesar dos compromissos assumidos em acordos internacionais como as Convenções do Rio, o Acordo de Paris e o Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal. As principais conclusões do relatório “Estado das finanças para florestas” incluem: Financiamento anual atual (2023): US$ 84 bilhões no total US$ 75 bilhões de fontes públicas domésticas (88%) US$ 3 bilhões de fontes públicas internacionais (3%) US$ 7,5 bilhões de financiamento privado (9%) Financiamento anual necessário de fontes públicas e privadas: US$ 300 bilhões até 2030 US$ 498 bilhões até 2050 O relatório encontra uma lacuna anual de financiamento florestal de US$ 216 bilhões entre os fluxos financeiros atuais e o investimento necessário para atingir as metas florestais globais até 2030. Ele adverte que o capital existente direcionado à conservação, restauração e uso sustentável da floresta não é apenas insuficiente, mas também mal direcionado. Além disso, incentivos perversos superam os investimentos positivos: os subsídios potencialmente prejudiciais ao meio ambiente na agricultura ultrapassam US$ 400 bilhões anuais, contribuindo para a perda de 2,2 milhões de hectares de floresta a cada ano, uma área mais de 30 vezes o tamanho de Nairóbi, cidade-sede da sede do PNUMA. O relatório enfatiza que conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção florestal exigirá redirecionar o capital para longe das atividades relacionadas ao desmatamento e realinhar os incentivos fiscais e políticos com as metas de segurança alimentar e sustentabilidade. Enquanto isso, embora centenas de empresas tenham prometido desmatamento zero até 2030, os investimentos em cadeias de suprimentos sustentáveis permanecem mínimos. O relatório descreve fontes potenciais para preencher a lacuna financeira. Também recomenda priorizar o financiamento para proteção florestal como uma abordagem altamente econômica. Em comparação com a restauração florestal ou outras atividades positivas para a floresta, a proteção florestal requer apenas US$ 32 bilhões do financiamento anual adicional necessário até 2030, enquanto representa 80% da área total necessária. O PNUMA está comprometido em integrar a ação florestal aos planos nacionais, incluindo estratégias de mitigação e adaptação climática, incentivando o manejo florestal pelas comunidades locais e trabalhando com governos, empresas e instituições financeiras para fechar a lacuna de investimento florestal e redirecionar o capital para longe das atividades relacionadas ao desmatamento. Fonte: Unep.org

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O que é transparência climática e por que ela é importante

A transparência climática se concentra em mapear o quão bem os países estão cumprindo suas promessas de combater as mudanças climáticas. O processo ajuda a construir confiança entre as nações, o que os especialistas dizem ser vital para cumprir o Acordo de Paris e acabar com a crise climática. A transparência tem sido reconhecida como um fator que estimula as nações a serem mais ambiciosas em suas metas climáticas, embora o mundo continue no caminho para um aquecimento potencialmente catastrófico. À medida que a crise climática piora, os especialistas dizem que é cada vez mais importante que os países reforcem seus relatórios relacionados ao clima, inclusive incorporando dados mais confiáveis. O PNUMA está ajudando 68 nações a preparar seus relatórios bienais de transparência, que são um mecanismo fundamental sob o Acordo de Paris. Os próximos meses serão críticos na batalha contra as mudanças climáticas. Dezenas de nações vão apresentar seus planos climáticos atualizados antes da próxima rodada de negociações climática em Belém, Brasil. Esses documentos, conhecidos como contribuições nacionalmente determinadas, são exigidos pelo Acordo de Paris. Eles descreverão como os países planejam lidar com as mudanças climáticas e suavizar seus impactos brutais. Se bem-feitos, eles também podem servir como modelos para impulsionar o crescimento econômico, criar empregos, melhorar a saúde humana e promover a segurança energética. Com tanto em jogo, especialistas em clima dizem que é crucial não apenas acertar os planos, mas cumpri-los – e é aí que entra um processo conhecido como transparência. Às vésperas do Fórum Global de Transparência – uma reunião de especialistas em clima de 3 a 5 de setembro na República da Coreia – aqui está uma análise mais detalhada do que é transparência e porque ela é considerada fundamental para acabar com a crise climática. O que é transparência climática?  De um modo geral, transparência significa acompanhar como governos e empresas estão cumprindo suas promessas relacionadas ao clima. Esse tipo de monitoramento e relatório pode ser feito por terceiros ou por governos sob um mecanismo específico do Acordo de Paris, o pacto histórico de 2015 para combater a crise climática. Como funciona a transparência no Acordo de Paris?  A Estrutura de Transparência Aprimorada conecta as promessas climáticas às metas de temperatura, o que a torna a espinha dorsal do acordo. Na prática, a transparência envolve a comunicação e revisão de informações e dados climáticos nacionais, principalmente por meio de relatórios bienais de transparência. Além disso, esses documentos descrevem: as emissões anuais de gases de efeito estufa de um país; como uma nação está planejando reduzir as emissões e se adaptar às mudanças climáticas; quanto progresso um país fez em direção às suas metas climáticas; e que tipo de apoio – incluindo aconselhamento e financiamento – que um país precisa para atingir suas metas. A primeira rodada desses relatórios, que ainda estão sendo enviados, ajudará a orientar as novas promessas climáticas que serão feitas ainda este ano. Como a construção de transparência ajuda os países a cumprir os compromissos climáticos? A transparência revela se as nações estão cumprindo seus compromissos sob o Acordo de Paris, responsabilizando-as no cenário internacional. “A transparência é importante em todas as esferas da vida – desde lidar com entes queridos até implementar acordos internacionais”, diz Hongpeng Lei, chefe da Divisão de Mitigação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “Quando se trata de mudança climática, ser transparente demonstra que as nações estão fazendo o que prometeram fazer – construindo a confiança que é vital para combater esta crise.” A transparência é importante por outros motivos?  Sim. Ela oferece aos países os dados de que precisam para projetar e implementar planos climáticos eficazes. Desbloqueia o financiamento estimando os custos desses planos, rastreando os fluxos de financiamento e mostrando aos doadores e contribuintes que o dinheiro está sendo bem gasto. Identifica o que está funcionando para que outros municípios, regiões e países possam duplicar políticas bem-sucedidas. Junte todos esses elementos e você terá uma ação global unida que pode reduzir realmente as emissões de gases de efeito estufa e ajudar as nações vulneráveis a se adaptarem aos crescentes impactos climáticos. O Acordo de Paris foi assinado há 10 anos. O que os relatórios de transparência revelaram sobre a posição dos países? Eles estão cumprindo suas promessas? Os relatórios de transparência revelaram que a ação climática tem sido misturada. A maioria das nações ainda não está no caminho certo para cumprir plenamente suas promessas: as emissões ainda estão aumentando em muitas regiões e a implementação continua atrasada. Mas a transparência tem sido fundamental para esclarecer essa lacuna. A boa notícia é que – devido em grande parte aos relatórios de transparência – muitos governos fortaleceram suas promessas climáticas desde 2015. Isso fez com que as projeções de aquecimento global caíssem significativamente. Sem cooperação global, a humanidade estaria caminhando para um aumento catastrófico de 5° C nas temperaturas neste século. Mas com o Acordo de Paris e as promessas subsequentes, o mundo agora está se aproximando de 2,6 a 3,1ºC, revelam dados do PNUMA. No entanto, isso ainda está longe da meta de temperatura do Acordo de Paris. Existem exemplos encorajadores de transparência na ação? Sim. Embora não faça parte explicitamente da Estrutura de Transparência Aprimorada do Acordo de Paris, o Observatório Internacional de Emissões de Metano é um ótimo exemplo de como a transparência pode levar a mudanças no terreno. Por meio do observatório, o PNUMA aproveitou dados de satélite para detectar grandes vazamentos de metano, um potente gás de efeito estufa, e alertar governos e empresas. Somente na Argélia e no Iêmen, a descoberta de vazamentos ajudou a reduzir as emissões, o equivalente a tirar quase 1 milhão de carros das ruas. O que o PNUMA está fazendo para aumentar a transparência?  O PNUMA tem uma série de iniciativas que apoiam os países em desenvolvimento no cumprimento de seus compromissos sob o Quadro de Transparência Aprimorada. No ano passado, a organização facilitou a apresentação de 49 relatórios, incluindo 22 relatórios bienais de transparência. Este ano, com financiamento do Fundo

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Grupo na ONU pede a Brasil para interromper retrocesso em política ambiental

O artigo publicado pela Organização das Nações Unidas destaca a importância do fortalecimento do multilateralismo e da cooperação internacional diante dos desafios globais contemporâneos. A matéria reforça que, em um cenário de crescentes tensões geopolíticas, mudanças climáticas, crises humanitárias e desigualdades sociais, o papel da ONU permanece essencial para promover a paz, o desenvolvimento sustentável e a defesa dos direitos humanos. O texto reconhece, contudo, que a instituição enfrenta limitações estruturais e políticas que comprometem sua capacidade de resposta diante de emergências complexas. Questões como a escassez de recursos, a polarização entre Estados-membros e a necessidade de maior representatividade nos processos decisórios são apontadas como barreiras à plena efetividade das ações multilaterais. Diante desse contexto, a ONU faz um chamado à comunidade internacional para renovar o compromisso com o sistema multilateral, defendendo reformas que ampliem a transparência, a legitimidade e a eficiência da organização. O artigo enfatiza que enfrentar os desafios globais exige um esforço coletivo entre governos, organismos internacionais, sociedade civil e setor privado. Por fim, o texto projeta uma visão de futuro pautada na cooperação e na responsabilidade compartilhada. Uma ONU fortalecida e apoiada politicamente pelos seus Estados-membros é apresentada como condição fundamental para que a comunidade internacional avance rumo a um mundo mais justo, pacífico e sustentável.

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Estudo mostra que ilhas brasileiras abrigam espécies únicas do planeta

Um estudo internacional que analisou mais de sete mil espécies de peixes recifais em 87 ilhas e arquipélagos revelou que regiões brasileiras como Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo e Trindade estão entre as mais importantes do planeta para a conservação marinha. A pesquisa destacou que, mesmo com o avanço do turismo e de outras atividades humanas, essas ilhas mantêm um elevado índice de endemismo, abrigando espécies que não existem em nenhum outro lugar do mundo. Apesar disso, esses ecossistemas permanecem altamente vulneráveis à pesca predatória, à poluição, à pressão turística e aos efeitos das mudanças climáticas. O levantamento também alerta para o aumento do nível do mar e a intensificação de eventos climáticos extremos, que colocam em risco tanto a vida marinha quanto a integridade dos territórios insulares. Diante desse cenário, o estudo reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes de conservação, monitoramento ambiental constante e uso sustentável dos recursos naturais. A preservação das ilhas brasileiras é fundamental para a proteção da biodiversidade e para o equilíbrio ambiental global.

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Cerrado perdeu 28% de sua cobertura original em 40 anos, diz estudo

Um levantamento recente revelou que o Cerrado perdeu 40,5 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2024, o que corresponde a uma área equivalente a uma Bahia e meia. Essa redução representa 28% da cobertura original do bioma e evidencia um processo de degradação ambiental acelerado. O estudo aponta que a expansão agropecuária é o principal fator responsável pela perda de vegetação, com destaque para a região conhecida como Matopiba, que abrange partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, e concentrou 39% da perda líquida no período analisado. Atualmente, cerca de 47,9% da área total do Cerrado é ocupada por atividades agropecuárias, enquanto 51,2% ainda permanecem cobertas por vegetação nativa. As formações savânicas foram as mais impactadas, com redução de 26,1 milhões de hectares, o que representa 32% de sua extensão original. Na última década, o bioma perdeu 6,4 milhões de hectares de vegetação, sendo 73% desse total registrados na região do Matopiba. O número de municípios com mais de 80% de cobertura vegetal caiu de 37% para apenas 16%, e 24% das cidades do bioma agora possuem menos de 20% de áreas naturais preservadas. Esses dados reforçam a urgência da adoção de políticas públicas eficazes voltadas à preservação ambiental, ao uso sustentável do solo e à conscientização coletiva sobre a importância do Cerrado para o equilíbrio ecológico e climático do país.

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CNPq divulga finalistas do 17º Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS

Parceria do CNPq com o Ministério da Saúde, prêmio reconhece o mérito de pesquisadores, professores e profissionais cujos trabalhos tenham contribuído de forma relevante para o SUS. CNPq divulga os finalistas do 17º Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS -Edição 2025. Parceria do CNPq com o Ministério da Saúde, o Prêmio reconhece o mérito de pesquisadores, professores e profissionais de todas as áreas do conhecimento, cujos trabalhos tenham contribuído de forma relevante para o SUS (Sistema Único de Saúde), em consonância com a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS). O anúncio dos vencedores será realizado somente durante a cerimônia de premiação, a ser realizada em Brasília, em data e local a serem posteriormente informados pelo Ministério da Saúde. Também no evento, um pesquisador de notório saber na área de saúde será homenageado, levando em consideração a importância de sua contribuição para o SUS. O Prêmio CT&I SUS é atribuído a cinco categorias: Tese de Doutorado; Dissertação de Mestrado; Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS); Trabalho Publicado em Revista Indexada e Produtos e Inovação em Saúde. Os primeiros colocados nas categorias Tese de Doutorado, Dissertação de Mestrado, Trabalho Publicado em Revista Indexada e Produtos e Inovação em Saúde recebem como premiação quantia em dinheiro no valor de R$ 70 mil, troféu e certificado de premiação. Os segundo e terceiro colocados nas mesmas categorias, por sua vez,  recebem troféu e certificado de premiação. Além disso, os orientadores dos três primeiros colocados  nas categorias Tese de Doutorado e Dissertação de Mestrado recebem troféu e certificado de premiação, ao passo que os coorientadores ganham um certificado de premiação. Na categoria Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em Saúde (PPSUS), os vencedores do primeiro, segundo e terceiro lugares recebem troféu e certificado de premiação, além de quantia em dinheiro. O contemplado com o primeiro lugar receberá R$ 70 mil, o agraciado com o segundo lugar será premiado com R$ 50 mil e o ganhador do terceiro lugar receberá R$ 30 mil. Também serão concedidas menções honrosas e troféu às Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) e às Secretarias de Estado de Saúde (SES) vinculadas aos trabalhos finalistas da mesma categoria. “Nesta edição do Prêmio CT&I SUS, será concedida, durante a cerimônia de premiação, homenagem a um(a) pesquisador(a) de notório saber na área da saúde, levando em consideração a importância de sua contribuição para o Sistema Único de Saúde (SUS)”. Conheça os finalistas do 17º Prêmio CT&I SUS: Categoria – Tese de Doutorado Evandro da Rocha Dias – Instituto Oswaldo Cruz (IOC) – Desenvolvimento de protótipos de Elisa e Teste Rápido para a Doença de Chagas Crônica Gisele dos Santos Rocha* –  Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – “Protocolo de Manejo do Acidente Ofídico para Profissionais de Saúde: Estudo de Validação e Avaliação Juliana da Silva Nogueira Carvalho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Avaliação de Custo-Efetividade da Ampliação da Inserção de Dispositivos Intrauterinos por Enfermeiros Capacitados em Pernambuco   Categoria – Dissertação de Mestrado Cristiane Esteves Teixeira – Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Preditor de prognóstico para o câncer de ovário epitelial seroso de alto grau baseado em microRNAS utilizando técnicas de aprendizado de máquina Juliana de Souza Gonçalves Martinovski – Secretaria Municipal de Saúde de Buritis – RO (dissertação pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC) – Da busca ativa ao exame citopatológico para prevenção do câncer do colo do útero: plano de intervenção para uma Estratégia Saúde da Família Mariana Mie Chao – Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) – Planejamento de Ambiente Inteligente e Conectado para Telessaúde como Estratégia para o Envelhecimento Saudável   Categoria – Trabalho Publicado em Revista Indexada Klauss Villalva Serra Junior – Universidade Salvador (UNIFACS) – Impact of strategic public health interventions to reduce tuberculosis incidence in Brazil: a Bayesian structural timeseries scenario analysis Marcella Lemos Brettas Carneiro – Universidade de Brasília (UnB) – A novel N95 respirator with chitosan nanoparticles: mechanical, antiviral, microbiological and cytotoxicity evaluations Thiago Cerqueira Silva – Instituto Gonçalo Moniz  (IGM/FIOCRUZ Bahia) – Risk of death following chikungunya virus disease in the 100 Million Brazilian Cohort, 2015–18: a matched cohort study and self-controlled case series   Categoria – Produtos e Inovação em Saúde Ana Alice Freire de Sousa – Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE) – Implementação da linha de cuidado de Saúde Mental na APS para a organização da Rede José Joaquim Raposo Neto – Universidade Estadual de Santa Cruz  (UESC) – Espectroscopia no Infravermelho   Próximo com Aprendizado de Máquina   Supervisionado como Ferramenta de Triagem para   Neutropenia Marli Matiko Anraku de Campos – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Teste Molecular Rápido Para Tuberculose   Categoria – Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) Isabella Macário Ferro Cavalcanti – Centro Acadêmico Vitória (UFPE) – Desenvolvimento de Novos Produtos   Nanotecnológicos como Estratégia Terapêutica   para Tuberculose, Doença de Chagas e Infecções   Provocadas por Bactérias Resistentes Marisa Silvana Zazzetta – Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) – Ferramenta de Monitoramento de Níveis de   Fragilidade em Idosos Atendidos na Atenção Básica   de Saúde: Avaliação de sua Efetividade e Eficácia Vanessa Ramos Kirsten – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)  – Qualificação da Vigilância Alimentar e Nutricional:   uma proposta de educação permanente em saúde   para melhoria da qualidade da atenção à saúde nos   municípios do Rio Grande do Sul Fonte: Gov.br

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Governo sanciona ECA Digital e anuncia transformação da ANPD em agência reguladora

Medidas fortalecem a proteção de crianças e adolescentes no ambiente online e consolida a Autoridade Nacional de Proteção de Dados como reguladora independente e autônoma no país. MGI apoiou a reestruturação por meio da transformação de cargos vagos, sem aumento de despesa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (17/9), a Lei nº 15.211/2025, publicada em edição extra no Diário Oficial da União, que cria o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (ECA Digital), estabelecendo regras inéditas para proteger crianças e adolescentes no ambiente online. Em evento no Planalto, o presidente Lula anunciou também o envio de Medida Provisória (MP) nº 1.317/25, que transforma a Autoridade Nacional de Proteção de Dados em Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), fortalecendo sua estrutura institucional e regulatória. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apoiou a medida de reestruturação por meio da transformação de cargos vagos, sem aumento de despesa. A MP também é assinada pela ministra Esther Dweck, do MGI, e pelo ministro  Ricardo Lewandowski do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O pacote de medidas reforça o compromisso do Estado brasileiro em garantir mais segurança digital, ampliar a regulação independente e proteger direitos fundamentais no ambiente virtual. A MP que insere expressamente a ANPD no rol de agências reguladoras previsto na Lei nº 13.848/2019 consolida a instituição como reguladora independente, garantindo autonomia funcional, técnica, decisória, administrativa e financeira para o exercício de suas atribuições. Após a assinatura dos atos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que as iniciativas apresentadas resultam de um amplo processo de escuta e construção coletiva.  “Uma das medidas provisórias que estamos enviando ao Congresso transforma a Autoridade Nacional de Proteção de Dados em Agência Nacional de Proteção de Dados com autonomia para proteger crianças e adolescentes na internet. As Medidas Provisórias e o Projeto de Lei que encaminhamos hoje ao Congresso Nacional são um produto de intenso diálogo com a sociedade”, afirmou o presidente. O fortalecimento da capacidade institucional da agência resulta do trabalho do MGI de transformação do Estado brasileiro. A reestruturação conta com a criação de 200 cargos de Especialista em Regulação de Proteção de Dados, que serão responsáveis por atividades de inspeção, controle e análise técnica no setor, e 18 cargos em comissão e funções de confiança, a partir da transformação de 797 cargos efetivos vagos, sem aumento de despesa. Além disso, prevê a criação de mais 26 cargos em comissão e funções de confiança, ampliando o quadro de pessoal. O provimento dos novos cargos será acompanhado de curso de formação específico, de caráter eliminatório e classificatório. Essa estrutura reforçada permitirá que a ANPD atue de forma mais eficiente e robusta frente às crescentes demandas do ambiente digital. O presidente sancionou ainda o Decreto nº 12.622/2025, que consolida a nova agência como autoridade responsável prevista no ECA Digital pela proteção de crianças e adolescentes em ambiente digital e organiza a cooperação entre os diferentes órgãos do setor. O presidente Lula reforçou que as medidas anunciadas não se restringem apenas à regulação, mas também à construção de um ambiente digital mais seguro, inclusivo e inovador. Ele destacou que o Brasil está aberto a investimentos e à cooperação internacional, desde que alinhados aos valores de proteção social, sustentabilidade e respeito à infância. “As portas do futuro estão abertas para empresas nacionais e estrangeiras dispostas a contribuir para o desenvolvimento do nosso país com inclusão social, respeito ao meio ambiente e proteção de nossas crianças e adolescentes. O governo do Brasil está do lado do povo brasileiro na vida real e na vida digital”, afirmou. Sobre a ANPD A Agência Nacional de Proteção de Dados, autarquia de natureza especial agora incluída no rol das agências reguladoras por meio da MP nº 1.317/2025, tem prerrogativas equivalentes às demais autarquias de regulação, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Tem a missão de assegurar que os direitos fundamentais à privacidade e à proteção de dados pessoais sejam plenamente garantidos no Brasil. Dotada de autonomia técnica, administrativa e decisória, a ANPD exerce papel central como órgão regulador e fiscalizador, responsável por estabelecer normas, orientar a sociedade e promover a conscientização sobre boas práticas em segurança da informação. Sua atuação também possui dimensão estratégica no cenário internacional, ao aproximar o Brasil das melhores práticas globais de proteção de dados e privacidade, reforçando a confiança de cidadãos, empresas e organismos multilaterais na forma como o país lida com informações pessoais. De acordo com a Medida Provisória, a ANPD passa a dispor de Procuradoria, Auditoria, unidades administrativas e especializadas, fortalecendo sua estrutura organizacional. Além disso, ficam asseguradas prerrogativas de poder de polícia aos ocupantes da nova carreira, incluindo a possibilidade de promover interdições e requisições de apoio policial, quando necessário. Mais do que regular e fiscalizar, a ANPD tem se consolidado como um espaço de diálogo entre governo, setor privado e sociedade civil. Por meio de consultas públicas, estudos e estímulo à adoção de padrões tecnológicos, contribui para ampliar a transparência, a segurança e o controle dos titulares sobre seus próprios dados, em consonância com o compromisso do Estado de promover um ambiente digital confiável, inclusivo e seguro. Por meio de sua atuação, a ANPD se coloca no centro da transformação digital em curso, sendo responsável por orientar a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em órgãos públicos e privados, garantindo que a inovação e o uso de dados estejam alinhados ao respeito aos direitos fundamentais, e assegurando que nenhum cidadão brasileiro fique desprotegido frente às novas dinâmicas da economia digital. Na prática, a nova configuração garante maior independência e dota a agência de instrumentos adequados para regular, fiscalizar e sancionar de forma efetiva, em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados. Entre as competências reforçadas está a aplicação da legislação recém-sancionada de proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais (PL nº 2.628/2022 – conhecido como “ECA Digital”), recentemente sancionada e um marco importante para a defesa de direitos no espaço online. A norma estabelece de forma clara as competências: a ANPD fica designada como a autoridade administrativa autônoma de proteção dos direitos de crianças e de adolescentes no ambiente digita; a Anatel fica responsável pelo encaminhamento de ordens judiciais de bloqueio no nível dos provedores de conexão, enquanto o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) segue encarregado da gestão dos nomes de domínio sob

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Data centers, inteligência artificial e o desafio da sustentabilidade hídrica

Com o crescimento exponencial do uso da inteligência artificial (IA), os data centers — estruturas responsáveis por armazenar, processar e distribuir dados digitais — tornaram-se peças-chave na arquitetura tecnológica global. No entanto, esse avanço, celebrado por suas inovações, impõe uma preocupação crescente: o uso intensivo de recursos hídricos. Em um cenário de crise climática e escassez de água em várias regiões do planeta, o desafio de tornar sustentável o consumo hídrico dessas estruturas se tornou um imperativo ético, ambiental e jurídico. Estudos recentes revelam que data centers utilizam grandes volumes de água para refrigeração de servidores, especialmente em regiões onde o clima exige controle rigoroso de temperatura. Estima-se que grandes centros de processamento de IA possam consumir milhões de litros de água por dia. Essa realidade entra em colisão direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), notadamente o ODS 6, que visa garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água para todos. Do ponto de vista jurídico, a questão exige uma nova regulação voltada à responsabilidade socioambiental das big techs. A legislação ambiental ainda carece de mecanismos eficazes para mensurar e mitigar os impactos hídricos desses empreendimentos digitais. Não se trata apenas de medir o volume consumido, mas de internalizar o custo ambiental e social da operação digital em larga escala. Além disso, há um desafio geopolítico: data centers localizam-se, muitas vezes, em países do Sul Global, onde as regras ambientais são mais frágeis e os recursos naturais mais vulneráveis. Isso levanta uma importante discussão sobre justiça ambiental e transferência de responsabilidades, pois os dados beneficiam conglomerados do Norte Global, enquanto os impactos ambientais recaem sobre populações já pressionadas por desigualdades. Soluções existem, mas demandam vontade política, inovação regulatória e pressão social. Tecnologias de refrigeração a seco, reaproveitamento de água, realocação para áreas com maior disponibilidade hídrica e transparência sobre o consumo são apenas algumas alternativas. O Brasil, por exemplo, como país megadiverso e com vastos aquíferos, precisa estar atento para não transformar seu patrimônio hídrico em insumo barato para operações que não retornam benefícios sociais proporcionais. O futuro da inteligência artificial será tão promissor quanto forem os parâmetros éticos e sustentáveis que orientarem seu uso. A água, fonte de vida, não pode ser o custo oculto da revolução digital.  Fonte: Isto é Negócios.

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Órgão da ONU afirma que mudança climática é crise urgente e agravada por atividades humanas com efeitos globais; parecer consultivo sublinha que solução total para o problema requer contribuição de todos os campos do conhecimento; em nota separada, secretário-geral da ONU elogiou opinião jurídica.

A Corte Internacional de Justiça, CIJ, proferiu seu primeiro parecer consultivo sobre as mudanças climáticas. No momento considerado “histórico” no direito internacional, a instituição considerou as alterações do clima “uma ameaça urgente e existencial”. Pelo parecer apresentado, nesta quarta-feira, em Haia, nos Países Baixos, Holanda, “os Estados têm a obrigação legal de proteger o sistema climático das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa”. Mudar hábitos O juiz Yuji Iwasawa disse que, acima de tudo, uma solução duradoura e satisfatória requer vontade e sabedoria humanas nos níveis individual, social e político para mudar hábitos humanos, confortos e o modo de vida atual, a fim de garantir um futuro para gerações atuais e futuras. Em nota separada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a decisão que descreveu como “uma vitória para o nosso planeta, para justiça climática e para o poder de jovens de fazer a diferença.” Ele lembrou que o parecer deixa claro que todos os países são obrigados pelo direito internacoinal a proteger o sistema climático global. O documento da CIJ enfatiza o caráter vinculativo das Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDCs. O parecer aborda ainda as consequências jurídicas de danos, falta de ação ou omissão em tomar as medidas adequadas para proteger o sistema climático que “podem constituir um ato internacionalmente ilícito, potencialmente levando a consequências jurídicas para os Estados”. Outras questões abordadas incluem a crise do clima e o papel do direito ambiental internacional e dos direitos humanos e ainda o procedimento a seguir diante da necessidade de responsabilização e reparações. Alterações do clima O juiz destacou que as emissões de gases de efeito estufa são inequivocamente causadas por “atividades humanas” e têm efeitos transfronteiriços. No discurso, o magistrado Iwasawa afirmou que efeitos das mudanças climáticas são graves e de longo alcance por afetar tanto os ecossistemas naturais quanto as populações. Essas consequências ressaltam “a ameaça urgente e existencial representada pelas mudanças climáticas”. Para ele, o direito humano a um ambiente limpo, saudável e sustentável é, portanto, inerente ao gozo de outros direitos humanos. O pronunciamento seguiu-se a semanas de análise de dezenas de milhares de páginas de alegações escritas e orais no maior caso da história do CIJ. No processo, os juízes do tribunal reuniram diferentes vertentes de direito ambiental. Questões colocadas à Corte O parecer foi solicitado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 29 de março de 2023, com base em duas questões colocadas à Corte na resolução do maior órgão deliberativo da organização. A primeira pergunta abordava as obrigações dos Estados, de acordo com o direito internacional, para garantir a proteção do sistema climático e de outras partes do meio ambiente contra as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa, tanto para as gerações presentes quanto futuras. Já a segunda questão referia-se às consequências jurídicas para os Estados, de acordo com essas obrigações no caso de danos significativos causados ao sistema climático e a outras partes do meio ambiente. Esses prejuízos seriam a Estados, em especial os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, ou ainda povos e indivíduos. Peso jurídico e moral O Artigo 96 da Carta das Nações Unidas prevê que a Assembleia Geral ou o Conselho de Segurança solicitem à CIJ um parecer consultivo sobre qualquer questão jurídica. Estes posicionamentos não são juridicamente vinculativos. O CIJ diz que a autoridade do direito internacional foi invocada pela Assembleia Geral no pedido do parecer, mas reconhece que o papel do instrumento jurídico é importante, mas limitado na resolução do problema da crise climática. Para o tribunal, uma solução completa requer “a contribuição de todos os campos do conhecimento humano, seja o direito, a ciência, a economia ou qualquer outro.” Fonte: ONU NEWS.

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COP30: Brasil quer liderar discussões sobre transição energética

Encontro em São Paulo debate soluções e inovações para energia limpa, em sintonia com relatório da ONU que aponta vantagens econômicas das fontes renováveis. Autoridades e empresários reuniram-se em São Paulo para debater soluções e inovações no mercado de carbono, alinhando-se ao posicionamento das Nações Unidas sobre a urgência da transição energética global. O encontro ganha especial relevância diante dos patamares alarmantes de temperaturas e mudanças climáticas registrados mundialmente. Um novo estudo divulgado pela ONU apresenta dados contundentes sobre a viabilidade econômica das energias renováveis. Segundo o relatório da Irena, a Agência Internacional para as Energias Sustentáveis, a expansão dessas fontes proporcionou uma economia global de 467 bilhões de dólares em combustíveis fósseis apenas em 2024. Mais de 90% dos projetos instalados no período geraram energia a um custo inferior ao da fonte fóssil mais econômica. Brasil em destaque O país se destaca no cenário internacional com custos mais baixos que a média global na produção de energia solar e eólica. Este resultado é atribuído a uma combinação de fatores: leilões competitivos, abundância de recursos naturais e desenvolvimento da infraestrutura necessária. A proximidade da COP30, conferência do clima da ONU que acontecerá em Belém do Pará em novembro, tem intensificado as discussões sobre produção eficiente e sustentável no Brasil. O evento tem catalisado debates permanentes entre especialistas do setor privado e público sobre transição energética e redução das emissões de carbono. O cenário atual tem se mostrado propício para inovações no setor, com destaque para novas tecnologias de captura de carbono e desenvolvimento de combustíveis verdes. A realização da COP30 no Brasil representa uma oportunidade para o país demonstrar seu potencial não apenas na exportação de commodities, mas também na disseminação de tecnologias e métodos de produção sustentável. Fonte: CNN Brasil.

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