A Justiça Climática propõe uma abordagem que une as dimensões ambiental e social das mudanças climáticas, reconhecendo que seus impactos não afetam todas as populações da mesma forma. Comunidades em situação de vulnerabilidade, com menos acesso a recursos e infraestrutura, são as que mais sofrem com eventos climáticos extremos, mesmo tendo contribuído menos para a crise ambiental.
Essa perspectiva defende que as políticas de mitigação e adaptação devem considerar a equidade e a responsabilidade histórica dos países e grupos sociais, promovendo uma transição justa para modelos sustentáveis de produção e consumo. Envolve, portanto, a redistribuição de recursos, o fortalecimento da participação social e a promoção de direitos humanos como pilares da ação climática.
A consolidação da Justiça Climática depende da aplicação de princípios fundamentais do Direito Ambiental, como a prevenção, a precaução, o poluidor-pagador, o desenvolvimento sustentável e a participação pública. Esses princípios asseguram que o enfrentamento da crise climática ocorra de forma ética, democrática e comprometida com a proteção das gerações presentes e futuras.
Ao integrar justiça social e proteção ambiental, a Justiça Climática reforça a necessidade de decisões políticas e econômicas que priorizem a redução das desigualdades e a construção de um futuro sustentável e equilibrado para todos