CAPES define regras para alterações em programas de pós-graduação
Medida, publicada no Diário Oficial da União, regulamenta e consolida em uma única legislação as normas para os pedidos de mudança.
Medida, publicada no Diário Oficial da União, regulamenta e consolida em uma única legislação as normas para os pedidos de mudança.
Pedidos de alterações, que valem para cursos de mestrado e doutorado, podem ser feitos até 20 de janeiro de 2023.
Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – No território Munduruku, próximo à cidade de Jacareacanga (PA), há uma demanda fora do comum por cadeiras de rodas infantis. Uma investigação médica concluiu que isso se dá pelas altas taxas de mercúrio no sangue dos moradores da região, que levam a problemas neurológicos irreversíveis em adultos, idosos e também nas crianças. O mercúrio lançado ilegalmente no rio Tapajós para o garimpo de ouro vem contaminando os rios, os peixes e também o povo Munduruku. O conjunto de sintomas neurológicos apresentados pelos indígenas tem o nome de doença de Minamata, uma cidade de pescadores no Japão que, em 1950, teve sua baía contaminada por uma fábrica de plástico que lançava mercúrio nas águas. Os japoneses levaram 35 anos até conseguir fechar a fábrica, receber indenizações e pensões. As duas histórias são contadas no filme Amazônia, a nova Minamata?, que deve estrear agora em outubro, é dirigido por Jorge Bodanzky e conta com a participação do médico Erik Jennings e da liderança indígena e ativista ambiental Alessandra Munduruku. Em um determinado momento do documentário, Alessandra, em manifestação no Congresso Nacional, diz: “As pessoas têm que saber o que está acontecendo e é por isso que a gente não para de lutar. Vocês estão matando os nossos filhos”. “Todos nós já sabemos da questão da contaminação do mercúrio na bacia amazônica, mas eu não fazia a menor ideia da dimensão e do desastre irreversível que é. O mercúrio ataca o sistema neurológico, também passa pela placenta e os bebês já nascem com alto índice de contaminação. O mercúrio a gente não vê, não cheira. Ele também demora a aparecer. Às vezes a pessoa mora há 30 anos no local, está contaminada, mas isso não é visível”, disse Bodanzky, durante o primeiro seminário da série “Amazônia em imagem e movimento: as histórias do extrativismo da Amazônia registradas pelas lentes do documentário nacional”, promovido pela FAPESP em 15 de setembro. A série, dividida em três sessões, visa debater como o extrativismo intensivo da Amazônia e as grandes obras de infraestrutura que o acompanham vêm sendo registrados e difundidos nacional e internacionalmente por um conjunto cada vez mais robusto de filmes. A proposta de debate partiu de pesquisadores que integram o projeto “Depois das Hidrelétricas: Processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio na Amazônia Brasileira”, apoiado pela FAPESP no âmbito do programa São Paulo Excellence Chair (SPEC). “Estamos produzindo conhecimento sobre os impactos sociais e ambientais após o processo de construção das hidrelétricas, contudo essas obras fazem parte de um processo histórico, muito mais amplo. A produção de documentários tem tido um papel central nessa documentação. E permite vivenciar atividades extrativistas históricas desde a época da borracha até hoje no garimpo, levando os processos ocorridos na Amazônia ao conhecimento de públicos mais amplos e inclusive contribuindo na agenda de pesquisa acadêmica sobre a região”, disse Emilio Moran, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do projeto SPEC-FAPESP. Para os especialistas, a colaboração entre documentaristas e a população atingida pelas grandes obras na Amazônia é fundamental. Para eles, também é necessário que se instale estrutura e incentive a formação de recursos humanos em cinema e comunicação na região para que temas da vida social de indígenas, ribeirinhos e da região amazônica em geral possam ser vistos de outro modo, a partir do olhar de quem vivencia os problemas. “A Amazônia interessa para o mundo inteiro e, de algum modo, preenche um espaço no imaginário mundial. Isso faz com que ela sofra historicamente de um certo extrativismo de imagens. Há uma Amazônia imaginada presente no cinema de ficção. Mas existe uma dimensão política no documentário e é essencial que esse olhar parta também das pessoas que vivem na região”, disse Gustavo Soranz, professor visitante da Universidade Federal do Pará (UFPA) e autor do livro Território imaginado – Imagens da Amazônia no cinema (Edições Muiraquitã, 2012). Descolonizar o olhar Historicamente, o desenvolvimento da Amazônia foi pensado pelo ponto de vista do crescimento econômico, não da região, mas do país. Esse modelo hegemônico é retratado em vários documentários. No entanto, de acordo com especialistas, ao analisar os documentários ao longo dos anos, é possível perceber uma mudança na maneira de retratar indígenas, ribeirinhos e caboclos. De acordo com Edna Castro, professora emérita da UFPA e codiretora do filme Marias da Castanha, inicialmente as imagens sobre a Amazônia passavam a percepção do homem subordinado. “A subordinação é vista como algo fatal, que não se move, algo consagrado como parte da vida social na região. Hoje, no entanto, temos uma produção de imagem que mostra o contrário: é o levante, a insurgência que atravessa o passado colonial”, disse. Castro ressalta que as dimensões do pensamento do progresso e prosperidade do Eldorado fortalecem o processo atual de produção de commodities. “É a força da imagem hegemônica da prosperidade, do agro, do minério, da madeira”, completou. “Muitos documentários mostram essa invasão da privacidade da Amazônia e muitos deles retomam o mito do desenvolvimento e do progresso. Inicialmente eram as ações civilizadoras que invadiram a região e que viam a Amazônia como ignorante, bestializada, seja das políticas públicas, sobretudo dos governos militares, seja dentro do âmbito das pesquisas, empresas e de certas agências no caso da Sudam [Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia]. Mas o audiovisual pode ajudar a descolonizar o olhar”, afirmou. Evolução do olhar em três filmes Soranz concorda com Castro. Durante o webinário, ele comparou três filmes, realizados em períodos históricos diferentes, para mostrar como se deu a evolução no olhar em documentários sobre o extrativismo na Amazônia e como a presença de sujeitos sociais que vivem na região foram ganhando cada vez mais protagonismo. Primeiro, ele analisou No Paiz das Amazonas, documentário mudo brasileiro de 1922, dirigido por Silvino Santos. O filme rodado já no declínio do ciclo da borracha tem o objetivo de mostrar modelos econômicos para a região, sendo uma espécie de propaganda da exploração de produtos como o fumo, castanha, peixes e outros. “Marco
A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), através de seu Mestrado Profissional, o Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGD/UFRN) e o Mestrado em Estudos Fronteiriços da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (CPAN/UFMS), em conjunto, no âmbito do I CONGRESSO INTERNACIONAL JURISDIÇÃO EM FRONTEIRAS, que será realizado nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2022, no Centro de Convenções do Pantanal, Corumbá, Mato Grosso do Sul, na modalidade presencial com transmissão pelo Youtube, CONVIDAM a comunidade acadêmica brasileira e internacional a apresentar artigos científicos nas seguintes temáticas: I – Poder Judiciário e Fronteiras II – Direito Internacional e Jurisdição Fronteiriça III – Direito e Estudos Fronteiriços As submissões devem ser realizadas em: https://lnkd.in/d7kQNn7z Passos principais: Cadastre-se na Revista GeoPantanal, acesse Submissões, na Seção escolha Dossiê: Jurisdição em fronteiras e siga os demais procedimentos. Prazo de envio: até 30 de outubro de 2022. Os pareceres serão emitidos até 20 de novembro de 2022. O aceite dos trabalhos será emitido até 05 de dezembro de 2022. A publicação da revista ocorrerá até 15 de dezembro. Editores convidados: – Carlos Henrique Borlido Haddad (ENFAM) – Luiza Vieira Sá de Figueiredo (ENFAM) – Marco Bruno Miranda Clementino (UFRN) – Samuel Meira Brasil (ENFAM) – Thiago Oliveira Moreira (UFRN)
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO DO TRABALHO, DIREITO SINDICAL E DIREITOS SOCIAIS Desafios da democracia, do trabalho e dos direitos sociais no mundo em transição Universidade do Estado do Amazonas – Faculdade de Direito Manaus, 29 de novembro a 02 de dezembro de 2022 03. Edital posteres UEA-UFMG
Venha fazer parte do importantíssimo XIX Congresso Internacional de Direitos Humanos, que será realizado este ano de maneira híbrida pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), entre os dias 08 e 11 de novembro de 2022, com a parceria do Instituto de Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul – José do Nascimento (IDHMS-JN), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o apoio de várias Instituições públicas e privadas alinhadas com os direitos humanos. O evento contará com palestras de renomados pesquisadores, apresentações de resumos e artigos científicos nos 12 Grupos de Trabalhos que abarcam os temas propostos. Não perca essa oportunidade de prestigiar o evento e agregar conhecimento para seu currículo. Para saber mais e se inscrever, acesse o link: https://www.idhmsjn.org/ e não fique de fora deste grande evento anual
Desafios da democracia, do trabalho e dos direitos sociais no mundo em transição Universidade do Estado do Amazonas – Faculdade de Direito Manaus, 29 de novembro a 02 de dezembro de 2022 01. Edital resumos UEA-UFMG
Novo artigo publicado na Revista Argumentum, em parceria com Rafaela de Deus Lima. “Competência Municipal na Tutela da Dignidade dos Animais: O caso da Proibição do Foi Gras no Município de São Paulo”. Link para acessar o artigo completo: http://ojs.unimar.br/…/revistaar…/article/view/1691/1013
André Biernath – @andre_biernath Da BBC News Brasil em Londres A empresa de consultoria Shangai Ranking, da China, divulgou na segunda-feira (15/8) a lista das mil melhores universidades do mundo em 2022. A seleção traz 21 instituições de ensino e pesquisa brasileiras, mas nenhuma delas figura entre as 100 primeiras. De acordo com o levantamento, as melhores universidades brasileiras são todas pública Vale destacar que o trabalho da Shangai Ranking define a posição exata das primeiras 100 universidades que compõem a lista. A partir daí, as instituições são agrupadas por dezenas ou centenas, sem determinar a ordem entre elas — é por isso que as instituições brasileiras estão posicionadas entre 100 a 150 ou 701 a 800, como você confere na tabela a seguir. As melhores universidades do Brasil, segundo consultoria internacional Levantamento anual feito pela consultoria Shanghai Ranking coloca 21 instituições brasileiras entre as primeiras mil – nenhuma delas, porém, está no top 100. O grupo das quinze melhores universidades do mundo é composto exclusivamente por centros de ensino e pesquisa localizados nos Estados Unidos e no Reino Unido: As melhores universidades do Mundo Dos 15 centros de ensino e pesquisa que aparecem no ranking, 13 são dos Estados Unidos e dois ficam no Reino Unido. Na Europa continental, os centros com a melhor colocação são a Universidade Paris-Saclay (16ª posição), na França, e a ETH Zurich (20ª), na Suíça. Já na Ásia, as melhores instituições, de acordo com o ranking, são a Universidade de Tóquio (24ª), no Japão, e a Universidade Tsinghua (26ª), na China. Na Oceania, o destaque vai para a Universidade de Melbourne (32ª), na Austrália. Na África, a Universidade da Cidade do Cabo, localizada na África do Sul, aparece entre as posições 201 e 300. O levantamento feito todos os anos pela Shanghai Ranking acontece desde 2003 e leva em conta critérios como o número de alunos e professores que ganharam prêmios Nobel e medalhas Field, pesquisadores com trabalhos recentes de referência na área de atuação deles e pesquisas publicadas por representantes das instituições em periódicos de alto impacto, como Nature e Science. Referência em algumas disciplinas e na região O ranking recém-publicado também analisa a performance das instituições em diversas áreas do conhecimento. Elas são divididas em cinco categorias principais: Ciências Naturais (Matemática, Física, Química…), Engenharia (Mecânica, Telecomunicações, Recursos Hídricos…), Ciências da Vida (Agricultura, Veterinária, Biologia…), Ciências Médicas (Medicina, Saúde Pública, Odontologia…) e Ciências Sociais (Economia, Direito, Administração…). Das 54 áreas analisadas, o Brasil tem universidades que integram o top 50 mundial em seis delas: Na América Latina, o Brasil é o país com o maior número de instituições de ensino e pesquisa no ranking. Na sequência, aparecem Chile (com 4 representantes), México (4), Argentina (2), Colômbia (2). Outras nações da região não tiveram representantes entre as primeiras mil universidades. Já entre os integrantes do Brics, bloco econômico que reúne países emergentes, o Brasil fica bem atrás da China, que possui 186 instituições no ranking das mil primeiras, mas supera Índia (14), Rússia (10) e África do Sul (9). Você pode conferir o ranking completo neste link. – Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62548262
EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO PARA AÇÕES AFIRMATIVAS DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE ESTUDO E PERMANÊNCIA PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO PÚBLICAS E PRIVADAS 2022 CLIQUE AQUI