Professor Vladmir Silveira

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ONU abre inscrições para programa de bolsas de estudo sobre Oceano e Direito do Mar

As Nações Unidas e a Fundação Nippon, do Japão, lançaram convocatória para a edição de 2026 do Programa de Bolsas de Estudos sobre Oceano e Direito do Mar.  O programa de estudos inclui treinamento de três meses na sede da ONU em Nova Iorque.  O programa é aberto a funcionários públicos e profissionais de países em desenvolvimento que atuam diretamente com questões relacionadas ao direito do mar e preservação do oceano e dos ecossistemas costeiros e marinhos.  O prazo para envio de candidaturas se encerra em 14 de setembro de 2025.  A Divisão de Assuntos Oceânicos e Direito do Mar da ONU (UNDOALOS) está recebendo candidaturas para a edição de 2026 do Programa de Bolsas de Estudos das Nações Unidas e da Fundação Nippon sobre Oceanos e Direito do Mar. Objetivo: O objetivo do programa é oferecer a funcionários públicos de nível intermediário e profissionais de nível intermediário de países em desenvolvimento, que atuem diretamente com questões relacionadas aos oceanos e/ou ao direito do mar, uma formação avançada financiada nessas áreas ou em disciplinas relacionadas, como ciências marinhas, em apoio à formulação de políticas públicas e estruturas de gestão. O programa busca capacitar os participantes com habilidades para: Apoiar seus países na implementação do marco jurídico da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) e instrumentos relacionados; Formular políticas abrangentes de gestão oceânica; Atuar em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente com o ODS 14: Vida na Água.  Estrutura: A bolsa tem duração de nove meses, divididos em duas fases: Fase 1: Treinamento de três meses na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque (aproximadamente de meados de março a junho de 2026), com a equipe da OLA/DOALOS. Fase 2: Estadia de pesquisa de seis meses em uma instituição acadêmica anfitriã, escolhida com base na especialização da área de pesquisa do bolsista (de julho a dezembro de 2026). Critérios de elegibilidade: Para se candidatar, é necessário: Ter entre 25 e 45 anos; Possuir pelo menos um diploma universitário (graduação ou equivalente); Demonstrar capacidade para realizar pesquisas e estudos acadêmicos avançados; Ser nacional de um país em desenvolvimento. Ser funcionário público ou profissional de nível intermediário que trabalhe diretamente com assuntos relacionados a: Implementação da UNCLOS e de instrumentos correlatos; Implementação da Agenda 2030, especialmente o ODS 14; Estabelecimento de zonas marítimas e delimitação de fronteiras marítimas; Desenvolvimento sustentável dos oceanos e mares; Políticas oceânicas nacionais e/ou regionais; Gestão da zona costeira; Conservação e gestão de recursos marinhos vivos; Transporte e navegação marítima; Segurança marítima; Proteção e preservação do meio ambiente marinho; Ciências marinhas. Processo de inscrição: Os(as) candidatos(as) devem preencher o pacote de inscrição disponível no site do programa, utilizando o botão “APPLY NOW”: https://www.un.org/oceancapacity/content/apply-now Etapas: Preencher os formulários de inscrição exigidos; Enviar os formulários preenchidos, junto com uma cópia do passaporte, para o e-mail: doalos@un.org; Preencher o seguinte formulário online complementar: https://forms.office.com/e/wj5pijFijj Prazo final para envio completo da candidatura: 14 de setembro de 2025 Somente candidaturas completas enviadas dentro do prazo serão consideradas. Os resultados serão divulgados em dezembro de 2025 na página da Divisão de Assuntos Oceânicos e Divisão do Mar da ONU. Apenas os(as) selecionados(as) e suplentes receberão confirmação oficial por e-mail. Compromisso com diversidade: O programa busca atingir um equilíbrio de gênero (50/50) e diversidade geográfica entre os participantes. Candidaturas de mulheres são fortemente incentivadas. Acomodações razoáveis podem ser oferecidas, mediante solicitação, para apoiar a participação de candidatos(as) com deficiência. Fonte: ONU

Chamada de artigos para Composição de Livro Nacional “Mulheres no Direito Político e Econômico PPGDPE -Mackenzie”
Oportunidades

Chamada de artigos para Composição de Livro Nacional “Mulheres no Direito Político e Econômico PPGDPE -Mackenzie”

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie convida pesquisadoras, docentes, profissionais e discentes a submeterem artigos para compor a obra coletiva “Mulheres no Direito Político e Econômico PPGDPE-Mackenzie” (título provisório), a ser publicada em formato de livro, pela editora Lumen Juris, em dois volumes. O objetivo da obra é reunir e divulgar a produção acadêmica de egressas, discentes e docentes do Programa de Pós-Graduação em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A iniciativa busca fomentar o protagonismo feminino na pesquisa acadêmica, proporcionando um espaço de reflexão e análise sobre temas contemporâneos dentro da linha de pesquisa do programa. Alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável no 5 da Agenda 2030 da ONU — que visa alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas — o projeto integra-se às ações institucionais do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Político e Econômico do Mackenzie voltadas à promoção da equidade e valorização da produção intelectual feminina no campo jurídico. Por meio da reunião de artigos acadêmicos, a obra pretende contribuir para o debate científico e jurídico, destacando a relevância das pesquisas desenvolvidas pelas autoras no contexto nacional e internacional. Além disso, busca-se fortalecer a rede de pesquisadoras do programa, incentivando a troca de conhecimentos e experiências que possam enriquecer a produção acadêmica no campo do Direito Político e Econômico. Mais informações: https://comunicamack.wordpress.com/2025/08/19/ate-01-09-2025-chamada-de-artigos-para-composicao-de-livro-nacional-mulheres-no-direito-politico-e-economico-ppgdpe-mackenzie/ Fonte: Comunica Mack

XXXII Congresso Nacional do CONPEDI
Próximos Eventos

Etapa de submissão para XXXII Congresso Nacional do CONPEDI é prorrogada

A etapa de submissões de Artigos e Pôsteres para o XXXII Congresso Nacional do CONPEDI, que se encerraria hoje (19), foi adiada. Agora, as pesquisadoras e pesquisadores interessados em participar do evento podem enviar seus trabalhos até o dia 30/09. O adiamento do período de submissão tem o objetivo de garantir que mais pessoas possam ter o tempo hábil para enviar suas pesquisas e, consequentemente, garantir que mais pessoas participem do evento. Devido a extensão desta etapa, o período de divulgação dos trabalhos aprovados também deverá ser adiado, pois os avaliadores deverão ter o mesmo tempo previsto para avaliar os trabalhos. Acompanhe nossos canais de comunicação para não perder as novas datas. O XXXII Congresso Nacional do CONPEDI será realizado em São Paulo, nos dias 26, 27 e 28 de novembro. Em breve, o hotsite será disponibilizado para que os participantes tenham acesso a todas as informações do evento. Para qualquer dúvida, não hesite em nos contatar. Encaminhe um e-mail para secretaria@conpedi.org.br.

Próximos Eventos

23º Congresso Brasileiro de Direito Internacional

PRESENÇA CONFIRMADA! É com grande satisfação que estarei presente no 23º Congresso Brasileiro de Direito Internacional, que acontecerá de 27 a 30 de agosto de 2025, em Belém do Pará. Terei a honra de compartilhar reflexões sobre o tema: “Responsabilidade Internacional do Estado e o Caso da Fábrica de Chorzow”, dentro da proposta central do evento: Amazônia, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas: Impactos Normativos nas Relações Internacionais. Será um momento de muito aprendizado e troca com grandes nomes do Direito Internacional. Nos vemos lá! 🔗 Mais informações: www.sistemaabdi.com.br

Artigos, Notícias

Data centers, inteligência artificial e o desafio da sustentabilidade hídrica

Com o crescimento exponencial do uso da inteligência artificial (IA), os data centers — estruturas responsáveis por armazenar, processar e distribuir dados digitais — tornaram-se peças-chave na arquitetura tecnológica global. No entanto, esse avanço, celebrado por suas inovações, impõe uma preocupação crescente: o uso intensivo de recursos hídricos. Em um cenário de crise climática e escassez de água em várias regiões do planeta, o desafio de tornar sustentável o consumo hídrico dessas estruturas se tornou um imperativo ético, ambiental e jurídico. Estudos recentes revelam que data centers utilizam grandes volumes de água para refrigeração de servidores, especialmente em regiões onde o clima exige controle rigoroso de temperatura. Estima-se que grandes centros de processamento de IA possam consumir milhões de litros de água por dia. Essa realidade entra em colisão direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), notadamente o ODS 6, que visa garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água para todos. Do ponto de vista jurídico, a questão exige uma nova regulação voltada à responsabilidade socioambiental das big techs. A legislação ambiental ainda carece de mecanismos eficazes para mensurar e mitigar os impactos hídricos desses empreendimentos digitais. Não se trata apenas de medir o volume consumido, mas de internalizar o custo ambiental e social da operação digital em larga escala. Além disso, há um desafio geopolítico: data centers localizam-se, muitas vezes, em países do Sul Global, onde as regras ambientais são mais frágeis e os recursos naturais mais vulneráveis. Isso levanta uma importante discussão sobre justiça ambiental e transferência de responsabilidades, pois os dados beneficiam conglomerados do Norte Global, enquanto os impactos ambientais recaem sobre populações já pressionadas por desigualdades. Soluções existem, mas demandam vontade política, inovação regulatória e pressão social. Tecnologias de refrigeração a seco, reaproveitamento de água, realocação para áreas com maior disponibilidade hídrica e transparência sobre o consumo são apenas algumas alternativas. O Brasil, por exemplo, como país megadiverso e com vastos aquíferos, precisa estar atento para não transformar seu patrimônio hídrico em insumo barato para operações que não retornam benefícios sociais proporcionais. O futuro da inteligência artificial será tão promissor quanto forem os parâmetros éticos e sustentáveis que orientarem seu uso. A água, fonte de vida, não pode ser o custo oculto da revolução digital.  Fonte: Isto é Negócios.

Notícias

Órgão da ONU afirma que mudança climática é crise urgente e agravada por atividades humanas com efeitos globais; parecer consultivo sublinha que solução total para o problema requer contribuição de todos os campos do conhecimento; em nota separada, secretário-geral da ONU elogiou opinião jurídica.

A Corte Internacional de Justiça, CIJ, proferiu seu primeiro parecer consultivo sobre as mudanças climáticas. No momento considerado “histórico” no direito internacional, a instituição considerou as alterações do clima “uma ameaça urgente e existencial”. Pelo parecer apresentado, nesta quarta-feira, em Haia, nos Países Baixos, Holanda, “os Estados têm a obrigação legal de proteger o sistema climático das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa”. Mudar hábitos O juiz Yuji Iwasawa disse que, acima de tudo, uma solução duradoura e satisfatória requer vontade e sabedoria humanas nos níveis individual, social e político para mudar hábitos humanos, confortos e o modo de vida atual, a fim de garantir um futuro para gerações atuais e futuras. Em nota separada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a decisão que descreveu como “uma vitória para o nosso planeta, para justiça climática e para o poder de jovens de fazer a diferença.” Ele lembrou que o parecer deixa claro que todos os países são obrigados pelo direito internacoinal a proteger o sistema climático global. O documento da CIJ enfatiza o caráter vinculativo das Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDCs. O parecer aborda ainda as consequências jurídicas de danos, falta de ação ou omissão em tomar as medidas adequadas para proteger o sistema climático que “podem constituir um ato internacionalmente ilícito, potencialmente levando a consequências jurídicas para os Estados”. Outras questões abordadas incluem a crise do clima e o papel do direito ambiental internacional e dos direitos humanos e ainda o procedimento a seguir diante da necessidade de responsabilização e reparações. Alterações do clima O juiz destacou que as emissões de gases de efeito estufa são inequivocamente causadas por “atividades humanas” e têm efeitos transfronteiriços. No discurso, o magistrado Iwasawa afirmou que efeitos das mudanças climáticas são graves e de longo alcance por afetar tanto os ecossistemas naturais quanto as populações. Essas consequências ressaltam “a ameaça urgente e existencial representada pelas mudanças climáticas”. Para ele, o direito humano a um ambiente limpo, saudável e sustentável é, portanto, inerente ao gozo de outros direitos humanos. O pronunciamento seguiu-se a semanas de análise de dezenas de milhares de páginas de alegações escritas e orais no maior caso da história do CIJ. No processo, os juízes do tribunal reuniram diferentes vertentes de direito ambiental. Questões colocadas à Corte O parecer foi solicitado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 29 de março de 2023, com base em duas questões colocadas à Corte na resolução do maior órgão deliberativo da organização. A primeira pergunta abordava as obrigações dos Estados, de acordo com o direito internacional, para garantir a proteção do sistema climático e de outras partes do meio ambiente contra as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa, tanto para as gerações presentes quanto futuras. Já a segunda questão referia-se às consequências jurídicas para os Estados, de acordo com essas obrigações no caso de danos significativos causados ao sistema climático e a outras partes do meio ambiente. Esses prejuízos seriam a Estados, em especial os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, ou ainda povos e indivíduos. Peso jurídico e moral O Artigo 96 da Carta das Nações Unidas prevê que a Assembleia Geral ou o Conselho de Segurança solicitem à CIJ um parecer consultivo sobre qualquer questão jurídica. Estes posicionamentos não são juridicamente vinculativos. O CIJ diz que a autoridade do direito internacional foi invocada pela Assembleia Geral no pedido do parecer, mas reconhece que o papel do instrumento jurídico é importante, mas limitado na resolução do problema da crise climática. Para o tribunal, uma solução completa requer “a contribuição de todos os campos do conhecimento humano, seja o direito, a ciência, a economia ou qualquer outro.” Fonte: ONU NEWS.

Notícias

COP30: Brasil quer liderar discussões sobre transição energética

Encontro em São Paulo debate soluções e inovações para energia limpa, em sintonia com relatório da ONU que aponta vantagens econômicas das fontes renováveis. Autoridades e empresários reuniram-se em São Paulo para debater soluções e inovações no mercado de carbono, alinhando-se ao posicionamento das Nações Unidas sobre a urgência da transição energética global. O encontro ganha especial relevância diante dos patamares alarmantes de temperaturas e mudanças climáticas registrados mundialmente. Um novo estudo divulgado pela ONU apresenta dados contundentes sobre a viabilidade econômica das energias renováveis. Segundo o relatório da Irena, a Agência Internacional para as Energias Sustentáveis, a expansão dessas fontes proporcionou uma economia global de 467 bilhões de dólares em combustíveis fósseis apenas em 2024. Mais de 90% dos projetos instalados no período geraram energia a um custo inferior ao da fonte fóssil mais econômica. Brasil em destaque O país se destaca no cenário internacional com custos mais baixos que a média global na produção de energia solar e eólica. Este resultado é atribuído a uma combinação de fatores: leilões competitivos, abundância de recursos naturais e desenvolvimento da infraestrutura necessária. A proximidade da COP30, conferência do clima da ONU que acontecerá em Belém do Pará em novembro, tem intensificado as discussões sobre produção eficiente e sustentável no Brasil. O evento tem catalisado debates permanentes entre especialistas do setor privado e público sobre transição energética e redução das emissões de carbono. O cenário atual tem se mostrado propício para inovações no setor, com destaque para novas tecnologias de captura de carbono e desenvolvimento de combustíveis verdes. A realização da COP30 no Brasil representa uma oportunidade para o país demonstrar seu potencial não apenas na exportação de commodities, mas também na disseminação de tecnologias e métodos de produção sustentável. Fonte: CNN Brasil.

Notícias

O que são minerais de transição energética e como eles podem destravar a era da energia limpa?

Desde que o primeiro pedaço de carvão foi queimado, há milhares de anos, os combustíveis fósseis desempenharam um papel central na história da humanidade. Mas, à medida que o mundo se afasta dessas fontes de energia que aquecem o planeta, a demanda está mudando para um subconjunto de minerais como lítio, níquel e cobalto. Esses minerais de transição energética são componentes essenciais em muitas das tecnologias de energia limpa atuais, de turbinas eólicas a veículos elétricos. Todavia, a mineração e o processamento de minerais de transição podem devastar paisagens, dizimar a biodiversidade, expelir gases de efeito estufa e levar a abusos de direitos humanos. Há também preocupações de que a concorrência por esses recursos possa agravar as tensões geopolíticas. “O mundo está enfrentando um delicado ato de equilíbrio”, diz Ligia Noronha, Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas e Chefe do Escritório de Nova York do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). “Os minerais de transição energética podem ajudar a inaugurar a era da energia limpa e as oportunidades de desenvolvimento. Mas a urgência e a escala da demanda também podem levar à exploração, violações de direitos humanos e destruição ambiental.” Na próxima sexta sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-6), espera-se que os delegados discutam a mineração responsável e o uso sustentável de minerais de transição energética. Antes dessas conversas, aqui está um olhar mais atento sobre a promessa e os riscos dos minerais de transição. O que são exatamente minerais de transição energética? Os minerais de transição são substâncias de ocorrência natural, frequentemente encontradas em rochas, ideais para uso em tecnologia renovável. Lítio, níquel e cobalto são componentes essenciais das baterias, como as que alimentam veículos elétricos. Elementos raros do solo fazem parte dos ímãs que giram turbinas eólicas e motores elétricos. O cobre e o alumínio são usados em grandes quantidades em linhas de transmissão de energia. Onde se encontram os minerais da transição energética? Em todo o mundo. Contudo, um pequeno número de países e empresas controlam sua extração. A China extrai a maioria dos materiais raros do solo. A Indonésia extrai a maior quantidade de níquel. A República Democrática do Congo produz a maior parte do cobalto. Muitos minerais de transição energética também são encontrados em um grupo de países em desenvolvimento sem litoral, alguns dos quais estão entre os países menos desenvolvidos do mundo. O mercado de minerais de transição energética está crescendo? Sim. Entre 2017 e 2022, a demanda por lítio triplicou, a demanda por níquel aumentou 40% e a demanda por cobalto saltou 70%, de acordo com a Agência Internacional de Energia. Se o mundo quiser adotar integralmente as energias renováveis e atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa, o uso de minerais de transição energética precisará aumentar seis vezes até 2040. Isso elevaria o valor de mercado dos minerais de transição para mais de US$ 400 bilhões. A extração de minerais da transição energética poderia impulsionar o crescimento econômico nos países em desenvolvimento? Sim. O mercado de minerais de transição energética é potencialmente grande. Com as políticas e salvaguardas certas, a extração dessas substâncias poderia dar início a uma nova era de desenvolvimento sustentável, criando empregos e ajudando os países a reduzir a pobreza. “Para alguns países, os minerais da transição energética poderiam ser absolutamente transformadores, nas condições certas”, diz Noronha, do PNUMA. Então, quais são alguns dos desafios com os minerais de transição energética? Há vários. Alguns temem que os países em desenvolvimento ricos em minerais vejam os seus recursos saqueados. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, foi recentemente avisado dessa perspectiva. “Não podemos repetir os erros do passado com uma exploração sistemática dos países em desenvolvimento reduzida à produção de matérias-primas básicas”, disse ele no ano passado. Grupos de direitos humanos têm alertado para abusos de direitos humanos em toda a indústria de minerais de transição energética, inclusive em minas localizada em países em desenvolvimento. Também houve relatos de trabalho forçado em alguns locais. Quais são as preocupações ambientais com a extração de minerais de transição energética? A mineração pode devastar o meio ambiente se feita de forma insustentável, levando ao desmatamento, à poluição da água e ao que é conhecido como desaguamento. Só para dar um exemplo, são necessários 2 milhões de litros de água para extrair uma única tonelada de lítio. Mas cerca de 50% da produção global de cobre e lítio estão concentrados em áreas com escassez de água. Qual é a chave para a transição energética da mineração de forma sustentável? Quando se trata de fornecer, produzir e consumir minerais e metais de transição energética, os países precisam de estratégias de longo prazo em toda a cadeia de valor que protegem a biodiversidade, protegem as populações e paisagens locais e previnem a poluição. Ao mesmo tempo, as estratégias precisam garantir que haja compartilhamento de benefícios em toda a cadeia de valor. Isso inclui permitir que comunidades desfavorecidas e locais acessem as riquezas que fluem da indústria de minerais de transição. Como tornar a indústria de minerais de transição energética mais sustentável? Em primeiro lugar, o mundo precisa atender à demanda por minerais e, ao mesmo tempo, limitar os impactos ambientais e sociais associados à sua produção. Uma estratégia importante é reduzir a mineração de minerais virgens. Há dois elementos-chave para isso. Em primeiro lugar, a tecnologia renovável deve se tornar mais eficiente para permitir que os utilizadores de minerais façam mais com menos. Em segundo lugar, as indústrias devem encontrar maneiras de usar os minerais por mais tempo, um processo conhecido como circularidade. Por exemplo, as empresas devem projetar produtos que possam ser reparados e reciclados e a partir dos quais os metais podem ser recuperados. Isso diminuirá a necessidade de extrair minerais virgens. O que o PNUMA está fazendo nesse setor? O PNUMA faz parte de um esforço de toda a ONU para garantir que os minerais da transição energética sejam geridos de forma justa e sustentável. O pontapé foi dado em 2023 na Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvidos. A iniciativa visa a construir confiança, credibilidade, sustentabilidade e compartilhamento de benefícios nas cadeias de suprimentos de minerais de transição

Chamada de artigos para Composição de Livro Nacional “Mulheres no Direito Político e Econômico PPGDPE -Mackenzie”
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A CAPES lançou edital com 650 bolsas de mestrado e doutorado para estudantes estrangeiros

A CAPES lançou edital com 650 bolsas de mestrado e doutorado para estudantes estrangeiros no âmbito do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG). Nesta edição, as instituições interessadas devem iniciar o processo, indicando suas vagas na primeira etapa da seleção. O prazo vai até 31 de julho. Saiba mais em capes.gov.br/PEC-PG

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A Comissão Fulbright está com editais abertos para até 101 projetos e bolsas

A Comissão Fulbright, parceira norte-americana da CAPES, está com mais de uma dezena de seleções abertas. Juntos, os editais abarcam 101 oportunidades, entre bolsas e projetos. As oportunidades são em diversas áreas do conhecimento, em universidades espalhadas pelos Estados Unidos, e para atração de pesquisadores norte-americanos para o Brasil. As oportunidades são voltadas para pós-graduandos brasileiros cumprirem parte do doutorado, na modalidade sanduíche, nos EUA por seis meses, pelo Doctoral Dissertation Research Award (DDRA). Confira todos os editais abertos em: https://capes.gov.br/RDtMy Fonte: CAPES

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